sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Do fundo do baú

Foto: divulgação
É incrível como alguns filmes têm o poder de marcar nossas vidas e fixarem em nossas mentes. Seja por meio de uma imagem, uma canção ou, até mesmo, um diálogo, o fato é que algumas películas nos provocam nostalgia e muitas delas fazem com que nos lembremos do passado com saudosismo de quem tem vontade de regressar a ele.

Particularmente, existem muitos filmes que se impregnaram em mim de maneira incrível. Mesmo que eles sejam reprisados duas ou três vezes ao ano, faço questão de revê-los como se tratassem de películas nunca antes vistas por mim.

É o caso de “A Fantástica Fábrica de Chocolates”, a versão de 1971. O SBT não cansa de reprisar, assim como não me canso de rever e dele tirar lições preciosas. Quem não se lembra da emocionante saga do pequeno Charlie (Peter Ostrum, hoje, o Sr. Ostrum, "bigodudo", que não lembra, nem de longe, o garotinho loiro que comoveu a todos no início da década de 70) na procura pelo bilhete dourado em uma daquelas barras de chocolate Wonka...

O que me chama a atenção em Charlie é que por mais que tudo fosse desfavorável ao sonho de se credenciar como o último sortudo a ingressar no passeio pela mágica fábrica de chocolates de Willy Wonka - sua pobreza e a concorrência desleal com crianças ricas que poderiam comprar milhares de barras até encontrarem um bilhete -, o menino cultivou a esperança até a última barra de chocolates que poderia adquirir. Sonhar e ter fé são virtudes das quais nunca deveríamos abrir mão...

Outro filme que me agrada bastante é “Corina, uma babá quase perfeita” de 1994. Além da trilha sonora que é um espetáculo - repleta de jazz, soul e o melhor da música negra estadunidense - o filme trata da questão racial de maneira sensível e delicada. Woopy Goldberg como Corina e a pequena Tina Majorino no papel de Molly, nos fazem sorrir e emocionar de maneira equilibrada no pequeno espaço de tempo de duas horas.

Em 1982, Steven Spielberg filmou uma das produções cinematográficas que marcaram época. “E.T., o Extra-terrestre” conta a história da amizade entre o menino Elliot e um ser de outro planeta. As diferenças físicas latentes entre os dois amigos não foram empecilhos para que ambos construíssem uma relação pautada no companheirismo e fidelidade um para com o outro. Mais recentemente, em 2004, Spielberg rodou outro filme que, novamente, tem as diferenças como planos de fundo, falo do magnífico e tocante “A.I. Inteligência Artificial”, onde uma máquina adquire o dom de amar.

Bem, esses são alguns dos tantos filmes que, de alguma forma e por algum motivo, são lembrados por mim, os quais revejo com prazer e interesse de quem assiste pela primeira vez.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Precisa falar mais alguma coisa?

É isso aí sem fronteira: ia fazer uma postagem falando justamente sobre o "ator" Leonardo Quintão. Ao saber desta paródia maravilhosa de Tom Cavalcante, conclui que nem 15 mil palavras conseguiriam explicar o que vídeo de 2:44m conseguiu.

Que Márcio Lacerda não é o melhor candidato, isso ele não é mesmo! Porém, não é votando no ainda pior Leonardo Quintão que vamos protestar contra a "aliança".

domingo, 19 de outubro de 2008

Dia de presentear

Atribulações. Afazeres. Correria. Rotina. Palavras que bem designam estes dois últimos meses desta equipe. Os quatro editores vêm doando-se quase plenamente, para que o projeto Sem Fronteiras continue com a força e qualidade, reconhecidas pelos amigos, parceiros e internautas, através de page views, comentários, links e indicações.

Aos parceiros Sem Fronteiras e blogueiros amigos, saibam: hoje é dia de presentear. Durante esses quatro meses e meio, ampliamos algumas parcerias e obtivemos outras, estabelecidas através de redes sociais, como o diHITT e o Orkut. Em retribuição ao carinho e crédito conferido a esta equipe, seguem abaixo alguns selos, presentes ganhos, e agora, repassados aos amigos e colegas de atividade.

Agradecemos ao Daniel Leite, do Por Dentro do Mundo da Bola, pelo selo Esfera al intelecto y la filosofia 2008. Pela qualidade de seus blogs e como forma de promover estes portifólios de grande talento àqueles que porventura não os conheçam, presenteamos o editor santista, estudante de jornalismo em Viçosa, com os selos Gentileza Gera Gentileza (ao Por Dentro do Mundo da Bola) e Um blog da Melhor Qualidade (ao Repercutiu).

Ao Gutemberg Xavier, de O Pernambucano, muito obrigado pelo selo Blog do ano, em homenagem a um ano deste belo projeto. Este selo vem a engrandecer nosso trabalho e comprovar a seriedade do nosso projeto. Esta explicação “apaixonada” pode ser suprida, e, no local, basta-nos enfatizar o título “Blog do ano 1 do Pernambucano”. Entretanto, não seria justo de nossa parte, na premiar tal projeto. Então, a O Pernambucano presenteamos com o selo Blog Mara.

Já a Rodrigo Piva, do Curiosando, que nos indicou o selo Sorte e Prêmio Dardos (que já havíamos recebido, mas que muito nos alegra receber novamente), retribuímos, não por interesse, mas em admiração ao belo trabalho por lá desenvolvido, com o selo Esse blog dá um banho. Basta dizer que Rodrigo é o número 1 no ranking de usuários da rede social de língua portuguesa diHITT.

À Letícia Castro, que dispensa comentários, por ser nossa grande parceira, amiga e jornalista admirada por esta equipe, que nos ofereceu o selo Melhores 2008, presenteamos com o selo Sorte, afinal, sempre precisamos dela (Letícia e o Babel Ponto Com menos que a grande maioria dos blogueiros). Este é mais um presente vindo de Sampa para Minas e repassado à Terra da Garoa. Este selo também vai ao Café com Notícias, do também amigo Wander Veroni, nosso top comentarista e ao Asa-da-palavra, da produtora da TV Uni, Kátia Brito.

