terça-feira, 6 de outubro de 2009

lufecap.blogspot.com

Hi, there! Pessoal, gostaria de convidar vocês para participarem do mais novo blog desta imensa blogosfera. É uma coisa simples, mas feita com todo o carinho e com a intenção de falar sobre, bem, sobre aquilo que queira discutir. "De tudo um pouco" soa meio pretensioso, né? Mas me arrisco a dizer que "muito sobre muitas coisas". Fica melhor assim, mais realista, acredito.

O lufecap, é o espaço que eu, Lucas Catta Prêta (antigo editor de Política e Internacional do SFW), quero dividir com todos aqueles que queiram falar desde coisas sérias até as trivialidades. Poxa, a vida não é dessa forma?

Convido assim, todos para consumirem uma dose, apenas aquela necessária, cotidiana de lufecap, que juro, é sem contra-indicações.

Vamos espalhar, dar um RT ou whatever? http://lufecap.blogspot.com

sábado, 7 de março de 2009

Velho tema

Suicídio assistido passa a ser permitido por lei em estado americano enquanto aqui no Brasil tramita no senado federal desde 1995.



Enquanto o nosso Brasil é regido pelas bênçãos dos arcebispos principalmente nas tentativas de decisões sobre onde começam vida e a morte não importando as circunstâncias, o estado de Washington, onde abriga a Casa Branca nos Estados Unidos é o segundo estado americano a aprovar nesta quinta-feira 5, a lei do suicídio assistido. Intitulada “morte com dignidade”. A nova lei permite que doentes terminais com morte prevista em até seis meses acelerem a data de sua despedida.

Na controversa natureza da aprovação do suicídio assistido, nem os hospitais e nem os médicos tem a obrigação de ajudar seus pacientes a morrerem. Muitos profissionais da saúde ligados a Igreja Católica se justificam dizendo que a opção do não acompanhamento do suicídio “não se trata necessariamente uma questão baseada na fé”. É o que diz Julien Petersen, diretora de um dos hospitais públicos que não participará da nova medida permitida por lei.
Enquanto em Washington a nova lei seja praticada sem muito rebuliço, no estado da Georgia, ativistas do “direito de morrer” foram presos por ajudar um homem de 58 anos a descansar em paz, leia-se, se matar. Mais quatro membros de um grupo chamado “Final Exit Network” também foram presos por “trabalharem” como voluntários mesmo não sendo médicos preparados pra o feito. Os “Exit guides”, guias para a saída, em português, com grande potencial em ajudar a quem deseja por um fim no sofrimento, atuam em estados onde a auto-aniquilação assistida, mesmo que com acompanhamento médico, ainda não é permitida. A polícia da Georgia estima que este grupo já teria ajudado mais de 200 pessoas suicidarem por toda nação americana.
Extremismos à parte, eticamente não deveriam caber ao estado e tão pouco às instituições religiosas decidirem se o cidadão pode ou não “partir dessa para uma melhor” quando lhe convir. No Brasil, a eutanásia ainda está em tramitação no senado desde 1995 quando foi criado o projeto de lei. Entretanto, a proibição permanece como o mais lógico a ser feito pela grande maioria da população.
Abortos somente são permitidos em casos de bebês anacéfalos (que nascem sem o cérebro) dentre outros casos mais graves. Fora isso, qualquer iniciativa própria ou alheia de interromper a gravidez, desligar aparelhos por outros problemas relacionados à vida, mesmo que declaradamente pela medicina ainda insolúveis, ou que seja a solução para alguns, são proibidos pelos nossos representantes no congresso nacional. Não são levadas em consideração as condições sociais, financeiras e psicológicas da mulher que engravidou ou das condições em que engravidou.
Repercutiu muito na última semana o horrendo caso da menina de nove anos que foi estuprada pelo padrasto que acabou por engravidá-la de gêmeos. Os médicos chegaram à conclusão que a gravidez deveria ser interrompida de modo que a saúde da vítima seja preservada. O então reverendíssimo arcebispo de Recife e Olinda D. José Cardoso Sobrinho classificou o aborto como um fato ainda pior do que o estupro. Excomungou a equipe médica e mãe da menina. O procedimento clinicamente justificado para evitar que a criança tenha que trazer dentro de si mais duas, trazendo assim, problemas tanto de ordem física quanto psicológica à menina, que já é inevitável uma vez que já sofreu o abuso.
De acordo com os valores morais e religiosos do arcebispo, o homem que cometeu tal crime ainda pode ser perdoado, enquanto os médicos e a mãe da criança que, provavelmente além de sofrer com o ocorrido, ainda "ficará de fora dos benefícios que sua fé religiosa traria" justamente por permitirem o aborto.
A afirmação do líder eclesiástico soou como preconceituosa por um grupo de Feministas Católicas que ficaram indignadas. Segundo elas, o fato de ele não excomungar o padrasto mostra como as mulheres ainda são tratadas pela Igreja em muitas partes do país.
É tudo muito controverso, me parece está ocorrendo uma relativização de crimes e impiedade por parte da Igreja.
Retomando a lei americana, sabemos que só poderia ter sido aprovada com base em testes clínicos que indicam se a pessoa tem chances de se recuperar ou não. Antes que pareça uma apologia ao suicídio por minha parte, a mesma ciência que explica as alterações psíquicas que envolvem o suicídio voluntário como patologia, confirma que em alguns casos específicos, os pacientes podem decidir quando morrer.
Enquanto o debate científico-filosófico-religioso sobre se temos o direito de decidir entre viver ou morrer permanece, as questões se multiplicam. As respostas sobre o início e o término da vida são variadas, pois dependem dos valores em que as pessoas se apóiam tomando como sentido de realidade. Se as respostas da ciência se sobrepõem às respostas fundamentadas na fé ou se ainda o mistério permanece no imaginário das pessoas.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Novatos mandam bem


O Campeonato Mineiro do Módulo II de 2009 traz algumas surpresas até o presente momento, na 5ª rodada de um total de 22. Os doze times, com exceção do Democrata de Sete Lagoas, que perdeu as quatro partidas até agora, o campeonato está bastante disputado.

O time de maior prestígio é, sem dúvida, o Ipatinga, que enfrenta dificuldades e está na sexta posição apenas. Agora é que o time começa a engrenar no campeonato. Como o Módulo II é disputado em turno e returno, o clube pode conseguir o acesso com facilidade.

Mas as grandes surpresas da competição são os récem-promovidos América de Teófilo Otoni e Funorte de Montes Claros. O primeiro é o líder do certame enquanto o segundo está em quinto, a dois pontos da zona de classificação.

O clube de Teófilo Otoni ainda tem um fator de suma importância para conquistar as vitórias no estádio Nassari Mattar: sua apaixonada torcida. No primeiro jogo, por exemplo, contra o Ipatinga, os 4.300 ingressos colocados à venda foram consumidos pelos americanos, que fizeram do estádio um verdadeiro caldeirão. A equipe começou vencendo, inclusive.

A torcida do Funorte também tem comparecido, porém, em menor número. 2.466 acompanharam a vitória da equipe por 2x1 sobre o Democrata-SL, de um total de 4.000 postos à venda.
O lucro do América de Teófilo Otoni em borderô divulgado no site da Federação Mineira foi de R$ 27.504,00, maior do que muitos ganhos de times do Módulo I do Campeonato Mineiro. A torcida e a cidade estão realmente empolgados com o time.

Depois de cinco rodadas, portanto, parece que o América-TO brigará pelo acesso, enquanto o Funorte pelo menos estará longe da briga para não cair, já que há times mais fracos tendendo a disputar a Terceira Divisão em 2010.

Para não ficar em cima do muro, dou meus palpites: América-TO e Ipatinga estarão na divisão de elite do Campeonato Mineiro em 2010 enquanto Democrata-SL e Itaúna vão disputar a Terceirona no ano que vem. Que times novos possam adentrar a divisão especial do futebol mineiro, dando uma sacudida para evitar que os mesmos de sempre subam e caiam.

Matheus Laboissière, 21 anos, natural de Belo Horizonte, estudante de jornalismo do Uni-BH, diagramador e assessor da EPAMIG, colunista do site FutNet, idealizador do Espelho Digital e futuro colaborador do Sem Fronteiras.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

A volta dos que não foram


A vida prega peças naqueles que zombam dela. A vida ensina aos mortais a humildade. A vida escreve-se por linhas tortas, de altos e baixos. Melhor será aquele que possuir sabedoria para lidar com as provações dela.

E um mortal subestimou por inteiro sua condição de aprendiz. Bradou a quem quisesse ouvir que era grande, estava pertecente ao grupo dos seletos do futebol mineiro, quiçá do nacional. Cometeu a injúria de se autoproclamar a "terceira força de Minas".

O tempo. Sim, o tempo. Ele passa, as situações mudam, as realidades se modificam. O mortal a que me refiro é o sr. Itair Machado, presidente do Ipatinga Futebol Clube, fundado em 1998. O sucesso do time começou com o bi campeonato mineiro em 2005 e 2006, continuou com a quarta colocação na Copa do Brasil de 2006 e culminou com a ascensão à Série A do Campeonato Brasileiro em 2008.

