sábado, 16 de agosto de 2008

Braçadas rumo ao sonho olímpico

“Em 21 segundos e 30 centésimos tudo pode mudar”?

Ao amigo internauta sem-fronteira, termo sabiamente usado pelo editor de Política e Internacional, Lucas Catta Prêta, convido a uma retrospectiva acerca do quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos de Beijing (ou Pequim, para os mais práticos). Até às 23 horas e 39 minutos, o Brasil ocupava o pouco invejado 48º lugar, com quatro medalhas de bronze, sendo três conquistados no judô e uma na natação, com César Cielo Filho.

Eis que às 23 horas e 42 minutos, com um tempo de prova de 21 segundos e 30 centésimos, o novo recorde olímpico para os 50 metros - nado livre, o menino de Santa Bárbara d’Oeste, que aos 12 anos praticava judô, vence a mais rápida prova da natação e coloca o país em 28º lugar, vinte posições acima daquela marcada pelo quadro três míseros minutos atrás.

O nadador paulista era por muitos, mero desconhecido em meio à imensidão de atletas, que durante o dia 06 de agosto até o dia 24 do mesmo mês, mantêm vivo o sonho olímpico. Lembrado por alguns ex-campeões, como Gustavo Borges e por comentaristas do especializado, César fora ofuscado pelo brilho do fenômeno pan-americano Thiago Pereira, para muitos brasileiros, o melhor nadador do mundo, atrás de Michael Phelps.

Então, Cielo sacou seu cartão de visitas ao Brasil, carente de ídolos na natação, e ao mundo, mostrando o resultado de três anos de dedicação, trabalho e concentração nos Estados Unidos. Duas quebras de recordes olímpicos nos 50 metros livre, prova em que levou o ouro, e uma medalha de bronze nos 100 metros livre, prova que não é a sua especialidade.

Agora, quando o amigo internauta for assistir aos embates nas piscinas, saiba que os gritos de “Vai, Thiago!” ecoarão fortes. Mas, lá do lugar mais alto, almejado pelos atletas de ponta e conquistado por homens e mulheres a se aproximar dos limites, um uníssono poderá se ouvir – Valeu Cesão!

2 comentários:

Kátia Brito disse...

Conheci o nadador no Pan americano, que serviu não apenas para enaltecer a beleza do Rio de Janeiro, mas também, para nos mostrar novos atletas e futuro campeões. Cesar me surpreendeu no pan e dele eu só esperava mais boas surpresas em Pequim. Sou do tipo de pessoa que não gosta de estrelas, como Thiago Pereira, gosto de pessoas que conquistam de forma discreta o seu lugar ao sol.
Me emocionei com a vitória do jovem Cielo, não por conta de ver o nome e a bandeira do Brasil no auto, mas sim por ver no rosto do nadador a alegria e a emoção de ver seu sonho se concretizar.
Parábens ao Cesar e a sua família que foi fundamental para, hoje, termos um grande atleta.

Veiga disse...

o cara eh fera!!!

os outros algum dia chegarão lá.

abraço

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