Por fim, ao Grãos de Areia pelo Infinito, do estudante de direito Alex Lírio, parceiro que abrilhanta nosso trabalho com seus excelentes comentários, oferecemos o selo Um blog da melhor qualidade. E aos nossos novos parceiros da equipe do Blog da Comunicação, indicamos o selo Prêmio Dardos, repassado a mídias que cuidam de nossa língua e da arte de bem escrever.

A vocês, nosso muito obrigado por participarem da construção deste blog! E parabéns a todos.

sábado, 18 de outubro de 2008

Sobre Serra e a esquerda

Sem fronteiras, caros colegas, no cenário jornalístico desta semana, muita coisa sobre economia (por conta da crise financeira) e um pouco sobre as eleições do próximo domingo. Assuntos estes que ficaram em segundo plano por conta de dois acontecimentos que mexeram com o país. Os dois, no estado de São Paulo: o primeiro, o trágico desfecho do cárcere da garota Eloá e o outro, o qual quero me ater, o confronto armado das polícias Civil (PC) e Militar (PM) desse estado.

O confronto, sem sombra de dúvidas, expôs vários problemas, como o desempenho do tucano José Serra em negociar as reivindicações da Polícia Civil, em greve há mais de um mês. O governador se mostrou mais uma vez inapto à negociar com qualquer classe, da mesma forma que aconteceu com os estudantes da USP em 2006, o que evidencia cada vez mais sua forma impassível e errônea de negociador. Porém, isto se tornou um problema secundário. Porque o pior, foi ver como a Polícia Civil paulista se prestou para ser um mero joguete de políticos e entidades inescrupulosos que estavam visando a corrida eleitoral da prefeitura de São Paulo.

Sim, sabemos que os policiais paulistas são, increvelmente, os mais mal pagos do país, mas foi enojante que o comando da greve tenha acatado sugestões de marchar rumo ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulistano, e invadir o local para assim, negociar. Porém, vem aquela inevitável pergunta: ora, se o governador responde pelas polícias, quem então sugeriu aos policiais civis fazer tal coisa? A resposta: o deputado pedetista Paulo Pereira da Silva.

É, aquele mesmo que antes de ser ganhar uma vaga no Legislativo era conhecido por Paulinho da Força Sindical. O inescrupuloso Paulinho, em dado momento disse em um carro de som: "Não adianta ficar na praça (que estava um palco de guerra entre a PM e a PC). O cara que manda está lá em cima (fazendo referência ao governador José Serra e ao Palácio dos Bandeirantes)." Felizmente, a PM conseguiu evitar que algo pior acontecesse. O governador José Serra, que embora não poderia ter deixado essa situação chegar nesse ponto, denunciou que o movimento tinha "participação ativa da CUT, que é ligada ao PT, e da Força Sindical, ligada ao PDT". E realmente tinha um representante petista na baderna: o líder do partido na Assembléia Legislativa, Roberto Felício.

O que vimos destes dois senhores é o que há de mais podre na esquerda deste país: a mesquinhagem, a intriga, a pequinês política, o desespero. Esse patético movimento liderado por Felício e Paulinho, foi uma tentativa baixa e sórdida de atingir o candidato a prefeitura de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) que lidera com folga as intenções de voto. O que vimos, foi o ridículo uso de uma força policial do estado, contra o próprio estado: pessoal e armamento pagos com o dinheiro do contribuinte, sendo usados em benefício e motivos pessoais. E por falar no contribuinte, ele estava lá no meio da confusão, correndo o risco de sair ferido ou levar um tiro. Repito, tudo por conta de caprichos político-pessoais.

Tudo planejado para tentar salvar a combalida candidatura de Marta Suplicy (PT). Olha, pode ser muita coincidência, mas esse movimento terrorista-eleitoral da CUT, Força Sindical e partes da PC se assemelha ao banditismo do Primeiro Comando da Capital (PCC) em 2006, quando saíram às ruas deixando um rastro de destruição e violência pelo estado de São Paulo. Todos se lembram do pânico, do terror que se abateu nos paulistas. Opa, 2006? Eleições naquele ano também, não foi? José Serra concorria ao governo de São Paulo... Agora, 2008, Kassab, apadrinhado de Serra.... Aqueles que acreditam que me desculpem, mas eu, não acredito em coincidências.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

I Just Called 2 Say I Luv U

Foto: divulgação

Por Ricardo Lima - editor de Cultura

Tenho quatro graus de miopia. Se estou sem óculos, sou praticamente cego, enxergo exatamente um palmo a minha frente. Sendo assim, a visão é uma das coisas mais importantes na minha vida (e eu já passei por todos os tipos de problemas com ela). Daí fui assistir "Ensaio Sobre a Cegueira". Que filme bom, esse. A adaptação do livro de José Saramago é impecável. Quando eu li uma entrevista do Fernando Meireles falando sobre o filme, me chamou atenção o comentário dele de que sua maior dificuldade foi descobrir como retratar a cegueira. E eu, enquanto uma pessoa quase cega, digo que ele conseguiu, com maestria, passar para a tela grande a sensação de não ver.

Aliás, eu saí do cinema pensando exatamente isso: assistir "Ensaio..." é a experiência de não ver um filme. A alternância entre o muito preto e o muito branco é muito bem executada. As sensações de claustrofobia e mal-estar diante da visão embaçada estão perfeitas. Acho desnecessário citar que o elenco tem atuações fantásticas (até a Alice Braga, com quem eu não simpatizo muito, está bem no filme), até porque o elenco principal é fantástico. Julianne Moore, Mark Ruffalo e Gael García Bernal estão impecáveis.