O Ipatinga já havia alcançado seu topo. Estava na hora de fazer o caminho de volta. A verdadeira terceira força de Minas Gerais, o América Futebol Clube, estava em um momento ruim, no Módulo II do Campeonato Mineiro. O Tigre, como é conhecido, desceu bastante rápido os degraus que havia galgado. O clube hoje realmente é de Segunda Divisão, Brasileira e Mineira, e passando aperto no campeonato estadual.

Parece que todo aquele alvoroço provocado por seu presidente deu lugar a tristezas, ao abandono, ao silêncio. E a vida deu sua lição a Itair Machado. Para ser grande, o Ipatinga deveria pelo menos ter tradição, construí-la, assim como faz o América desde sua fundação, em 1912. Para ser grande, tem que ter história, conquistas memoráveis, como o decacampeonato entre 1916 e 1925 e o Campeonato Brasileiro da Série B de 1997. Para ser grande, deve-se ter humildade e caminhar com os pés no chão. Coisa que nem o Ipatinga, muito menos Itair Machado, sem contar sua finita torcida, conseguiram.

E o resultado está aí. E pode não ter acabado a maré contrária. O time se encontra em 10º no Módulo II, com uma derrota para o récem-promovido da Terceira Divisão América de Teófilo Otoni, fora de casa, e um empate em pleno Ipatingão contra o também novato e sem história Poços de Caldas, o Vulcão.

A história de pouco mais de uma década do Ipatinga Futebol Clube tem saldo negativo. Saldo este daqueles que estão voltando sem terem sido nenhuma vez.

Matheus Laboissière, 21 anos, natural de Belo Horizonte, estudante de jornalismo do Uni-BH, diagramador e assessor da EPAMIG, colunista do site FutNet, idealizador do Digital e futuro colaborador do Sem Fronteiras.


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O mal da Libertadores

Hoje pretendo abordar um fato inusitado no futebol brasileiro: times que surpreenderam e chegaram à Copa Libertadores. Porém, alguns após alcançarem tal façanha, pereceram pelas divisões inferiores nacionais e/ou estaduais.

E a pergunta que fica é: por que estes times, que deveriam pelo menos manter-se na situação em que se encontravam quando da disputa da competição sul-americana, caem pelas tabelas?
Antes de analisar os times, melhor citá-los, assim como suas trajetórias antes e depois do mais importante ano para estes clubes.

Bangu-RJ
O primeiro clube a superar as expectativas foi o Bangu-RJ, em 1985. A segunda colocação no Campeonato Brasileiro daquele ano manteve o time carioca na divisão principal do campeonato nacional em 1986. Porém, a 21ª colocação do alvirrubro fez com que o clube fosse rebaixada à Segunda Divisão do Brasileirão, que disputou em 1987.

Santo André-SP
O clube do ABC paulista venceu o Flamengo-RJ pela Copa do Brasil de 2004 e teve o privilégio de disputar a Libertadores do ano seguinte. Em 2005, o clube manteve boas campanhas no Campeonato Paulista, sem brilho na Série B do Campeonato Brasileiro. No ano seguinte, a 15ª colocação dentre 20 times deveria ter servido de alerta. Mas houve negligência. Em 2008, o clube estava na Segunda Divisão do estadual. Só melhorou agora, com a volta às elites paulista e brasileira.

Paulista-SP
Outro clube que teve história meteoro no futebol brasileiro foi o Galo de Jundiaí. Campeão da Copa do Brasil em 2005, em final contra o Fluminense-RJ, o clube não conseguiu manter boas campanhas. Aliás, a própria trajetória do Paulista na Série B daquele ano foi pífia: 15º colocado, a dois pontos do rebaixamento à Série C. 2006 foi um ano positivo, em que por pouco não subiram, pelo número de vitórias, duas a mais. Porém, em 2007 foi o desastre total. A equipe foi rebaixada à Série C do Campeonato Brasileiro somente dois anos após ter disputado uma Libertadores. E a queda livre não parou por aí. Com a nova Série C, que seria formada pelos quatro rebaixados da Série B mais os clubes que ficassem entre a quarta e a 16ª posições, o Paulista foi empurrado à Série D, que deverá conquistar pelo estadual de 2009. Ficou na primeira fase da competição, perdendo para Duque de Caxias-RJ e América-MG.

Depois de apresentar os times e suas histórias, pode-se perceber que todos estes clubes, considerados “pequenos”, não conseguiram manter o bom momento e caíram pelas tabelas. Uma das razões para tal fato é o investimento compensado pelas diretorias destes clubes. Reformas dos estádios para abrigar a competição internacional, contratação de jogadores acima da capacidade de pagamento destes clubes, tudo para dar alegrias às torcidas. Mas a euforia da classificação não se resumiu em felicidade durante a competição. O Bangu conseguiu apenas 11,1% de aproveitamento. O Paulista, 33,3%. O Santo André foi o melhor dos três, mas alcançou apenas 44,4% dos pontos disputados.

Ou seja, depois de disputarem a Libertadores, os times saíram na primeira fase da competição, cheios de dívidas, o que tornou a administração do futebol insustentável para disputar em condições de igualdade contra times do mesmo nível econômico.

Pois então, para os “pequenos”, vale a pena disputar a Copa Libertadores da América? Ou seria melhor galgar aos poucos, passo a passo, os degraus até chegar à competição internacional em condições de disputar para valer e assim, alcançar reconhecimento nacionalmente também? Sinceramente, tenho minhas dúvidas. E os exemplos de Bangu-RJ, Santo André-SP e Paulista-SP estão para alertar os torcedores, ávidos por uma participação na Copa Libertadores.

Matheus Laboissière, 21 anos, natural de Belo Horizonte, estudante de jornalismo do Uni-BH, diagramador e assessor da EPAMIG, colunista do site FutNet, idealizador do Espelho Digital e futuro colaborador do Sem Fronteiras.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

sábado, 7 de fevereiro de 2009

O dote da noiva

Será que o futuro casal vai ser envolvido por uma verdadeira paixão?


Na Lei Islâmica, há uma norma segundo a qual, em um casamento, a noiva tem direito de receber um dote, o qual ela mesma deve indicar. Esse dote, ao contrário do que muitos pensam, é um simples presente, e não uma oferta, que o homem deve oferecer a sua futura esposa, como símbolo da sinceridade e dedicação que deve prestar a ela. Tudo isso, está registrado nas páginas do Sagrado Alcorão, na Surata (capítulo) 4, Versículo 4°: “E concedei às mulheres os dotes convencionais. Se elas, de bom grado, vos oferecerem algo, desfrutai-o com proveito.” O dote, ou Mahr, em árabe, pode ser usado da maneira que a noiva quiser, assim como pode ser bem diverso: uma viagem de turismo ou para a prática de rituais religiosos e até mesmo uma quantia em dinheiro.

Agora, estamos falando das Arábias, que por mais interessante que seja, está a no mínimo 10 mil quilômetros de distância. O internauta sem fronteira vai saber agora quem é a noiva mais cobiçada de Brasília, e não, nós não estamos nos transformando em um site de relacionamentos. Bem, essa poderosa pretendente atende pelo nome de PMDB. Essa rica noiva está sendo cortejada no momento por dois senhores, chamados PT e PSDB. Cada um deles está tentando convencer essa noiva que tem o melhor dote!

Mas já adianto uma coisa, não vai ser fácil! Os parentes da noiva são muitos, são tinhosos, duros na queda, ambiciosos também, é verdade, mas querem o melhor para sua queridinha! Sem dúvidas que o maior problema para concretizar uma união, ou a União, é o coro de vozes desses parentes, que destoa bastante.

De um lado, Michel Temer - Presidente da Câmara dos Deputados - Orestes Quércia, o senador Jarbas Vasconcelos e companhia bela, apóiam o casamento do PMDB com o PSDB, personificado em José Serra, governador paulista. Os dotes do tucano? Estar bem avaliado no principal e maior colégio eleitoral do país e ser o candidato mais bem cotado na sucessão presidencial. Além disso, defendem que a convivência entre PSDB e PMDB foi muito mais harmoniosa durante o governo Fernando Henrique (1995-2002) do que a relação atual com o PT. Vale ainda lembrar que o senador Jarbas quase foi o escolhido para ser vice de Serra na campanha presidencial de 2002.

Porém, como o PMDB é uma família um pouco desunida e ainda mais ouriçada, há aqueles que apregoam um novo acordo e portanto um maior dote – é claro! – deve ser discutido com o PT. Os simpatizantes do PT? José Sarney, Sérgio Cabral, Geddel Vieira Lima, Fernando Pimentel e companhia bela. Os dotes petistas são atraentes: toda a popularidade do presidente Lula e a poderosa máquina governamental. No caso do PT, o escolhido, ou melhor, a escolhida para fazer corte ao PMDB foi a ministra Dilma Rousseff, sacramentada e com as devidas bênçãos de Lula.

Falamos sobre os noivos, mas ninguém falou o que a noiva quer não é? Bom, aqui temos um consenso: o PMDB quer apenas a vice-presidência, seja o noivo quem for, e é claro, ministérios – muitos ministérios! -, controle de agências, autarquias e tudo o que tiver direito. Se você se perguntar se essa noiva pode pedir isso tudo, a resposta é sim! O PMDB comanda hoje as duas casas do Congresso Nacional, tem o maior número de prefeituras, vereadores, deputados, senadores e governadores. Enfim, é totalmente indispensável para a governabilidade, seja de Serra, seja de Dilma.

