sábado, 23 de agosto de 2008

Mulheres de ouro

Antes do salto, um grito. Um jeito particular de chamar a sorte para junto de si?!? Talvez.

No olhar, a determinação de quem - involuntariamente - caiu, pensou em desistir dos sonhos, mas ergueu a cabeça para avistar lá longe um futuro brilhante, um futuro dourado.

Ontem (22), Maurren Higa Maggi entrou para a história do esporte brasileiro. Ao saltar 7,04m a brasileira sagrou-se campeã olímpica na prova de salto em distância e tornou-se a primeira brasileira a conquistar o ouro numa modalidade individual.

Seis anos antes, em 2003, Maurren era suspensa dos Jogos Pan-americanos de Santo Domingo acusada de dopagem. Durante três anos se afastou do esporte, voltando a se dedicar aos treinamentos somente em 2006. Voltou com força total, ganhando a medalha de ouro no Pan do Rio de Janeiro.

Confesso que não vi conquista mais emocionante que a de Maurren. Após a confirmação do ouro, a brasileira se entregou às lágrimas e em demonstração do reconhecimento ao trabalho do treinador, o agradeceu visivelmente emocionada. Depois, envolta pela bandeira brasileira, corria e saltava - de alegria - ainda não acreditando no feito inédito, digno de aplausos e honras de todos os presentes no gigante Ninho do Pássaro.

Quase 24 horas depois do acontecimento histórico para o atletismo brasileiro, as meninas do vôlei entraram em quadra para buscar o ouro inédito, que por algumas vezes escapou das mãos de atletas de grande valor e apurada técnica. O selecionado comandado pelo metódico José Roberto Guimarães, recebeu ao longo dos anos a escrita de amarelão, por chegar às inúmeras finais e perder.

Aos críticos, um tapa de luva, como diria o editor Lucas Catta Prêta. As meninas do vôlei, atuais campeãs mundiais, chegaram à decisão sem perder set algum. Minutos depois do início do embate antológico, o primeiro set perdido. Mas fora o primeiro e último. Pois, agora, digamos àqueles que teceram duras críticas a esse time: o amarelo da derrota ficou para trás, transformando-se em ouro olímpico, mais vivo e dourado do que nunca!

Às mulheres do Brasil, mais que meras heroínas em Pequim, guerreiras, nossos parabéns e obrigado!

1 comentários:

Wander Veroni Maia disse...

As mulheres do Brasil brilharam nessa edição olímpica...pelo meno isso, né! Já que a maior parte dos favoritos decepcionaram...heheheh!

Tem post novo no Café. Depois passa lá!

Abraço,

=]
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