Penso que o grande mérito do filme é mesmo a parte técnica, e, claro, a direção, que prende o expectador num misto de sensações e emoções. A dúvida entre rir ou chorar dos novos cegos, o desespero de não ver, a câmera solta, muitas vezes não mostrando o rosto dos atores (sacada genial, na minha opinião), ou mostrando muito de perto, passando uma idéia de busca, quase tateando a pele do elenco, como um cego de verdade faria. Roteiro enxuto, direto, sem (muitos) pudores ou frases de efeito para se salvar (coisa que bons roteiristas não precisam).

Dizem que a obra de Saramago é politizada, difícil de entender, cheia de entrelinhas (e com pouca pontuação). Assim pode-se chegar a várias conclusões sobre do que se trata o filme. Política? Preconceito? Ignorância? Talvez nenhuma delas?

Acredito que, independente da opinião sobre a obra, é quase impossível não pensar em "Ensaio..." como uma obra acima da média atual dos blockbusters. Os únicos que não gostaram do filme foram (sic) os membros da Associação de Cegos da América. Como o próprio Saramago disse numa entrevista há duas semanas, "como alguém pode criticar algo que não viu?". Pois é.

Este piloto merece voar?

Com forma de unir o útil ao agradável, e aproveitando o momento propício - dias após os quatro meses de Sem Fronteiras na web e do Blog Action Day 2008 - a equipe deste blog, por meio do editor de economia e esportes, Lucas Fernandes, traz uma nova modalidade informativa à você, internauta que nos acompanha freqüentemente, ou, que chega aqui pela primeira vez.

Eis o piloto do programa Na roda, podcasting noticioso sobre os assuntos que ganham destaque na mídia, analisados de forma leve e sucinta.

Vale lembrar que este é um piloto, e que, o programa seguirá mediante a sua vontade. Por isso, comente, critique, elogie e dê nota a esta produção. Sua participação, como sempre, é fundamental!

Confira: Na roda - O que repercute, você ouve aqui

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Opção: fome!

Postagem especial do SF para o Blog Action Day 2008

Foto: Sebastião Salgado

Ela é silenciosa e informe. Uma das piores e mais perversas mazelas mundiais surge da falta de elementos concretos que satisfaçam uma das vontades instintivas do homem e da abastança de outro mal, esse, também abstrato, mas talvez mais letal: a insensibilidade. A pobreza se faz nítida através da fome, um câncer que lateja nos terrões áridos ou em ambientes demasiadamente gélidos.

A fome campeia o mundo! Diariamente ela aflige e castiga inocentes. Sádica, ela se rejubila dia após dia, sugando gota a gota a energia de suas vítimas, até o momento em que lhes faltam forças para pedir e clamar por misericórdia. É difícil imaginar e definir esse inimigo voraz que segundo estimativas da ONU (Organização das Nações Unidas), atinge um em cada seis habitantes do globo terrestre. Igualmente árdua, é a tarefa de tentar estabelecer, em termos estatísticos, o desespero ocasionado por ela.

Longe dos olhos de quem possui autonomia e poder para erradicar fome do globo, latinos, asiáticos e africanos, principalmente, se vêem de mãos atadas diante do problema. Inúmeros - crianças e adultos, homens e mulheres - a cada segundo, pagam com a vida o preço da negligência dos poderosos.

Na contra-mão do que acreditava Thomas Malthus, a realidade se apresenta de outra forma. A população não cresce em progressão geométrica, tão pouco os alimentos são produzidos em progressão aritmética. A teoria, que trocando por miúdos diz que a fome é uma mal contra o qual é inútil lutar, cumpriu sua função e foi tida como verdade em meados do século XIX, hoje, não passa de uma visão extremamente equivocada.

Então, o que fazer?!? Encontramos respostas baseando-nos na falta. Falta de enxergar o outro com olhos compassivos, falta de querer fazer e deixar os interesses políticos e econômicos de lado. Falta de querer distribuir os recursos de maneira homogênea. Falta de acreditar que a solução para este mal passa pela educação, mecanismo inclusivo e capaz de nivelar os seres, colocando-os em pé de igualdade.

O fantasma da fome continuará ter o seu lugar no mundo enquanto o homem agir baseado na lei da vantagem, enquanto estiver envolto pelo malévolo mundo globalizado, onde, necessariamente, devem existir vencidos para que existam vencedores, devem existir oprimidos para que poucos se gloriem. Continuará sua matança enquanto o homem optar por ela.

E segue a pobreza, que traz a fome e gera fome - pelo saber.

Segue a pobreza, palavra comum à nossa existência. Que se faz aparente e aparenta, o quão pobres somos de espírito. O quão pobres fomos, somos... seremos? Isso só você poderá responder!

Ô gente, vem cá...

... cê tá satisfeito com a política? Hoje, a gente não vê mais gente cuidando de gente! Parece que isso não dá pra fazer mais!

Você, sem fronteira de Belo Horizonte, deve ter percebido a semelhança do meu micro-lead com o discurso do candidato à prefeitura da capital mineira pelo PMDB, Leonardo Quintão. Ironias e brincadeiras à parte, a mensagem é real: o significado desta palavrinha parece ter sido deturpado pelos nobres senhores e senhoras vestidos em seus terninhos Giorgio Armani.

Segundo o dicionário Aurélio, política é:
  • Arte e ciência de bem governar, de cuidar dos negócios públicos,

  • Habilidade no trato das relações humanas.

O termo política, porém, tem raízes mais antigas: vem do grego polis, que é a concepção de sociedade organizada que Aristóteles difundiu no mundo ocidental. O significado da palavra foi mudando junto com a história e os regimes de cada época: política na Idade Média era uma coisa, diferente do Absolutismo que era diferente do Iluminismo. E hoje, pelo menos no Brasil, podemos criar um novo significado, já que não preciso nem dizer que os significados trazidos pelo Aurélio não são nem de longe aplicados.