Esta é uma história de muitos capítulos, que tendem a ficar bem interessantes no decorrer de 2009. O noivo ainda não foi escolhido, mas o casório tem data marcada: 1° de janeiro de 2010. Sei que prever relacionamentos é sempre difícil, mas vai um palpite: a noite de núpcias vai ser uma ma-ra-vi-lha! Agora, os problemas sempre começam na lua-de-mel, não é mesmo? Seja ela com Dilma ou Serra. É aguardar para ver.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Damages

Foto: divulgação
“Não confie em ninguém!”. Esse não é apenas trecho de um dos fortes e bem escritos diálogos de Damages, série de ficção jurídica da TV estadunidense que vem cativando espectadores em todo o mundo. Na verdade, as quatro palavras formam uma imperativa advertência a todos aqueles dispostos a se entremear num universo repleto de ambição, mentira, interesse e traição.

Distante dos holofotes de um complicado caso judicial que movimenta uma indenização de cifras astronômicas, acontece um arriscado jogo de poder, onde não se pode confiar em ninguém.

Em Damages não existe a nítida e importuna separação entre joio e trigo. Todos os seus personagens - incrivelmente bem construídos - são essencialmente humanos: bons e maus, emotivos e frios calculistas. Curiosamente, a grande maioria tem caráter nada bem dosado. A perversidade e frieza superam os atributos mais admirados nos mocinhos da ficção.

Um dos méritos da série é trabalhar com os bastidores da injusta “justiça dos homens”, em que, por trás da batalha judicial envolvendo o bilionário empresário Arthur Frobisher (Ted Danson) e seus milhares de empregados, representados pela brilhante e sagaz advogada Patrícia Hewes (Glenn Close), é “permitido” chantagear, mentir, matar. Em Damages não existem limites nem escrúpulos. A ambição em ter aquilo que se almeja, perpassa qualquer regra ou convenção moral (o que é definido como certo ou errado).

O sucesso de Damages deve-se a uma série de fatores que interligam-se, dando origem a um dos melhores seriados da atualidade. A edição é um ponto positivo. Os flashbacks se encarregam de nos levar ao passado para entendermos o presente. As recorrentes transições temporais só fazem aumentar a tensão na medida em que a temporada se aproxima do fim.

O elenco, que, além da premiada Glenn Close e Ted Danson, inclui o excelente Zeljko Ivanek, Rose Byrne e Tate Donovan, é extremamente competente, dando vida a personagens complexos e intrigantes. O roteiro, muito bem desenvolvido e “costurado” não permite que os episódios se tornem desinteressantes e os personagens percam a vivacidade.

Em 2007, quando foi exibida a primeira temporada, Damages conseguiu sete indicações ao Emmy (Oscar da TV estadunidense), venceu nas categorias de melhor atriz em série dramática (Glenn Close) e na de melhor ator coadjuvante em série dramática (Zeljko Ivanek). Em 2008, conseguiu quatro indicações ao Globo de Ouro, vencendo na de melhor atriz em série dramática.

Assista ao trailer da primeira temporada de Damages (Clique aqui).

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A rivalidade pode ser saudável

18 de setembro de 1967. O Esporte Clube Santo André é fundado. O objetivo do novo clube era rivalizar com as equipes da região, como Campinas, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, já que no ABC paulita, sua região, não haviam outras equipes. O clube ficou conhecido no cenário nacional em 1984, quando terminou o Campeonato Brasileiro da 1ª Divisão em 10º colocado. Um grande feito para o clube.

Cinco anos mais tarde, em 1989, nascia o primeiro rival do Ramalhão: A Associação Desportiva São Caetano, mais precisamente, em 4 de dezembro de 1989. O Azulão, creio, nasceu por influência do bom momento do rival em âmbito nacional. Mas o mais novo time do ABC paulista fez mais do que rivalizar com o Santo André. Ele conquistou o Brasil, encantou os sul-americanos. Os vice-campeonatos brasileiro em 2000 e 2001, além da segunda colocação na Copa Libertadores da América, em 2002, inflamaram de vez o ABC e região. O outrora grande do ABC, o Santo André, voltou a investir pesado no futebol para acompanhar o rival Azulão. Venceu a Série C do Campeonato Brasileiro de 2003 e a Copa do Brasil de 2004, sendo o segundo da região a disputar a competição sul-americana.

Um terceiro clube entrou para o profissionalismo. O Grêmio Barueri chegou para conquistar também seu espaço. E não é que o clube fez história? Ele é conhecido pelos seis acessos consecutivos no futebol paulista e brasileiro, indo da Série B-3 (Sexta Divisão do estado) até a Série B do Brasileirão. O Barueri é mais um que fora influenciado pelos crescimentos de São Caetano e Santo André.

E o futebol do ABC e região não parou por aí. Mais um clube almeja alcançar o sucesso dos rivais: O São Bernardo Futebol Clube. Fundado em 2004, o clube já conseguiu aparecer. Foi na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2005, quando chegou ao mata-mata da competição e revelou Rafinha, que depois foi contratado pelo Cruzeiro-MG. O time também conquistou, como o Barueri, acessos consecutivos nas divisões inferiores paulistas, chegando em 2009 na Série A2. Vai brigar pelo ineditismo de disputar a Série A1 em 2010.

A rivalidade, pois, pode trazer vários benefícios para o futebol daquela região ou município. Gerar renda, movimentar as ruas, proporcionar tristezas e alegrias, além de acessos de raiva. Isto é futebol, este esporte que, com certeza, torna as vidas dos torcedores de Santo André, agora na 1ª Divisão do Campeonato Brasileiro, São Caetano, atualmente na Série B, Grêmio Barueri, estreante na Série A em 2009, e o caçula, São Bernardo, em busca da elite paulista, bem movimentada.

Matheus Laboissière, 21 anos, natural de Belo Horizonte, estudante de jornalismo do Uni-BH, diagramador e assessor da EPAMIG, colunista do site FutNet, idealizador do Espelho Digital e futuro colaborador do Sem Fronteiras.


terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O álcool na boca do povo

O companheiro entende de química? Não! Mas de álcool entende... - Imagem: Newscomex

O título sugere discussões como a Lei Seca, que entrara em vigor no dia 20 de junho do ano anterior, ou até mesmo os embates sobre a proibição ou não de bebidas em estádios de futebol, como o Mineirão. Contudo, não é preciso ser ingerido para estar na boca do povo, afinal o etanol brasileiro, mesmo após as descobertas de petróleo nas camadas de pré-sal, continua a figurar como um grande “pop star” das pastas de Minas e Energia e Economia, além de despertar a atenção e preocupação estrangeira.

Em resultado divulgado ao final de janeiro passado pelo Ministério de Minas e Energia, o álcool combustível bateu recorde de exportação, com a marca de 5,16 bilhões de litros, mais que o dobro de exportações de gasolina, realizadas pela Petrobrás, informa a assessoria do ministério. O preço do produto também subiu, 16%, sendo cotado a US$ 0,47. O total exportado em 2008, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (ÚNICA), foi 47% superior ao volume de 2007. Bons números, certo? Digamos que o álcool está na boca do povo. Mas permanecerá por muito tempo?

O crescimento das exportações nacionais deve-se a uma junção de fatores, dentre eles o aumento do barril de petróleo, que permaneceu por algum tempo cotado acima de US$ 100, a utilização do etanol com insumo industrial e a quebra da safra de milho do Meio-Oeste dos Estados Unidos, em decorrência de enchentes. Todos ajudaram a alavancar o produto no mercado. Na bolsa de Chicago, especializada em commodities, produtos de origem primária cotados nas bolsas de valores, o milho atingiu preço recorde. O resultado disso foi a importação por parte dos Estados Unidos, de 1,52 bilhões de litros, 30% do total exportado pelo Brasil.

Agora pensemos em 2009 e na crise econômica mundial. O presidente estadunidense eleito, Barack Obama, já anunciou cortes no setor econômico, e assim como o também democrata Franklin Delano Rosselvelt, eleito por quatro vezes presidente, entre 1932 a 1945 (quando faleceu antes de terminar seu mandato), Obama também pretende seguir a receita de Maynard Keynes e agir de forma protecionista, colocando o Estado para controlar as ações do mercado. Bom para a debilitada economia dos Estados Unidos, péssimo para o Brasil, que sofrerá com altas taxas alfandegárias que tendem a encarecer o etanol nacional frente ao etanol de milho deles. Caso a União Européia também assuma essa postura ante a crise, o álcool combustível perderá seus dias de glória e o doce sabor de 2008.

Se o contexto parece desanimador, eis um alento. O consumo interno de combustíveis também bateu recorde ano passado, com 105,9 bilhões de litros consumidos. O resultado apresentado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) revela outro ponto: o etanol assumiu a ponta dentre as matrizes energéticas consumidas por automóveis no país em 2008, a exemplo da gasolina e do gás natural veicular (GNV). Um fato que deveu-se a grande oferta dos carros total flex (que rodam a álcool ou gasolina) e pela adição de 3% de biodiesel ao diesel convencional, postando os biocombustíveis com 18,2% do mercado, de acordo com números da agência.

Se o preço do barril de petróleo e a política intervencionista de Obama entrarem em vigor, a tendência é que o preço do álcool possa cair mais e o produto de origem brasileira talvez ganhe definitivamente espaço e caia no gosto dos ainda receosos quanto ao custo-benefício deste combustível “limpo”, que é popular nos veículos e sob outro aspecto, nas mesas e bares de todo o país. Mas essa, já é outra história...

