sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Imagem dos Povos

Você consegue estabelecer pontos de conexão entre as culturas de Minas Gerais e Nova Zelândia, Rio Grande do Sul e Índia, Pernambuco e China?

Não é uma das mais fáceis a tarefa de encontrar pontos que unam culturas diametralmente opostas tais como a da nossa exuberante Amazônia e da terra do sol nascente, o Japão. É, talvez, a originalidade de estabelecer, mesmo que de maneira bem superficial, a confluência entre culturas diferentes, que proceda o sucesso da mostra audiovisual Imagem dos Povos que já está em sua 4ª edição.

Ouro Preto, Belo Horizonte, Ipatinga e São João Del Rey foram as cidades escolhidas para a projeção de inúmeros vídeos que trabalham com aspectos culturais arraigados na cultura japonesa e amazônica. Muitos exploram o passado histórico de tais regiões, oferecendo-nos subsídios para a melhor compreensão de costumes e valores presentes nessas sociedades.

Os vídeos consistem em documentários, curtíssimas - vídeos de um a quatro ligeiros minutos -, médias e longas metragens que unem imagens e sons: elementos construtores de um gigantesco universo de significados.

A cada edição da mostra são escolhidos como temas um país e uma região brasileira. O Japão foi contemplado em vista do centenário da imigração japonesa para o Brasil. Já a Amazônia, devido à sua importância como maior floresta equatorial do mundo e à necessidade de preservação ambiental e cultural.

Premiadas produções japonesas serão exibidas na mostra. Os animes marcam presença trazendo a magia dos contos e lendas japonesas. É o caso do fabuloso “A viagem de Chihiro” ganhador do Oscar de melhor animação em 2003 e do Urso de Ouro no Festival de Berlim. Os documentários “Oração amazônica” e “Viver na terra brasileira” são um dos vídeos que fazem com que a mostra não pareça ser feita de assuntos paralelos e desconexos.

As figuras do nosso folclore tais como a bela sereia Iara; o intrépido defensor de nossas matas, o Curupira e o misterioso boto cor-de-rosa, têm suas estórias contadas em pequenos vídeos de animação. A mostra apresenta também os desafios presentes numa região tão inóspita e isolada (a alfabetização de crianças e adultos, a comunicação, a questão indígena), além das estratégias do governo federal em dinamizar a economia local em meados da década de 70, o que desencadeou em erros irreparáveis.

Veja aqui a programação da mostra em Belo Horizonte e aproveite o domingo para conferir as atrações do último dia de exibições na capital mineira.

Para maiores informações acesse o site da mostra ou ligue para o telefone: (31) 3547-2356

1 comentários:

Wander Veroni Maia disse...

Ôh que dica interessante, André! Tomara que a organização depois desenvolver um canal no YouTube para divulgar os vídeos.

Abraço,

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