Porém, não sei qual palavra (se é que exista alguma), que definiria a política no Brasil! Convido você sem fronteira a me ajudar em alguma definição. Creio que os conceitos básicos seriam: charlatanismo barato, retóricas praticada ao extremo, falta de tato no trato ao público, difamação contra adversários, promessas insustentáveis, e... acho que só. Caso alguém se lembre de mais alguma coisa, por favor, não hesite em fazer um comentário.

O pior de tudo, é que em plena campanha eleitoral, teoricamente deveríamos ver um bonito e inteligente debate de idéias, propostas e soluções para nossa cidade. Claro, nada disso está acontecendo. Em Belo Horizonte, de um lado, um candidato que só falta pegar uma viola e começar a chorar ao pedir votos. É deprimente! E este candidato ainda tem uma trilha musical ao fundo que nossos olhos ficam até marejados!

Do outro lado, um robô sem expressão, perdido e sem rumo neste 2° turno que está começando agora a tentar plantar na população uma imagem diferente de seu adversário. Este candidato, na reta final, está tentando se mostrar como um dialogador, um eixo convergente de apoios. Ah, e por falor em nisto, tenho que fazer um adendo: este candidato, recebeu o "apoio" de vários DCE's e DA's das mais diferentes faculdades, universidades e centros universitátios. Alguém pode me explicar como um senhor que não foi em nenhum debate nas instituições de ensino superior poderia receber tal apoio? Espaço livre para os representantes dessas agremiações se manifestarem!

E mais uma vez, claro, o eleitor-cidadão sai perdendo nessa história. Ficamos nesse fogo-cruzado de acusações, propostas vazias e muitas vezes descabidas! Vou morrer batendo na mesma tecla , porque quem sabe, aos poucos, todos nós vamos interiorizando nem que despropositadamente tudo o que digo e repito: o que nós precisamos hoje aqui neste país, é de uma revisão dos valores éticos e morais, que estão totalmente deturpados. Hoje, carregamos uma corja de políticos mesquinhos, que colocam seus interesses acima do bem coletivo, como se o cargo que tivessem fosse único e exclusivamente para benefício pessoal.

Aristóteles morreria de desgosto se vivesse no Brasil, hein?

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Nada de esconder a poeira debaixo do tapete


As densas névoas advindas do Oriente Médio aproximaram-se dos Estados Unidos, deixando o tempo nublado, com possibilidade de temporais e “tufões econômicos”. O governo republicano de George W. Bush, não crente no sucesso das previsões do tempo e seduzido pelo petróleo e pela vingança, entrou em uma guerra de armas e final tramado: vitória pelos ares, destruição por terra. O cidadão estadunidense acostumado com as cenas de “bang bang” assistiu de camarote ao espetáculo em sua casa própria, maior bem para a classe média deste país. Só se esqueceram de um porém: a ficção é doce, mas dura pouco.

O insucesso ante os ex-aliados Osama e Saddam, culminou junto ao problema do crédito subprime, insuflado pelo governo como forma de contornar a queda das Torres Gêmeas e a destruição de parte do Pentágono, causas da fuga de investidores, domada pela queda na taxa de juros e pela segunda hipoteca, que levaram ao consumo, a classe média dos Estados Unidos, aquecendo novamente a economia. O balde de água fria viria em seqüência, com a demasiada oferta ante a procura escassa por imóveis. Resultado: o carro ianque ao pisar no freio, viu-se desgovernado (neste trecho é admissível dupla interpretação, caro amigo).

Declarações de “tô nem aí” surgiram aos quatro cantos. Bush simplesmente ignorou as fortes correntes de ar que apagavam as já fracas chamas financeiras estadunidenses. McCain considerou o momento com “um ataque de histeria de economistas e do povo”. Lula qualificou o provável tsunami como simples “marolinha” aqui no Brasil. Sarkozy não se preocupou com a queda do PIB francês no segundo trimestre deste ano. Declarações passadas. Afinal, o tempo fechou e as línguas “soltas” de tais políticos ficaram guardadas em seu devido lugar (sem ofensas!).

A decisão do bloco europeu, tomada domingo (12), sobre a estatização ou compra de uma parcela significativa de ações das grandes instituições financeiras européias, animou o mercado, que se recuperou parcialmente das perdas da semana anterior, fora acertada e necessária. Entretanto, a garantia dos empréstimos entre bancos até 2010, o empréstimo de dólares, como sinal positivo ante a crise, e os US$ 2 trilhões, distribuídos entre 13 países da zona do euro, junto à Inglaterra e Rússia, não fecharão as feridas abertas com a crise. Uma regulação dos investimentos em nível mundial e alterações na taxa básica de juros fazem-se necessárias ao momento.

Bush, a fim de “evitar a fadiga”, também seguiu a linha européia e destinou US$ 250 bilhões à compra de ações desvalorizadas das instituições financeiras dos Estados Unidos, além de garantir novos empréstimos bancários por três anos e saldar as dívidas atuais. Eis que a grande potência capitalista vê-se contradizer seus princípios, nacionalizando parcialmente os bancos. Mesmo assim, sob forte pressão, o mercado não reagiu com se esperava e voltou a retrair, após altas de 14% na Bovespa (dia 13) e em Tóquio (dia 14), por exemplo.

O mundo está em pânico. E, provavelmente, não mais assistirá aos filmes de cowboys, loucos a traçar batalhas insanas. Pagaremos um alto preço durante pelo menos dois anos, graças às peripécias de um governo incapaz de voltar-se para si e preocupar-se com sua nação tão somente. O mundo não precisa de generais de guerra. Precisamos de administradores e políticos capazes de enxergar que a crise só será contornada com colaboração dos estados centrais, daqueles em estágio de desenvolvimento e com o incentivo à emergência de novos mercados consumidores, que poderão dar um fôlego a este corredor cansado e ultrapassado: o capitalismo.