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

12ª Mostra de Cinema de Tiradentes

Cine Praça - Largo das Fôrras

Foto: Alexandre C. Mota

No último dia 23, teve início a 12ª Mostra de Cinema de Tiradentes, considerada uma das mais importantes do país, inaugura o calendário dos festivais cinematográficos que ocorrem ao longo do ano e acontece até o dia 31 deste mês.

A atração cultural apresentará gratuitamente ao público, durante o período de nove dias, um total de 121 filmes, entre estes, 28 longas, 32 curtas e 61 curtas digitais. Os espaços de exibição serão o Cine-Praça, o Cine-Tenda e o Cine-Teatro.

O tema central deste ano será a relação entre o personagem e o seu lugar. A importância do personagem nos filmes, bem como seu lugar social e geográfico estarão no centro dos debates e exibições durante toda a Mostra.

Novos críticos avaliaram as películas dos jovens diretores e o número de encontros realizados entre público, crítico e diretor, passou de 12 para 18. Os debates contaram com um público atento e participativo. O júri jovem também foi modificado, contando agora com participantes das oficinas do próprio festival.

Para encerramento da 12ª Mostra de Cinema de Tiradentes, neste sábado, serão exibidos longas como: Canção de Baal, de Helena Ignez, Loki - Arnaldo Baptista, de Paulo Henrique, Fontenelle (grande sucesso da última Mostra CineBH), e Estrada Real da Cachaça, de Pedro Urano, entre outros.

Confira: “Atrações da 12ª Mostra de Cinema de Tiradentes estão terminando” – Globo Minas

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Exclusivo nos céus

Passagem inédita de cometa pelo Sistema Solar poderá ser vista a olho nu

Foto: New Scientist

O nosso mais novo visitante dará as caras em nosso sistema solar por volta do dia 24 de fevereiro, é o que estima o astrônomo Gary Kronk, da base de St. Jacob, no estado do Illinois. Será a primeira vez que Cometa Lulin, ou Cometa c/2007 N3 fará escala por essas bandas, passando a 98 milhões de quilômetros de distância da Terra.

Embora pareça muito longe, será possível observar sua trajetória no céu exibindo sua calda que possui aproximadamente a medida de oito luas de diâmetro. O bloco congelado de rocha e poeira que viaja pelo espaço desde o início do sistema solar, ao se aproximar do sol, terá suas camadas exteriores vaporizadas, lançando gás e fragmentos, formando uma grande cauda apontada oposto ao sol.

A passagem de cometas foi vista durantes os milênios como prenúncio do fim dos tempos, mas hoje já se sabe de onde a maioria vêm e a sua possível trajetória pela galáxia.

Os astrônomos calculam que seja possível que ele já tenha passado por aqui a 10 milhões de anos atrás ou que ele tenha permanecido “preso” junto a outros bilhões de cometas na “nuvem de Oort” localizada a 3 anos luz da órbita de Plutão, nos “limites” do sistema solar.

“Como é a primeira vez que ele se aproxima do sol não há como saber como ele se comportará, alguns cometas brilham mais do que o esperado, outros não” explica Kronk.

O brilho vai depender da quantidade que o sol vai fundir da crosta de gelo do cometa para formar a calda de fragmentos, que é o que o torna visível.

“Cada cometa tem sua própria personalidade, e isso é o que os faz ser tão impressionantes” explica. Lulin poderá vir com uma novidade, uma calda a mais, que será visível pelo fato de a terra estar na órbita do sol no mesmo plano que ele.

Quando os ventos solares atingem um cometa, gás e poeira serão expelidos. A longa cauda de fragmentos se move devagar fazendo parecer duas saindo do corpo, visto pela extremidade. Será a única oportunidade de ver tal fenômeno em nossa existência.

Ao analisar o cometa, os astrônomos esperam poder confirmar a presença de um tipo de isótopo pesado do hidrogênio. Se confirmado, permitirá reforçar a hipótese de que cometas de congelados teriam recebido água proveniente da Terra durante o primeiro bilhão de anos após sua formação.

As observações da trajetória começarão na próxima semana pelo observatório Keck no Hawai.

Pela volta do preto, vermelho e branco


Como prometido, hoje analiso os últimos anos do Santa Cruz Futebol Clube, que culminaram nas dificuldades do clube atualmente, fadado a disputar vaga no Pernambucano para poder figurar na Série D.

A curva ascendente da Cobra Coral começou em 1999, com o segundo lugar do quadrangular final da Série B, vencido pelo Goiás. O Santa estava na 1ª Divisão, na chamada Copa João Havelange, competição criada com o intuito de preservar o Botafogo e trazer de volta à Série A equipes tradicionais de nosso futebol como Fluminense-RJ e Bahia-BA. É importante salientar que o regulamento do novo campeonato não previa rebaixamento. Os torcedores do Santa Cruz que ficaram felizes, pois terminaram na lanterna e continuaram na Série A em 2001.

Mas o último lugar de 2000 não foi por acaso. O time já enfrentava problemas. Tanto que, em 2001, não deu. E por dois pontos. A Cobra Coral ficava cinza de abatimento pela volta à Série B. Mal sabiam os torcedores o quanto sentiriam falta da Segunda Divisão.

No ano seguinte, a 3ª colocação dos pernambucanos não foi suficiente para a conquista do acesso. Só subiam duas equipes. Em 2003, o Santa já terminara a competição na 8ª colocação. Em 2004, uma posição acima da do ano anterior. Lembrando que, durante esses seis anos, a Cobra Coral ficou na fila no estadual, que não erguia desde 1995 - e foram seis vice-campeonatos seguidos.

Mas 2005 foi um ano feliz para os torcedores do Tricolor. Ascensão à Série A e título estadual. Era o ápice da década para o clube. Porém, nem mesmo o mais pessimista torcedor Coral imaginaria o que estaria por acontecer. Depois de ser vice mais uma vez do estadual, o Santa terminou na lanterna do Brasileirão, voltando à Série B em 2007. E depois, não parou por aí. Por esta razão o apelido “gangorra”. A 18ª colocação de 20 clubes culminou com mais um descenso, para a Série C de 2008.

Foram muitas lamentações a partir de 2006. Eliminação na 1ª fase da Copa do Brasil para Ulbra-RO, em 2007, disputa do Hexagonal da Morte do Pernambucano para se livrar do rebaixamento no estadual, no qual foi exitoso, e a maior das quedas: da Série C 2008 para o grupo dos “sem série”.

Isto ocorreu porque a CBF decidiu criar a Série D e estipulou que os clubes que terminassem entre a 4ª e a 16ª posições da Série C do ano passado se juntariam aos quatro rebaixados da Série B e formariam a nova Série C, com 20 clubes. E o Santa Cruz ficou bem longe da glória: foi o 29º.

Agora, o clube gangorra deve criar forças para escalar o Everest de dificuldades que tem pela frente para recuperar o prestígio, criar o temor nas torcidas dos rivais Náutico e Sport que, aliás, estão na Série A e o Leão da Ilha do Retiro ainda disputa a Libertadores.

As sérias dificuldades financeiras que culminaram nas sucessivas quedas do time e do clube, obviamente, são obra de más administrações. Dívidas criadas sem condições de serem pagas, salários acima das possibilidades financeiras do clube, enfim, aquele “famoso passo maior que as pernas” que o faz cair vários degraus, (no caso do Santa, foram três).

E 2009 começa para o Terror do Nordeste positivo, apesar da goleada sofrida para o Porto, em Caruaru, 4x0, único revés da Cobra Coral. Depois de seis partidas e cinco vitórias, a segunda colocação dá esperanças de dias melhores para o detentor de 24 títulos estaduais, um dos três grandes de Pernambuco, mas um ex-grande do futebol brasileiro. Talvez, por enquanto. Basta escalar a montanha com inteligência e raça. Mais fora de campo do que dentro. Hoje não há espaço para desorganização no futebol. Conversem com torcedores de Remo e Santa Cruz e saberão, em detalhes, as razões.
Matheus Laboissière, 21 anos, natural de Belo Horizonte, estudante de jornalismo do Uni-BH, diagramador e assessor da EPAMIG, colunista do site FutNet, idealizador do Espelho Digital e futuro colaborador do Sem Fronteiras.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Do porrete ao diálogo

O desafio da diplomacia e a postura da ala socialista pelo mundo - PARTE 01

Dominar, uma vocação estadunidense. Quem disse? O “Destino-Manifesto”, a crença que aqueles nascidos nos Estados Unidos da América estariam divinamente destinados ao expansionismo pós-independência, ajudado pelo "Homestead Act", que impulsionou o massacre de índios e a tomada de terras ao oeste que, mais tarde, fariam do país uma potência agrícola e pecuarista, além de render dividendos com o petróleo e criar neste povo o estigma de superioridade racial.

O’Sullivan, criador do termo, suscitaria nos estadunidenses o desejo de ultrapassar os limites entre os oceanos Pacífico e Atlântico, caminhando rumo a novas terras ao sul, e a outros continentes, inaugurando em tempos de corrida imperialista, a política do Big-Stick (Grande Porrete), fundamental para o domínio de países latino-americanos por meio da Doutrina Monroe - “América para os Americanos” - e territórios fora deste eixo, dentre eles, as Filipinas e o domínio conjunto de áreas no mundo árabe.

