segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Desventuras em série

O GP de Cingapura entrou para a história! Não, não caro leitor sem fronteira! Não faço referência ao incidente acontecido ao nosso compatriota, Felipe Massa, na noite cingapuriana de ontem (28). O GP de Cingapura será lembrado como o primeiro da história da F1 a ser disputado à noite. Agora, corrida iluminada por refletores deixou de ser exclusividade dos jogos eletrônicos.

O que parece um tanto quanto surreal é o que tem acontecido a Massa. Parece que lançaram uma urucubaca “daquelas” no brasileiro. Não bastasse ter o motor quebrado há três, apenas três voltinhas, para o fim da corrida do GP da Hungria, ontem Felipe teve de amargar uma incômoda 13ª colocação depois do Deus-nos-acuda de sua, mal-sucedida, primeira parada nos boxes.

Federico Uguzzoni é o nome da “criança”, responsável pelo infortúnio de Felipe e da equipe Ferrari, que dessa vez saiu sem nem um pontinho sequer - o que não havia acontecido em 2008 até então - além de ter sido ultrapassada pela McLaren na disputa do mundial de construtores.

Uguzzoni liberou a largada do piloto sem ter retirado a bomba de abastecimento do carro. Até Massa estar preparado para largar - sem a bomba embocada na lateral esquerda do carro - já havia se passado tempo suficiente para que o brasileiro perdesse a primeira posição que defendia e, conseqüentemente, a iminente possibilidade de tomar a liderança do campeonato de Lewis Hamilton, que com 3ª colocação no GP de Cingapura chegou aos 84 pontos, abrindo sete pontos de vantagem sobre Massa.

Apesar dos contratempos e dos erros sucessivos da Ferrari em 2008, Stefano Domenicali, chefe da equipe italiana, declarou à imprensa que é possível reverter a situação com três dobradinhas, nas três corridas que restam para o fim do campeonato. “Temos o potencial para isso, então o alvo é muito claro. Não é fácil, mas não vamos esquecer que tivemos uma situação muito mais difícil no ano passado e conseguimos vencer. A motivação é a mesma”.

A motivação pode até ser a mesma, mas Domenicali esquece que no ano passado sua equipe contava com uma estrondosa e inesperada intervenção da sorte. Sorte que - ao que tudo indica - parece “trotar” em sentido oposto ao da escuderia italiana na temporada atual.

Só resta aos dirigentes da Ferrari se agarrarem aos seus santos, aceitarem de bom grado todos os pés de coelho ou trevos de quatro folhas a eles ofertados, esperar e torcer. Torcer que a sorte volte a acompanhá-los.

2 comentários:

Wander Veroni Maia disse...

Também achei muito bacana essa corrida ser á noite...parecia até coisa de video-game...hehehehe...pena que uruca tava solta com os brasileiros. vamos torcer para um próximo resultado mais favorável!

Abraço,

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Anônimo disse...

André, querido, como sempre, texto primoroso e informações pontuais. O que anda acontecendo com a Ferrari é que ela tá dando tiro no próprio pé. Se no passado havia uma perseguição desleal de brasileiros, mais precisamente Rubinho contra o Schummy, agora parece que tudo descambou de vez e já me cheira a inapetência, o que difícil de crer numa equipe tão tradicional.
Eu não acho que eles conseguem reverter o quadro.
Beijocona pra vc!

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