Por isso, nada de esconder a poeira debaixo do tapete!


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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Do Japão à Venezuela

Desavenças

Ataques e juras marcaram o fim do Grande Prêmio do Japão, disputado ontem (12) no circuito de Monte Fuji. A exemplo do que aconteceu em Cingapura, Massa e Hamilton desapontaram e quem se deu bem foi, novamente, Fernando Alonso da Renault.

Após a vitória, o bi-campeão mundial declarou que, na medida do possível, ajudará o piloto brasileiro na conquista do campeonato, já que o principal oponente de Massa é o seu eis “companheiro” de equipe, Lewis Hamilton, a quem aprendeu odiar após a conturbada temporada 2007.

Beneficiado pela punição de Sebastien Bourdais, Felipe Massa pulou da 8ª para a 7ª colocação, conseguindo dois importantes pontinhos, diminuindo assim a diferença de sete para cinco pontos que o separava de Hamilton.

Punido, o francês atacou a Massa dizendo que o brasileiro fora imprudente na ultrapassagem por ele e que a atitude revelava a inexperiência de Felipe ao pilotar. Bourdais não foi o único a “soltar os cachorros” para cima do piloto tupiniquim. Lewis Hamilton, que com a 12ª colocação não pontuou, disse que Massa teve a intenção de o tocar em uma das investidas do inglês na ultrapassagem pela 5ª colocação, o que foi fator preponderante para que o mesmo rodasse na pista e tivesse anuladas as chances de pontuar.


Do outro lado do mundo...

Alternando bons e maus dias, a seleção brasileira segue a sua campanha irregular nas Eliminatórias da Copa. Depois de esbarrar diante da fraca Bolívia em pleno Engenhão, ontem (12) o Brasil desencantou e aprontou para cima dos venezuelanos.

Os jogadores brasileiros apresentaram um futebol de altíssimo nível até a metade da primeira etapa de jogo, daí em diante demonstraram que sabem usar não somente os pés, mas também a cabeça. Administraram com inteligência a vantagem de três gols conseguida nos primeiros 20 minutos de jogo e “liquidaram a fatura” no segundo tempo ao ampliarem o marcador: quatro a zero.

A partida de ontem marcou o retorno de Kaká à seleção após a operação do joelho esquerdo. O jogador do Milan tenta fugir das responsabilidades, mas é inevitável! Com Kaká em campo os “comandados de Dunga” - como diria o, também, editor de esportes do SF, Lucas Fernandes - parecem se orientar melhor dentro de campo, o que resulta em um melhor aproveitamento do grupo como um todo.

A seleção não terá muito tempo para descanso. O segundo turno da “competição” é aberta na próxima quarta-feira, quando o Brasil volta a pegar a Colômbia, dessa vez dentro de casa, no Maraca, e tenta se aproximar do líder, Paraguai que, com 20 pontos, na pior das hipóteses, não poderá ser ultrapassado nem por Brasil, nem por Argentina, que dividem a segunda colocação, ambos com 16 pontos.

sábado, 11 de outubro de 2008

Que marola que nada, presidente

Sem fronteira, carissímos, primeiramente, reitero o conteúdo do post "Entre o vermelho e laranja? Laranja": de fato, as últimas duas semanas estão sendo, no mínimo, atípicas para todos nós do Sem Fronteiras. Alguém aí mais tem a sensação de que o dia deveria ter, no mínimo, mais 24 horas? Mas, como sempre diz o mais novo membro do SF, Ricardo Lima, "a vida não é fácil para ninguém". E não é mesmo. Nem mesmo para o presidente Lula.

Nosso presidente disse no último dia 4 de outubro em São Bernardo do Campo, no ABCD Paulista, que "a crise financeira é um tsunami nos Estados Unidos, mas não vai passar de uma marola no Brasil." O fato é que a palavra usada por Lula, "marola" foi alvo de todos os comentaristas políticos e econômicos da nossa imprensa, de Carlos Alberto Sardemberg, passando por Mirian Leitão e terminando em Denise Campos de Toledo.

O que também é fato é que a crise financeira está sendo um tsunami nos Estados Unidos sim, mas não é a simples "marola" por aqui não. Mas, assunto dos posts de economia! No que eu quero me prender é que Lula, em entrevista exclusiva aos portais de internet do Brasil, disse que "vamos ter um Natal extraordinário". Segundo o presidente, os investimentos nos programas sociais e os do PACderme estão garantidos: "A decisão do governo é manter todas as obras do PAC."

Há contudo um grande porém: o presidente admitiu que caso haja necessidade, haverá cortes nos investimentos e despesas. Entenda-se por PACderme e gastos do governo. Duas constatações: as obras do PACderme, estão em sua maioria paradas. Em todo o Brasil! E para piorar a situação, outras tantas obras em andamento estão sempre na mira do TCU - Tribunal de Contas de União - que em seu último levantamento, apontou "irregularidades graves" em 13 obras: superfaturamento; contratação sem a devida licitação; acréscimo de valor contratual superior ao limite legal; e alterações indevidas de projetos e especificações.

Mais: de 89 obras do PAC fiscalizadas pelo TCU, o tribunal aprovou a condução de apenas 15! Isso mesmo, apenas 15! Em 74 havia indícios de irregularidades! É o que todos nós sabíamos desde o começo: os R$ 500 bilhões para o PAC seria alvo de cobiça, claro! Dinheiro de governo no imaginário de brasileiro é isso mesmo: "Opa, vou pegar o meu naco."