Por essas e outras, as relações exteriores dos Estados Unidos se mantiveram conflituosas até hoje. Sem fugir aos fatos, o Sem Fronteiras traz a você, alguns desses entraves diplomáticos, que mais uma vez recaem sobre um novo presidente eleito por aquele país. No caso, Barack Obama.

Castrismo e bolivarismo: pró-esquerda? Anti-ianque

A esquerda surgiu na vida dos estadistas Fidel Castro, Hugo Chávez e Evo Morales como saída para a luta anti-ianque, ou seja, a batalha contra os Estados Unidos. O país da América do Norte submeteu cubanos, venezuelanos e bolivianos a regimes militares bancados pelos governos estadunidenses. Fulgêncio Batista em Cuba, o aliado ianque Carlos Pérez na Venezuela e o golpe totalitário de “Novios de la muerte” na Bolívia, propiciaram revoltas nestes países, que decorreram na Revolução Cubana de 1959 - quando Fidel chegou ao poder - e as eleições dos nacionalistas Chávez (Venezuela) e Evo (Bolívia).

Os três compõem a ala mais radical à ação dos Estados Unidos na América Latina. A postura deles modificou-se em decorrência dos fatos e o socialismo surgiu como uma possibilidade de chegar ao poder ou de estabelecer um regime político inverso ao capitalismo ianque.

A “Crise dos Mísseis” em 1962, no período Kennedy e o embargo econômico imposto pelo país na Organização dos Estados Americanos (OEA) em 1964, foram os episódios mais marcantes dessa relação conflituosa entre a esquerda latino-americana e estadunidenses. A desativação de Guantánamo, prisão onde ficam terroristas e homens tidos como “perigosos” pelos Estados Unidos, surge como primeiro ato de Obama para uma gradual e difícil reconciliação com o regime cubano, que certamente não terminará com ele. (Imagem - Galizacig)

O retorno dos sandinistas à Nicarágua

A intervenção estadunidense na Nicarágua de 1907, que derrubou Zelaya e instaurou um governo alinhado com a política ianque, fez eclodir duas revoluções populares: em 1912 e 1926, sendo a última liderada por César Augusto Sandino e seus amigos, que cederam à promessa de eleições diretas e livres. O guerrilheiro Sandino fora executado em 1934, por Anastácio Somoza, aliado dos Estados Unidos e primeiro ditador da dinastia hereditária que comandou o país entre 1936 a 1979, com o último Somoza exilado e depois assassinado pela Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN).

A FSLN seguiu o legado do revolucionário assassinado, ao formar uma organização guerrilheira com forte apoio de camponeses sem terra, que lutaram contra a Guarda Nacional entre 1976 a 1979 e colocaram uma Junta de Reconstrução. Esta se debateu frente aos “Contras”, grupo opositor aos sandinistas, bancado pelos Estados Unidos.

Só em 1984, eleições populares estabeleceram Daniel Ortega como presidente. Economista e esquerdista, Ortega radicalizou a situação contra o governo ianque, que agiu com um embargo total, só suspenso com a eleição de Violeta Chamorro em 1990. Ortega retornou em 2006, com idéias social-democratas. Contudo, a conciliação com os Estados Unidos deve ser facilitada com Obama, já que Ortega considera sua vitória um milagre e a chegada de um símbolo da imigração e do povo ao poder (Imagem - FSLN/ El Quinto Infierno)

O regime “socialista” de Pyongyang

Desde o armistício de 1953, trégua e separação da Coréia - entre Sul capitalista e Norte socialista -, as relações do governo de Pyongyang com os Estados Unidos são bastante turbulentas, parecidas com as de Cuba. Os norte-coreanos, por exemplo, capturaram os tripulantes espiões do navio ianque USS Pueblo em 1968, e após 11 meses de negociação com Washington, liberaram seus membros.

Em reação a este e outros fatos, os Estados Unidos com Reagan colocaram a Coréia "socialista" no grupo dos terroristas em 1988, impondo ao país asiático, várias sanções. Um ano depois, descobre o projeto nuclear norte-coreano, que é suspenso pelo general-presidente Kim Jong-II, depois da queda das sanções.

O governo Bush reacende as discussões, denominando a Coréia do Norte como país pertencente ao “Eixo do Mal”. Em contrapartida, o governo de Pyongyang declara-se potência nuclear, qualifica com inútil qualquer reconciliação e lança de oito a dez mísseis em 2006, entre eles um Taepeng, capaz de chegar ao litoral norte dos Estados Unidos.

Um acordo multilateral entre EUA, Rússia, China, Japão e as duas Coréias fora tentado, uma ajuda econômica foi iniciada, mas os norte-coreanos surpreenderam, dizendo não liberar a inspeção de seus reatores aos estadunidenses - algo que difere do que fora veiculado na mídia ocidental.

E, ao que tudo indica, a Coréia “socialista” continuará seu jogo "tongmi bongnam" (abre e fecha) com Obama, deixando brechas para negociar e ao obter uma vantagem, regressará às velhas discussões. (Imagem - Kin Jong-II/ Geomundi)


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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Contradizer para vencer

Qual caminho a tomar? - Imagem: Primeira Linha

Não só com velhas receitas se recupera a economia

Dos campos tupiniquins para as redações econômicas, é inegável o legado do filósofo das quatro linhas, bancos de reserva e das relações estressantes com torcedores e dirigentes - o senhor dos “baralhos”, Vanderlei Luxemburgo. “O medo de perder, inibe a vontade de vencer”, uma reflexão profunda, resultado de sua filosofia de trabalho, quiçá consequência de uma visita ao alfaiate, quando o rico treinador lança mão de uma quantia razoável de dólares para vestir seus ternos e camisas, detalhadamente engomados e absolutamente caros.

O luxo do treinador custa caro, os dirigentes cortam na folha tudo e mais um pouco para mantê-lo e inebriados pela máxima luxemburguesa, torram o último centavo para vencer, mesmo que roam as unhas com medo de perder. No hemisfério Norte, onde a posse de um novo presidente parou o planeta, a crise caiu de sola, e assola quem teme vê-la. Barack, leitor do best-seller de “Vandeco” (denominação usada pelo meu caro amigo, Daniel), promete enfrentar a crise como quem luta contra assombração - nada enxerga, mas tudo sente - e consciente da responsabilidade, recorre à velha receita keynesiana: a intervenção econômica, o contra-senso à política estadunidense.

Economistas e curiosos por meses a fio, decorreram sobre a crise, propuseram saídas, todavia, nem Obama, muito menos os homens dos jargões e dialeto criptografado - o economês, língua de burguês, que assusta o assalariado - disseram uma linha sobre um novo modelo político-gestor, que venha substituir o capitalismo, marujo cansado de velejar e naufragar. Voltemos no pós-1929. O bonde da modernidade retomou seu curso, somente após dez a doze anos, período marcado pelas ações de cunho social, que mesclaram corporativismo e social-democracia.

A Alemanha nazista seguiu uma receita similar para se reerguer, adicionando doses de ufanismo, xenofobia e anti-(socialismo e capitalismo). Claro que o Império de Hitler não é exemplo de conduta. Então, passemos a reflexão. Até quando os Estados liberarão quantias vultosas para salvar o mercado financeiro? Quantas vezes será preciso relembrar o prognóstico marxista, de crises de reconversão de trinta em trinta anos? Por que excluir, se precisamos acumular para sucumbir diante a crise? Não tente responder, é a lógica do mundo: CAPITALISTA. Queira mudá-lo!

Intervir fortemente na economia; lançar pacotes sociais que incluam programas assistencialistas, como o seguro-desemprego não contributivo; injetar dinheiro na melhoria da infra-estrutura do país, recaindo principalmente sobre a construção civil; utilizar mão-de-obra de alto custeio aos cofres públicos, como presidiários, em reformas, edificação de hospitais, escolas, túneis, pontes; e enxugar a máquina administrativa, são algumas das medidas propostas por Maynard Keynes, para contornar a grande crise em 1929. Velhas, talvez. Úteis, com certeza. Solução, parcial.

Pode soar utopia aos mais adeptos ao mundo dos cartões de crédito, bolhas financeiras e status social. Todavia, a saída para a crise está no espírito heróico e humano do desbravar. Grandes navegações, Homestead Act e o Imperialismo, por exemplo, impulsionaram a expansão, mas excluíram povos nativos, submetendo-os à força. Hoje, essas etnias marcadas pela escravidão, submissão e abandono surgem como a melhor saída para um novo tempo, em que mercados recentes e carinho podem colocar excluídos na rota do consumo, conferindo um novo gás à economia.

De energia renovada, esta poderia, quem sabe, recorrer ao baralho de Luxemburgo e retirar a carta da ousadia, assimilando o verdadeiro significado da globalização: relativo ou pertencente ao globo. Agora pergunto a você, trabalhador. Teu salário te permite dizer que vives em um mundo globalizado? A resposta é simples: sim, afinal, alguém tem que pagar o pato.

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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Ex-grandes em busca da volta por cima


A emoção dos estaduais está começando Brasil afora neste final de janeiro. Alguns, como o Cearense e Pernambucano, já estão mais avançados, na quarta rodada. Outros começarão este final de semana, como o Carioca e o Mineiro.

