terça-feira, 16 de setembro de 2008

As fragilidades de um gigante aborrecido

Crise estadunidense coloca mundo e candidatos à presidência em estado de alerta

Talvez o presidente Lula desconheça, o que não vem a ser uma novidade, contudo a crise do setor imobiliário nos Estados Unidos começa a atingir seus limites mais extremos. O panorama traçado por analistas confirmou-se após o pedido de concordata do Lehman Brothers, o quarto maior banco de investimentos estadunidense. Se o caro internauta questionou-se sobre o Quico, saiba que, indiretamente, poderá haver abalos no seu bolso, referentes à quebra dessa instituição que emprestava dinheiro a financeiras mundo afora. O Goldman Saches, maior banco ianque do setor, sofreu perda 70% e também preocupa o mercado.

Diante do quadro de vertigem sócio-econômica, os candidatos à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama e John McCain, lançam suas diretrizes governamentais, demonstrando suas visões discrepantes acerca do tema. O republicano afirmou ontem (segunda-feira, 15) que as bases econômicas são sólidas e que o necessário é focar no elemento primordial: o trabalhador. Já o democrata rebate, colocando contra a parede o governo Bush e atribuindo-lhe a culpa pela situação atual.

Sob o ponto de vista tributário, McCain defende a redução de impostos sobre o benefício das empresas, de 35% para 25%, congelamento de gastos não-militares para contenção do déficit público e ainda, prega a diminuição da carga tributária às famílias de classes média alta e alta. Quanto à crise, o republicano pretende trabalhar com uma rede regulatória, que traga ainda mais transparência financeira, reafirmando o espírito liberalista republicano.

Obama propõe a anulação dessas taxas, aumento do imposto sobre lucros de capital (dinheiro destinado a investimentos), que incide principalmente sobre as empresas, propõe investimentos na ordem de US$ 200 bilhões em infra-estrutura (ação voltada ao combate do déficit federal) e por fim, defende a diminuição de impostos sobre as camadas mais baixas, com isenção deles para idosos que recebam menos de US$ 50 mil anuais. Em relação ao panorama atual, Obama, mais intervencionista, propõe um fundo para reestruturação econômica e outro, a fim de amenizar os juros sobre hipotecas imobiliárias.

No âmbito das relações internacionais, o democrata, senador pelo Estado de Illinois, explicou a France Presse, que há necessidade de se revisar acordos comerciais, como o Nafta, engendrados para proteger o cidadão estadunidense. Já McCain apóia a ampliação das relações comerciais, exceto com países do “Eixo do Mal” ou ligados a eles, com os quais pretende traçar planos militares de ação antiterrorista,

Eis que o gigante aborrecido pede compreensão, após anos de hegemonia mundial, consolidada em 1989, com a queda do Muro de Berlim e com as sabidas fragilidades do eixo socialista soviético. O sinal amarelo fora acionado. Essa potência treme; se projeta na condição de enferma, mas sequer cogita a hipótese de dar o braço a torcer a fim de pedir socorro, ligando assim, a sirene vermelha do pânico, temida por todo o planeta. E em resposta ao Quico, digo-lhe: entre Obama e McCain, que venha o mais preparado! O mundo aguardará ansiosamente por novos capítulos desse vôo turbulento sobre o planeta.

Caro amigo sem-fronteira, uma catástrofe estadunidense será mais que um evento isolado. Será uma depressão de ordem mundial. E assim, o gigante se aborrece, mas não se esquecerá jamais de suas fragilidades. É o que esperamos.

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4 comentários:

Anônimo disse...

Logo depois de morrer, o Barak Obama chegou no céu e S.Pedro lhe perguntou:
- Quem é você?
- Eu sou Barak Obama, o novo presidente americano. - respondeu ele.
- Presidente americano? Desde quando? - perguntou S.Pedro.
E o Obama respondeu:
- Fui eleito há meia hora atrás...

Wander Veroni Maia disse...

Oi, Lucas!

A crise dos EUA assusta pq o dólar, além de ser um dinheiro realizado em várias transações comerciais mundo a fora, a maior parte dos países tem algum tipo de laço econômico com eles. A crise, oficialmente, pode até não afetar o Brasil de forma negativa, mas tds estão assustados com o seu possível efeito dominó.

Abraço,

=]
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All3X disse...

Pode afetar e muito o Brasil a crise americana (estamos falando da nação que está entre os principais parceiros comerciais do Brasil).
A crise demonstra que puro liberalismo comercial não mantém a estabilidade de um país. Intervenções estatais são precisas. E os EUA já estão fazendo isso, os jornais já noticiam bilhões que o governo está destinando para conter a crise.
Alguém pode olhar por nós. Tenho medo disso tudo...
All3X

Guilherme disse...

Lucas,

Entre Obama e McCain, resta a dúvida. A economia mundial precisa de uma liderança intervencionista o liberalista. Um chefe militar, um líder nacionalista ou um jovem político voltado à classe média, que defende mediadas como fundos de apoio financeiro?

Resposta: não sei!

Essa deixo para você, amigo!

Descendo mais ainda.

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