Vamos ver o que o presidente e sua equipe econômica e política fazem: assumem de uma vez que, até o momento, o PAC é mesmo um PACderme, e fecha a torneira do dinheiro. Porque ter meio trilhão de reais soltos, sem nenhum controle efetivo do que é feito com o dinheiro e com uma crise batendo na nossa porta, não me soa nenhum pouco atraente. O problema é que o presidente está usando o PAC para promover a "mãe" Dilma para 2010...

E para finalizar rapidamente, apenas uma pergunta: quem é que se lembra de alguma vez este governo cortando seus gastos exorbitantes? Não vai ser com uma "marola" que o presidente vai fazer isso, não é mesmo?

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Entre vermelho e laranja? Laranja

Boa noite, caro sem fronteira! Primeiramente, gostaríamos de pedir mil desculpas pelo desfalque de postagens dos últimos sete dias. Tanto semana passada, como a que finda-se amanhã, não foram nada fáceis para nós três. Temos ficado mais nos laboratórios de informática da faculdade, terminando trabalhos acadêmicos, que assistindo às aulas. Fica aqui nosso pedido de desculpas e de compreensão a você, que já nos acompanha habitualmente.

Já diz o ditado: “O bom filho à casa torna”

Entre vermelho e laranja? Laranja. Brincadeiras à parte, semana passada tivemos a grata surpresa de que Ricardo Lima - mais conhecido como Laranja, rapaz responsável pelo layout inicial do Sem Fronteiras - e, há princípio, um dos editores do blog, mas que, por motivos pessoais, não pôde estar conosco ao longo desses quatro meses - assumirá, juntamente com André Martins (um dos bloguistas atuais), a editoria de Cultura.

Fique antenado e confira toda a irreverência de “Laranja Manson” a partir de segunda-feira (20). Esteja certo(a) de que o blog, muito tem a ganhar com o retorno de Ricardo Lima, não só em qualidade visual - já que o mesmo é um senhor desenhista - e escrita, mas, principalmente, em criatividade. Ele também não está vedado das turbulências acadêmicas, afinal, como já diria este eclético editor, “a vida não está fácil para ninguém”.

Mudanças à vista

Possivelmente no próximo mês ou, no mais tardar, em dezembro, o Sem Fronteiras passará por profundas reformulações, visando o aprimoramento de nosso trabalho. Temos nos empenhado na estruturação de um projeto jornalístico mais amplo e diversificado, que não obstante, precisará de novos editores.

Algumas alterações já podem ser observadas, como a mudança do template, ou seja, do visual do blog; a criação da seção “Outros papos” e a geração de um rol de parceiros, empresas, projetos ou blogs que apóiam o Sem Fronteiras. Além disso, esta equipe, há três semanas escreve, na condição de articulistas convidados, ao Blogueiro Repórter, da rede social de língua portuguesa diHITT. Clique aqui e confira o BR, além da nossa participação neste fenômeno de acessos e críticas.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Eles precisam agradecer. Mesmo!

Charge via blog do Duke

E olha, os vereadores que conseguiram ser eleitos então... O caso de Belo Horizonte é super interessante e queria até saber se na sua cidade, caro sem-fronteira houve certas bizarrices eleitas para o Legislativo igual tivemos aqui! Na capital mineira, a Câmara dos Vereadores será composta por figuras como: Edinho do Açougue, Preto do Sacolão, João Locadora e Paulinho Motorista.

Como perguntar não ofende, lá vou eu: será que eles vão propor projetos de leis para capacitação profissional ou geração de emprego de renda? Sim, porque estas bizarras alcunhas políticas tem que ter algum significado, não?

Olha, que eu queime minha língua, mas o nível de uma sessão na Câmara de Belo Horizonte já era péssimo, agora então... Vamos esperar 2009! E é claro que vou estar por lá.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

O lado bom da crise


Entre abalos e ganhos, Brasil pode atingir uma posição confortável ante a crise

Eis que a crise germinada no setor imobiliário expandiu-se rapidamente pelo mercado financeiro. O rastro de pólvora lançado aos ares, por Osama Bin Laden, com os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, consumiu-se, acendendo a chama cálida da clemência. Ora, ora! Deixemos o tom formal de lado e passemos direto ao que interessa – espero que a você, caro internauta, a quem dedico algumas horas todas as terças. Das cinzas e estilhaços da crise, poderá emergir um novo Brasil, um país apto a enfrentá-la com força e acima de tudo, com competência (não é piada, amigo sem fronteira!) e sorte.

Os países-baleia ou Bric’s, jargões econômicos representativos das quatro grandes nações emergentes – Brasil, Rússia, China e Índia – chegaram a ser apontados como portadores da “síndrome do crescimento” e, por isso, não seriam acometidos pela crise iniciada nos Estados Unidos, fato inverídico, uma vez que os países centrais (ou desenvolvidos) respondem por, aproximadamente, 52% da economia global. Os primeiros impactos já são sentidos, contudo a economia brasileira apresenta indicadores de estabilidade, mesmo projetando-lhe frente a uma crise de ordem mundial.

O “crescimento tartaruga”, sinal de anos de políticas internas em constante mudança, começou a mudar no final da primeira administração Lula, com a queda da taxa de juros e superávits do PIB nacional. Só os novos tempos tardaram em relação aos outros emergentes, levando o Brasil a uma menor proporção das exportações no PIB. Hoje, talvez, poderemos comemorar tal sorte, ou azar. É que a menor dependência das exportações na economia, permitirá ao país, uma sobrevida maior que a de muitas nações emergentes e desenvolvidas.

O peso das exportações no PIB é da ordem de 14%, contra a média 40% para os demais emergentes. Os números demonstram o caráter ainda fechado da economia nacional, que pode ser um fator positivo ante a crise, minimizando as perdas. Outro fator importante são a solvência (capacidade de responder por seus compromissos com recursos próprios – seu patrimônio e/ou ativos) e liquidez (capacidade de transformar fundos, ativos, patrimônios em dinheiro rapidamente) dos bancos tupiniquins. Quem diria! Após uma história marcada por inflação, recessão e dívidas crescentes, temos agora, o que comemorar!