Algumas equipes, consideradas de tradição e, por conseguinte, grandes em seus estados, encaram a competição como a mais importante de suas vidas. Explico: caso contrário, poderão ficar de fora do Campeonato Brasileiro da Série D, no segundo semestre de 2009. São equipes que fizeram história no passado, conquistaram títulos, amendontraram adversários. Mas, hoje, por causa de várias má administrações, se encontram em situação precária e complicada. Entre essas equipes que passam por mau momento, gostaria de destacar dois ex-grandes: Clube do Remo, da saudosa Belém do Pará, e Santa Cruz, do importante estado de Pernambuco.

O primeiro, o Leão, disputou a última Série A no longíquo ano de 1994. Foi rebaixado e nunca mais conseguiu voltar. Mas figurava na Série B do Campeonato Brasileiro, até ser rebaixado em 2004. Voltou como campeão da Série C em 2006, é verdade, mas já sem a mesma força de outrora. Em 2007, voltou para a Série C, de onde só saiu porque não conseguiu ficar entre os vinte primeiros da competição em 2008. Agora, está fadado a tentar a classificação para a Série D no Campeonato Paraense. De acordo com a CBF, apenas o primeiro colocado, exceto Paysandu e Águia, que estão na Série C, vai disputar a récem-criada quarta divisão. Muito trabalho pela frente para a diretoria e muita emoção para o remista, que almeja alcançar novamente tempos de vitórias.

E o Leão já começou assustando sua apaixonada torcida. Na estreia do Parazão, foi vergonhosamente goleado pelo São Raimundo (que não é o Tufão, o São Raimundo mais famoso, do Amazonas) pelo placar de 5x1. E o gol de honra do Clube do Remo ainda foi contra. Na segunda partida, se recuperou. Venceu o Time Negra, equipe B do Paysandu, por apenas 2x1, fora de casa.

Um time que já foi 42 vezes campeão em seu estado não pode ficar por muito tempo nesta situação. Ainda mais com o maior rival, o Papão da Curuzu, na Série C e tendo sido o primeiro clube do Norte a disputar uma Copa Libertadores da América, fato ocorrido em 2003, quando foi nono colocado na competição sul-americana vencendo, inclusive, o temido Boca Juniors, no folclórico estádio de La Bombonera, por 1x0. Com certeza, a torcida do Remo não aguenta mais as gozações por parte dos torcedores do Paysandu e precisa recuperar a auto-estima perdida. E lembrando que o clube paraense é de 1905, ou seja, são quase 104 anos de história de um time que por pouco não fechou as portas para a prática do futebol no final do ano, com risco de ter o estádio penhorado pelo grande volume de dívidas que o clube possui.

Na próxima semana faço do Santa Cruz, que também já tomou sua goleada no Pernambucano: 4x0 para o Porto de Caruaru, fora de casa. Mais um ex-grande que vai assustar sua torcida em 2009.

Matheus Laboissière, 21 anos, natural de Belo Horizonte, estudante de jornalismo do Uni-BH, diagramador e assessor da EPAMIG, colunista do site FutNet, idealizador do Espelho Digital e futuro colaborador do Sem Fronteiras.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Sob a bíblia de Lincoln e ao lado de Clinton

Imagem: O temente a Deus, Barack Obama - Reuters

Passado e futuro lado a lado na Era Obama

Nem o frio cortante da capital estadunidense, Washington, quiçá as névoas acinzentadas e espessas da crise financeira que assola, até mesmo, as nações mais abastadas, foram suficientes para que um jovem político, filho de queniano com uma cidadã havaiana, sobreposse sua mão esquerda sob a Bíblia usada pelo emblemático Abraham Lincoln, e com a direita jurasse respeitar uma das constituições mais antigas da história, pedindo ao Deus cristão, no final do ato cerimonial, força para guiar uma potência, por oito longos anos, desgovernada.

A realidade esperara por Barack Hussein Obama II, como as flores aguardam o beija-flor, delicado ás a voar, polinizar e recomeçar um dos mais belos ciclos da vida. A rosa, quase rude a presença daquele que fora incumbido de jardinar a magna e bela flora silvestre, se apresentara fechada, insegura, ferida. Os espinhos que tanto causaram dor e discórdia, agora separam o jovem jardineiro temente a Deus de sua missão: podar as plantas, para que nasçam desse contato não só flores, mas frutos saudáveis e de sabor agradável a todos os paladares.

Vencer a desconfiança da conservadora sociedade estadunidense e seus preconceitos. Eis o grande desafio no campo político-nacional do agora 44º presidente dos Estados Unidos da América. O fenômeno afro-americano Obama obteve o acesso à Casa Branca com 53% dos votos válidos, contra 47% do seu oponente: John McCain, que condensou grande parte da elite, idosos, homens e brancos com ascendência européia. Talvez a oratória do ex-senador de Illinois tenha trazido à tona, em algum instante, a imagem do pastor negro e símbolo na defesa pelos direitos humanos: Martin Luther King. Talvez tenha sido apenas ilusão.

Certo é que Barack prepara-se para seu maior desafio, que certamente não se trata da avassaladora crise, decorrente da desvalorização da hipoteca subprime. Os fantasmas a serem vencidos, a flora silvestre a ser podada, a rosa vermelha armada de espinhos é a própria ala conservadora da sociedade estadunidense, fechada em seu universo de preconceitos, insegura ante a ascensão de um jovem, negro e filho de islâmico, além de ferida por seu egocentrismo, ao julgar em meio a um mundo globalizado e ao mesmo tempo, copiosamente polarizado, que o Império construído pela política do porrete e do jeito de vida americano, ainda reinasse só e soberano o globo.

Será preciso governar com democratas e republicanos, não repetir o erro de gregos e troianos, superar a desconfiança, e assim como o slogan do presidente brasileiro, deixar com que a esperança vença o medo. As expectativas são grandes e o jardineiro espera raiar o dia, para iniciar a obra que começara ao tocar na Bíblia de Lincoln, e assim como o ex-presidente dos Estados Unidos, não esmorecer jamais. Nem ante o fracasso, nem ante a dor.

Ao olhar para Hillary Clinton, adversária de um passado recente, Obama pode não ter enxergado, porém pressente uma fortaleza, onde sua nova faceta inevitavelmente buscará refúgio, para que o ardor de suas palavras não se perca no horizonte de possibilidades e insucessos do presidente anterior, abrindo assim, espaço para que o passado de glórias e o futuro pós-imperial possam se confrontar, debater e pôr-se de acordo um com o outro.

O inverno rigoroso pode até não acabar diante da chama renovadora de Obama. O que não pode cessar é a fé em abrir os olhos desta nação, que ao reencontrar as luzes da liberdade, tem de enxergar as chagas abertas por ela em seus irmãos e reconstituir laços. Ou ainda, construir algo que de fato nunca fora estabelecido: uma coexistência com o diferente, o Oriente, o socialismo. De si para consigo.
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terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Belém está entre as possibilidades de sede da Copa do Mundo de 2014

Imagem: Montagem que ressalta as belezas naturais, culturais e arquitetônicas de Belém

Dezoito capitais brasileiras disputam à sede da Copa do Mundo de 2014. Junto ao Ministério do Turismo, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), analisa o potencial turístico e as condições necessárias de cada uma destas, que pretendem sediar o evento.

Segundo informações apresentadas pelo Ministério do Turismo, na manhã desta segunda-feira (19), o chefe de gabinete Carlos Silva e a pesquisadora da FGV, Laura Monteiro, sobrevoaram Belém e logo depois, reuniram-se com autoridades locais para tratar das possíveis ações na cidade.

"Pelo que ouvimos nas exposições e pela visita aérea, acreditamos que Belém tem todas as condições para ser uma das sedes. É uma cidade agradável, verde, bonita e acolhedora", disse Silva à Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo.

A FGV irá analisar investimentos em turismo feitos nas cidades, além de insuficiências e maneiras de melhorar a estrutura turística em determinadas áreas. Setores hoteleiros, gastronômicos e prestação de serviços, também serão estudados.

Mas, só quem dará o resultado final, de quais serão as 10 ou 12 capitais selecionadas, será a Federação Internacional de Futebol (FIFA). E de acordo com esta, os editais para a execução das obras, deverão ser entregues até o dia 31 de julho deste ano e deverão ser concluídas até 31 de janeiro de 2010. E o prazo para a apresentação dos estádios será 31 de janeiro de 2012.

Fonte: Ministério do Turismo

* Em virtude da publicação de "Turismo", o Sem Fronteiras trará a partir de amanhã, artigos referentes aos desafios de Barack Huseim Obama frente ao governo estadunidense. Iniciamos com Política nesta quarta, traremos Economia na sexta e fecharemos com Internacional na outra quarta. Não deixe de conferir!


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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Um 2009 com o pé direito

Hoje, segunda-feira, nós, da equipe Sem Fronteiras, poderíamos repercutir sobre a provável "maior negociação do futebol mundial": a transferência de Ricardo Izecson Kaká. Quem sabe, trazer as notícias quentes do esporte nacional, e pedí-lo para que pegasse um delicioso café e acompanhasse este post. Poderíamos evidenciar a Torre de Babel, comum no futebol europeu, ainda mais no Inglês. Ou ainda, lançar números das dívidas dos grandes clubes espanhóis, que caso fossem grãos, lotariam uma residência por completo.

Mas resolvemos presentear, assim como muitos de nossos amigos fizeram em 2009, conferindo a esta equipe, alguns selos, presentes que recebemos com grande carinho e feição. Agradecemos ao blog Babel Ponto Com, da jornalista especializada em idiomas e grande amiga, Letícia Castro; ao jornalista mineiro como nós, Wander Veroni, do Café com Notícias, a advogada Ana Lucia Nicolau, do blog Ana Lucia Nicolau, ao Renato, do Quiosque Azul, ao jornalista Guilherme Freitas, do Blog da Comunicação, a Ana Célia do Redescobrindo São Paulo e ao Rodrigo Borges do Joystick Brasil.

E façamos as entregas (basta clicar sobre o nome dos selos). O Sem Fronteiras repassa o selo "Este blog ensina o caminho certo" ao blog Asa da Palavra, da graduanda em Jornalismo Kátia Brito, que mantém nesse espaço um diálogo constante com os ensinamentos divinos. Os selos "Master Blog" e "100% Ibope" presenteamos a Daniel Leite, graduando em Jornalismo e editor do Por Dentro do Mundo da Bola e Repercutiu, como também ao editor do Grãos de Areia pelo Infinito e graduando em Direito, nossos parceiros, amigos e pessoas, que passamos a admirar pelo trabalho e pela postura ética e serena.

Aos também amigos, comentaristas assíduos e jornalistas de grande talento, Wander Veroni e Letícia Castro, oferecemos os selos "Blog Especial", "6 coisas, 6 links" e "Sorte", afinal, competência vocês tem de sobra. Para o selo "6 coisas, 6 links", restam quatro indicados, que são: Café Escracho, de Rogério Dalbem, O Pernambucano, de Gutemberg Xavier, Pequenos Fragmentos de Luz, de Renata Graña e ao Saco de Filó, do professor Marcelo Leite.

Este selo tem regras que respeitaremos e deixamos a cargo dos premiados seguirem ou não com elas. Linkar o blog que te linkou, escrever as regras do meme, indicar mais seis ganhadores, deixar um comentário aos felizardos e falar seis coisas referentes a você, no nosso caso, à equipe. Bem, criamos o blog no dia da liberdade de imprensa, já somos sete integrantes (algo simples, mas pouco evidente), ganhamos 31 selos em sete meses, estamos elaborando um projeto grandioso nos bastidores, o elemento mais velho da equipe tem APENAS 23 anos e somos mineiros.

Agora, presentearemos com o selo "Esfera al intelecto y la filosofia", alguns membros das redes diHITT e Yoomp pelos belos trabalhos desempenhados: Rodrigo Piva, do Curiosando; João Assis, do Blog do Assis; Catarino Alves, do Blog do Catarino; Arthurius Maximus, do Visão Panorâmica; Pedro Sá, do Linking; Marco Motta, do Tô Conversando; Nogueira Júnior, do Brasil! Brasil!; ao João Magalhães, do Repórter Net, ao Alceu Sperança, do Guizo Vermelho e ao Jorge Reis, do Ponto Blog.

E enfim, o momento mais aguardado, o selo Sem Fronteiras na Web de Qualidade, que dedicaremos a seis endereços, os mais visitados por esta equipe ao longo de sua recente história:

- Babel Ponto Com - blog da jornalista Letícia Castro, com postagens em vários idiomas e que tem com foco a cultura, mostrada através palavras de incalculável valor;
- Café com Notícias - blog do jornalista Wander Veroni, com o melhor dos bastidores da mídia mineira e discussões importantes acerca do fazer jornalístico;
- Grãos de Areia pelo Infinito - blog do graduando em Direito, Alex Lírio, que expõe reflexões e análises profundas que vão desde a educação e os direitos humanos, até a economia e a política;
- O Patifúndio - site no formato revista eletrônica, idealizado pelo graduando em Jornalismo, Michell Niero, que coloca em evidência a língua portuguesa e nos faz orgulhar em fazer parte dos seus falantes;
- Por Dentro do Mundo da Bola – blog do graduando em Jornalismo, Daniel Leite, especializado em coberturas e análises (não meros pitacos) sobre o futebol e NBA;
- Repercutiu - blog de Daniel Leite, que repercute com maestria, o que de mais importante ocorreu no mundo e que pode alterar o percurso daquilo que se conhece como atualidades.

Aos todos os internautas sem fronteiras, àqueles que nos premiaram e aos premiados, desejamos um 2009 repleto de conquistas e que comece, preferencialmente, com o pé direito.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Lula, pare de ser bonzinho!

Imagem - Blog do Favre

A oposição deve reconhecer: Lula melhorou o país desde que assumiu a Presidência da República. Elevou a renda, diminuiu a pobreza, distribuiu benesses aos menos favorecidos, claro que beneficiado pelo bom momento da economia na época. Mas isso é assunto para outro artigo. Hoje me reservo no direito de analisar a política externa do pernambucano.

O Brasil tem um objetivo muito claro no exterior: pretende obter um assento no Conselho de Segurança da ONU, com poder de veto sobre as principais decisões no mundo. Para tal, o país deve se tornar o líder da América do Sul, quiçá da América Latina.

As dimensões continentais do país são grande vantagem para que Lula e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, possam atingir resultados satisfatórios. Mas não é só isso. Uma coisa a se fazer é certa. Nunca ser agressivo e, por conseguinte, injusto em sua política externa, defendendo interesses individuais a qualquer custo. Entretanto, o outro lado da moeda também é prejudicial. E nosso Lula anda se comportando exatamente o oposto do que os EUA agem: está sendo passivo demais na defesa dos interesses nacionais.

Vamos aos exemplos. O mais novo deles é mais uma vez com a Bolívia. O Ministério de Minas e Energia havia divulgado que diminuiria a quantidade de gás comprado daquele país. De 30 milhões para 19 milhões de m³. Após algumas horas, o ministro Edson Lobão, depois de se reunir com representantes do governo boliviano, voltou atrás. A redução seria, agora, para 24 milhões de m³. E a decisão anterior fora homologada por uma equipe técnica. Então, que a demita pelo erro de cálculo. Mais parece subordinação presidencial aos interesses dos "amiguinhos" esse "erro de cálculo".

Mas este não é o primeiro e, até 2010, não deve ser o último episódio de passividade do governo Lula em relação ao exterior. Há quase três anos, em maio de 2006, o "muy amigo" presidente boliviano, Evo Morales, desrespeitou o Brasil. Resolveu nacionalizar o petróleo e o gás do país. Assim, queria que a Petrobrás, que possuía poços de perfuração naquele país, deixasse para trás todo o investimento e suor aplicados naquela empreitada. Só isso já consideraria desrespeito para com nossa nação. Mas Morales sabia que seu amigo Lula não ia assumir uma postura firme. Resultado: ainda ocupou as instalações da estatal brasileira com o exército boliviano.
Paraguai

Outro vizinho que teve a ousadia de tentar tirar proveito da bondade de Lula foi o recém empossado presidente paraguaio, Fernando Lugo. O partido dele, o Colorado, ganhou após décadas fora do poder. Uma das promessas de campanha foi rediscutir o Tratado de Itaipu, hidrelétrica binacional, administrada por ambas as nações. O presidente queria definir um preço justo para a energia que o Brasil comprava da parte paraguaia. Mas o presidente Lugo estava sem razão. Quem gastou mais para implantar a empresa foi o Brasil, milhões de reais. A energia excedente paraguaia, já que aquele país não consegue usá-la, não tem para onde ir a não ser o Brasil. E o presidente ainda se acha no direito de ditar regras? Isso porque Lula é bonzinho demais, deixa todo mundo muito à vontade.

Equador

O que dizer da recente confusão entre o presidente do Equador, Rafael Correa, e o Brasil. Ele não queria pagar um empréstimo, feito via BNDES, para a construção de uma hidrelétrica pela brasileira Odebrecht. Pagou depois de muita insistência do governo brasileiro e até da retirada do embaixador tupiniquim do Equador.

Nem precisa dizer da liderança exercida pelo mandatário venezuelano, Hugo Chávez, há algum tempo. Ele, por ser maluco, entrou em descrédito e quis impor mudanças radicais e impopulares rápido demais. Em breve, ele volta com a idéia de plebiscito para reeleições ilimitadas. Vamos ver como Lula irá se posicionar diante de nova afronta do caudilho.

Então, para mim, Lula foi um fracasso na política externa, acumulando mais derrotas que vitórias desde 2002. O Brasil precisa de muito ainda para que, de fato, possa influenciar o mundo, como em decisões comerciais, exemplo da Rodada de Doha, da Organização Mundial do Comércio, e até conflitos, como o de Israel contra a Palestina. Por mim, o ministro Celso Amorim poderia economizar passagens pagas com dinheiro público e ficar no Brasil cuidando, primeiro, da América do Sul para, depois, alçar voos mais altos.

Matheus Laboissière, 21 anos, natural de Belo Horizonte, estudante de jornalismo do Uni-BH, diagramador e assessor da EPAMIG, colunista do site FutNet, idealizador do Espelho Digital e futuro colaborador do Sem Fronteiras.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

E o Globo de Ouro vai para...

Na noite do último domingo (11) a Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood anunciou os vencedores da 61ª edição do Globo de Ouro. Surpresas agradabilíssimas marcaram a cerimônia de entrega das estatuetas.