As labaredas do dragão da carestia carecem por visibilidade. É claro que a inflação preocupa, ainda mais em tempos difíceis, mas a cautela adotada pelo Banco Central, aliado ao fato do real não estar extremamente sobrevalorizado ante ao dólar, pode criar novamente, um clima favorável ao país, que terá o dólar próximo de um patamar aceitável (se as expectativas se confirmarem), na casa de R$ 2,50, ruim para as importações, mas facilitador para exportações.

As commodities, produtos de origem primária, serão a grande preocupação nacional, uma vez que representam 50% da pauta de exportações nacionais. Contudo, a dependência mundial em relação ao petróleo, junto a necessidade crescente de grãos para a produção de biocombustíveis e alimentação animal, permite-nos dizer que você, que trabalha horas afinco e, mesmo cansado, exausto e preocupado, prestigia o trabalho aqui realizado, pode respirar mais aliviado. Por hoje! Afinal a economia surpreende e até que se prove o contrário, está é apenas uma versão otimista acerca da forte crise que bate na porta e não pede, sequer, licença para adentrar os lares mundo afora.

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segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Façam suas apostas!

O Campeonato Brasileiro vai adentrando, aos poucos, em uma fase em que não existem partidas consideradas fáceis. Na busca pelo título ou pela desesperadora fuga da Zona de Rebaixamento - ou mesmo tênue aproximação dela - os jogos se igualam, tornando-se belos, se não pela técnica, pela raça apresentada dentro de campo.

Mas ao longo das 28 rodadas realizadas até então, verdade seja dita, muita “lambança” foi feita. E agora, a reparação pelos sucessivos empates e derrotas - que no início da competição eram, de certa forma, “aceitáveis” - pode ser mais penosa do que podem imaginar os torcedores dos times que, na parte de cima da tabela, reinam absolutos.

Há dez rodadas para o fim do campeonato, alvoroçam-se torcedores de norte a sul desse imenso Brasil diante de números e estatísticas, como se elas pudessem sentenciar clubes ao céu - à libertadores e/ou à conquista do título - ou inferno - queda para a segunda divisão.

Mas peço calma aos desesperados e prudência aos eufóricos. Em todas as edições do Campeonato Brasileiro, os finais são como “caixinhas de surpresas” e tudo, quase sempre, só é definido no apagar das luzes. É quando os “fortes” se fazem fracos e os “fracos” retiram forças de onde só parecia existir desolação e apatia.

Abaixo a relação das últimas dez partidas dos times que estão mais próximos de colocar a mão no caneco. Queremos saber a sua opinião! Quem leva?

domingo, 5 de outubro de 2008

É hoje!

Chegou o grande dia, caro sem-fronteira! Hoje você vai decidir o futuro de sua cidade pelos próximos quatro anos! Está soando meio Lavínia "Justiça Eleitoral" Vlasak na TV, mas é isso mesmo! Hoje, às 8h00, o grande espetáculo democrático terá início, com fim às 17h00. 

Espero que você tenha feito a melhor escolha para prefeito e vereador e que acima de tudo, esteja de consciência tranqüila na hora de votar! Porque o ato do voto não demanda isso somente do candidato, não! Se fosse assim, ia ser fácil demais: a gente ia se isentar de todos os problemas que nossa cidade enfrentou, enfrenta ou enfrentará. Temos estar seguros de que nossa escolha está correta, de que procuramos saber quem quer administrar a cidade que nós moramos. 

O voto é sim um exercício de pesquisa, busca, discussão, reflexão e fé também, porque não! Infelizmente não temos o mágico poder de saber se nosso candidato será um bom prefeito ou vereador, por isso, apesar de sempre criticar, cobrar e por muitas vezes ficar desacreditato com nossa classe política, peço sempre que Deus intervenha na cabeça desses senhores. 

Peço sim que Ele consiga iluminar aqueles que queiram gerir a vida seja de uma cidade de 2 mil habitantes, seja uma São Paulo com incríveis 10 milhões de pessoas. Dessa forma, convido você, independentemente de sua religião, a pedir intervenção pelos futuros funcionários públicos de mais de 5 mil cidades. 

Enfim, vá à urna com a convicção de que seu voto pode e faz toda a diferença! Vá sereno, com confiança de que sua cidade vai ser melhor a partir de 1° de janeiro! Se seu candidato vencer, comemore, mas a euforia tem que ser rápida! Em 2009, comece a cobrar todas as promessas eleitorais que foram feitas! Afinal de contas, come disse Hillary Clinton nas primárias nos Estados Unidos, "pode-se fazer campanha em poesia, mas governa-se em prosa". Nada mais verdade, não é mesmo?

E se na pior das hipóteses, seu candidato perder, nada de omissão! Cobre, fiscalize, proponha algum projeto! Com um simples clique de um e-mail podemos fazer tudo isso! 

Desejo a todos os caros colegas sem-fronteira um bom dia de voto! E não perca: segunda-feira uma análise dos resultados nas principais cidades do país e como ficou o mapa político para a disputa em 2010!

Um grande abraço!

sábado, 4 de outubro de 2008

Sem Fronteiras nas Eleições 2008

ESPECIAL: Debate com blogueiros e internautas confirma tendências para BH

Por André Martins e Lucas Fernandes - editores Sem Fronteiras

Às vésperas da realização da quarta eleição municipal pós-era das urnas eletrônicas, a equipe Sem Fronteiras, com a colaboração dos alunos do 2º período de jornalismo do Uni-BH, Izabella Sales e Rafael Sandim, realizou neste sábado, um debate sobre o futuro político da capital mineira. A proposta baseou-se na linha que mantém-nos desde 07 de junho no ar: superar as fronteiras da informação, levando a você, caro internauta, o máximo de conteúdo, aliado a uma proposta jornalística inovadora.