"Slumdog Millionaire" - Foto: divulgação

O destaque da festa foi para um longa independente que vem ganhando a crítica internacional e se sustentando como franco favorito ao Oscar. “Slumdog Millionaire”, filme que gira em torno de um jovem indiano analfabeto que vence um programa de perguntas e respostas, não só deixou para trás grandes produções, como “Frost/Nixon” e “O curioso caso de Benjamin Button”, como levou os quatro prêmios que disputava (melhor filme - drama, diretor, trilha sonora e roteiro adaptado). Assista ao trailer do promissor “Slumdog Millionaire” (Clique aqui).

Kate Winslet - Foto: Lucy Nicholson/ Reuters

A injustiçada Kate Winslet - indicada cinco vezes ao Globo de Ouro e outras cinco ao Oscar, mas nunca premiada - concorria em duas categorias (melhor atriz em filme dramático e melhor atriz coadjuvante em filme dramático). A jovem atriz inglesa “lavou a alma” ganhando logo os dois globos a que tinha direito. O primeiro pela performance como a acusada por crimes de guerra, Hanna Schmitz em “The Reader”, depois por April Wheeler, a dona de um lar esfacelado em “Revolutionary Road”. Veja o desconcerto de Kate ao se dar conta de que ganhara mais uma vez (Clique aqui).

Heath Ledger - Foto: divulgação

O globo de ouro de melhor ator foi para Mickey Rourke por “The Wrestler”, filme que marcou a volta do ator às telonas. Já o prêmio de ator coadjuvante foi concedido a Heath Ledger pela sua performance como Coringa em “Batman - O Cavaleiro das Trevas”. Morto há um ano, Ledger surpreendeu em seu último filme, sendo premiado por merecimento. Assista ao momento em que Christopher Nolan, diretor de Batman, recebe o prêmio. (Clique aqui).

"Waltz with Bashir" - Imagem: divulgação
A animação israelense “Waltz with Bashir” venceu na categoria melhor filme de língua estrangeira, desbancando o forte representante italiano, “Gomorra”, que não foi sequer lembrado na lista de pré-selecionado à disputa na mesma categoria no Oscar. Com o prêmio, Israel tem pretensões de levar não apenas a estatueta de melhor filme estrangeiro no Oscar, mas também a de melhor animação.

Mickey Rourke e Bruce Springsteen - Foto: HFPA

Na categoria “canção original”, “The Wrestler” de Bruce Springsteen saiu vencedora. A letra é a mais pura tradução dos sentimentos do lutador cheio de feridas internas interpretado por Mickey Rourke.

"John Adams" - Foto: divulgação

A premiação voltada para os melhores da TV estadunidense consagrou a bem sucedida minissérie “John Adams”, vencedora em quatro categorias - incluindo melhor minissérie ou filme produzido para a TV - e a série “30 Rock” ganhadora de três globos.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Nova fórmula de disputa da Série C: bom começo


A nova Série C do Campeonato Brasileiro fará sua estreia este ano, a partir de 24 de maio até 22 de novembro. A importante mudança definida pela CBF, de se reduzir de 64 para apenas 20 clubes, e criar a Série D, com 40 equipes, foi acertada.

Com calendário definido, há grande possibilidade de a mídia, principalmente a televisiva, se interessar pela transmissão dos jogos. Aos próprios clubes, ficaria mais fácil angariar patrocínios, já que a equipe não corre risco de jogar apenas um mês, como foi até 2008 – o time poderia ser eliminado na primeira fase da competição, disputada em grupos de quatro.

Porém, a CBF não pode achar que seu dever de entidade representativa do futebol brasileiro está cumprido. Ela precisa criar condições para que os clubes possam pagar os custos da competição. Em tese, estes até aumentam em relação à fórmula passada. Antes, os clubes se organizavam em grupos de quatro levando-se em conta a regionalização. À medida que o clube ia avançando na competição é que os custos iam aumentando, até o Octogonal Final, no qual havia jogos entre Rio Branco-AC e Brasil de Pelotas-RS, por exemplo. A nova divisão de grupos, apenas dois com dez clubes cada, regionalizado entre Norte/Nordeste/Centro-Oeste e Sul/Sudeste/Centro-Oeste, faz com que os custos com viagens, hospedagem, entre outros, aumentem muito.

A CBF, que nas Séries A e B paga todas essas despesas dos clubes, tem de ampliar esse benefício aos clubes da Série C. Caso contrário, os clubes não conseguirão arcar com os altos custos e poderão haver desistências dos times mais frágeis economicamente. A CBF urge dar as mesmas condições para que os clubes da Série C possam disputar de igual para o igual com clubes das Séries A e B. Torço para que a Série C conquiste mais espaço no cenário nacional e a mudança da fórmula de disputa é uma decisão acertada da entidade máxima de nosso futebol.

Dentro de Campo

Analisando agora o futebol em si, creio que este campeonato será tão emocionante quanto foi a edição de 2008. Equipes tradicionais do futebol brasileiro, como Paysandu-PA, América-MG e Criciúma-SC, buscam retornar aos tempos de vitórias, recuperando o prestígio outrora perdido. Por outro lado, há equipes que surpreenderam ao conquistar o direito de disputar a competição. Mixto-MT, Luverdense-MT, Águia de Marabá-PA – que, aliás, só não subiu para a Série B por ter tido menor saldo de gols que o Duque de Caxias-RJ – e Salgueiro-PE, ganharam espaço no cenário nacional e pretendem, pelo menos, manter o sucesso conquistado.

E como não gosto de ficar em cima do muro, mesmo sabendo que ainda é cedo para apostas, já que os estaduais estão apenas começando, aponto os favoritos a ascender à Série B 2010: Criciúma-SC, Caxias-RS, Rio Branco-AC e América-MG. Lá pela metade dos estaduais pode-se ter mais certeza do que os times poderão fazer na competição nacional. O que tenho plena convicção é de que a Série C 2009 será emocionante do começo ao fim. Não perderei nenhum jogo!

Matheus Laboissière, 21 anos, natural de Belo Horizonte, estudante de jornalismo do Uni-BH, diagramador e assessor da EPAMIG, colunista do site FutNet, idealizador do Espelho Digital e futuro colaborador do Sem Fronteiras.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Um “tô nem aí” para a crise


Em meio à crise mundial, desencadeada pelo crédito subprime, que afugenta os principais mercados e instituições financeiras do planeta, um setor ignora a densa névoa vinda do Atlântico Norte e já prevê crescimento na ordem de 40% este ano. Ora, caro internauta sem fronteiras, falo do microcrédito, uma modalidade em fase embrionária, que desde a segunda metade da década de 80 no Brasil, vem sendo aplicada através da iniciativa das comunidades e com o apoio do poder público.

O volume de crédito ofertado em 2008 cresceu em todos os meses do ano e pretende aumentar ainda em 2009, é o que afirma o superintendente de microfinanças do Banco do Nordeste (BNB), Stélio Gama Lyra Júnior. “Estamos trabalhando com a meta de crescer 40% em 2009. Para o setor informal, não trabalhamos com cenário de crise”. A instituição detém maior fatia do mercado, atingindo 30% de aumento em relação a 2007, o que representa um empréstimo de quase R$ 1,1 bilhão.

Para Maria de Fátima Rodrigues, do bairro Serrinha, periferia de Fortaleza, a crise não existe. “Aqui não mudou nada. Só tem crise para quem tem dinheiro, muito dinheiro”, afirma. A senhora adquiriu um empréstimo de R$1 mil no Banco do Nordeste, em novembro, época em que os bancos informaram perdas milionárias. O mundo parecia reviver os rumores de um “tsunami”, mas no Brasil, com disse há pouco o presidente, chegava a marolinha (ele só não mencionou que seria para parte da população).

Saiba mais sobre o microcrédito

O microcrédito - o prefixo já denuncia o ultraje - é uma variedade de empréstimo, que no país, destina-se às camadas mais baixas da sociedade, que porventura, não tem acesso as formas convencionais de crédito. Uma política de microfinanças que, no governo Lula, ganhou força e notoriedade, junto aos incentivos ao médio-produtor.

Todavia, como o internauta deve ter percebido, o problema dos “micro”, é justamente a limitação financeira desta modalidade. O Banco Central (BC) limita a R$ 500 o desembolso para pessoas físicas e R$ 1 mil para pessoas jurídicas. Alguns consideram os créditos uma esmola do poder público. Não é o que diz a Fundação Getúlio Vargas. Em pesquisa realizada com 175 empresários de Heliópolis, São Paulo (capital), em 2007, a FGV revela crescimento de 60% dos nos negócios avaliados.

Este seguimento, antes dominado por agiotas, pode até ter conquistado uma fatia importante, mas não é segurança de crescimento e resolução dos problemas da população mais carente. A demanda do “micro”, cada vez mais popular entre àqueles recebedores do “mínimo”, ajuda a aquecer a economia de uma classe à margem até pouco tempo. Mas também gera problemas (ora, como diria meu amigo, adepto a ditados, “rapadura é doce, mas não é mole não”!).

Sem o devido auxílio e instrução, o desembolso ajuda, em muitos casos, a alimentar projetos inviáveis, gerando dívidas e mais desespero em sertanejos, comerciais das periferias de grandes centros urbanos, desempregados e demais cidadãos, que sonham em integrar a classe média, transformando-se em consumidores em potencial – de abrir a carteira, sacar o cartão e viver inundado de contas e privilégios que o operariado tem. Enquanto isso não chega, o microcrédito enche de esperança os lares menos favorecidos deste país de constrates.

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