O debate sobre os candidatos à prefeitura de Belo Horizonte contou com a participação de blogueiros e internautas, produtores de notícia ou simplesmente, pessoas cujas profissões circundam o eixo eleitoral. Deram o ar da graça, o jornalista Wander Veroni, do blog Café com Notícias, Revista Diário de Bordo e da Agência Avante; o estudante de direito da Novos Horizontes, Rodrigo Rocha; o recém-formado publicitário Renato Gomes, além do estudante de jornalismo e diagramador do Jornal Impressão, Matheus Laboissière, futuro webmaster.

O debate

A discussão de idéias marcada às 15h30min, começou meia hora mais tarde, após um “bate pronto” realizado com cada membro participante. As expectativas da equipe confirmaram-se. Ouve forte repúdio a Aliança por BH, idealizada por Aécio Neves (PSDB) e Fernando Pimentel (PT), governador e prefeito, respectivamente, e encabeçada pela figura de Marcio Lacerda (PSB). Wander contextualizou a questão, expondo acerca da notória perda de credibilidade, vinculada ao fato de partidos postos unirem-se em prol de uma candidatura única, o que abre precedentes para 2010.

O tempo destinado a cada candidato no horário eleitoral gratuito gerou polêmicas. Para Matheus e Rodrigo, o tempo dos candidatos deveria ser igual, seguindo os princípios da Constituição de 1988, que prega a igualdade de direitos e deveres. Para o bloguista do Café com Notícias, o tempo fora mal planejado por determinadas coligações, como de Jô Moraes (PC do B), Sérgio Miranda (PDT) e Vanessa Portugal (PSTU), que deveriam se unir (já que mantém ideologias mais próximas), ao invés de brigarem pela mesma causa.

Críticas também foram tecidas sobre o transporte belo-horizontino, caótico para todos os participantes, que concordaram ainda, quanto à implementação do metrô como a solução mais adequada à questão. Os postos de saúde e a escola plural não ficaram de fora da discussão e também receberam críticas. Contudo, a experiência política abriu alas para que os quatro debatedores afirmassem suas preocupações quanto à inabilidade do atual prefeito para com a sociedade e seus problemas.

A postura apagada de candidatos, como André Alves, que não compareceu a nenhum debate e a visão radical de Vanessa Portugal, que trabalha sua campanha, voltando-se ao operário e atribuindo o peso fardo de erros e desmazelos aos empresários incomodaram os quatro, que ainda ignoraram fatores como idade, sexo e tradição familiar, como pontos importantes para a escolha do futuro prefeito. “A Argentina elegeu uma mulher com esse pensamento, e não deu muito certo, não é? Acho que é irrelevante essa questão”, afirmou Rodrigo. Em contrapartida, Quintão (PMDB) surgiu com surpresa para parte do grupo, que considerou sagaz sua campanha.

Considerações e a opinião dos participantes

Rodrigo Rocha analisou a idéia e a iniciativa da equipe SF como “um ato de democracia, para o pleno exercício da cidadania”. O estudante de direito ainda exaltou o bom nível conseguido. Já Wander Veroni agradeceu ao espaço e o convite. Segundo ele participar desse debate, em muito contribuiu para pudéssemos (em referência aos envolvidos) absorver novas visões. Matheus também agradeceu o convite e enfatizou a importância de iniciativas como essa, considerada interessante por parte do diagramador.

Já o publicitário Renato Gomes parabenizou a todos pelo nível, respeito e objetividade alcançada em boa parte da discussão. Contudo, ele colocou à nossa equipe uma observação: “A proposta é um pouco desgastante, afinal tivemos um discussão sem blocos, necessária devido a disponibilidade de cada participante. Mas no geral é válida, importante e legal”.

Pesquisas de hoje

Marcio, Quintão e Jô - 1º, 2º e 3º, respectivamente

As pesquisas realizadas pelo Instituto DataFolha, encomendada pelo Jornal Folha de São Paulo e a Ibope, pelo Estadão e Globo, sintetizam bem o debate virtual realizado pelo Sem Fronteiras e traça um panorama interessante a respeito a reta final do primeiro turno em Belo Horizonte. Marcio Lacerda perdeu sua vantagem após os escândalos de abuso de poder, que envolvem ele, Aécio e Pimentel.

Jô vem em declínio absoluto, desde o início da campanha eleitoral e Quintão, apontado por muitos como o candidato conciliar para um segundo turno, sobe, e já reduz a diferença para Marcio entre cinco a sete pontos percentuais.

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Agradecimentos: a todos os participantes, fundamentais para o funcionamento dessa proposta. Em especial para Wander Veroni, pelo sincero abraço enviado a esta equipe, via rádio, através do programa Rádio Vivo, de José Lino Barros, da Itatiaia.

Confira também: Café no Prêmio Peixe Grande e The Bobs 2008

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Foi desprezível

Via site Charges.com.br, de Maurício Ricardo

A propaganda eleitoral gratuita termina na próxima quinta-feira, à 00:00. O balanço que podemos fazer de tudo? A charge já diz um pouco: algo que beira o desprezível. Vimos um espetáculo da pior qualidade: candidatos, às prefeituras e respectivas câmaras de vereadores, fracos e sem propostas. Pessoas que estão descaradamente querendo entrar para a ainda nobre arte da política apenas para enriquecimento pessoal sem saber sequer o que vão fazer caso tomem posse.

A eleição bate à nossa porta, sem muitos de nós com a mais vaga de idéia de quem votar. Tudo isso, fruto de candidatos ruins, mas também de uma má organização política, tanto de partidos como dos órgãos competentes.

Há muita coisa para se melhorar e vamos ao menos tentar, fazer uma boa escolha neste domingo.

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