A crise deu seus primeiros indícios há cerca de um ano, quando os títulos subprime ocasionaram problemas quanto ao não pagamento das hipotecas. Eles facilitaram a compra de imóveis à classe média, mas inundaram o mercado de oferta. Sem compradores, inúmeros bancos apresentaram sinais de instabilidade, relativo às dívidas realizadas por seus clientes. Alguns faliram, como é o caso do Lehman Brothers, já citado por esta editoria.
A questão estadunidense provoca um efeito em cadeia. A Europa, o Japão e o Canadá, por exemplo, tem entre seus papéis, o famigerado subprime. O Brasil felizmente não conta com tal “bomba-relógio”. Contudo, as perdas de instituições bancárias, tidas como sólidas, fizeram com que o mercado perdesse confiança, contraindo o crédito. Assim, o dinheiro tira férias sem poder viajar. Em casa, parado, ele esfria a economia, permitindo ao banqueiro emprestar tais “raridades” a juros exorbitantes. É algo semelhante ao chumbo, encolhido, mínimo, mas de grande peso para quem o alcança.
A conseqüência do congelamento do crédito é a contração do crédito, que prejudica a pessoa física e jurídica e leva os BC’s dos países a criarem linhas de crédito especiais ou a leiloarem suas moedas, o que pode desestabilizar de uma só vez a economia, suscetível a solavancos. Sem dinheiro disponível no exterior, o Brasil transforma-se em mais um refém da crise, o que fará a renda e a taxa de emprego cair no país. Mesmo assim, nosso amável presidente, que vê a bolsa cair, o crédito sumir, as ações despencarem e que após todos esses problemas, cresce em popularidade (haja carisma), manteve seu discurso de solidez nacional frente à crise. Uma pausa: manteve?
Ora, Lula, o profeta dos sertões, cidades e do planalto central, sabe que sem crédito, as exportações perderão fôlego e o PIB continuará caindo, uma vez que o crescimento do consumo e da produção (permitida através do investimento empresarial) sustenta os bons números da economia na gestão Mantega. “De volta ao planeta Terra”, o presidente já cogita a volta da inflação e, na pior das hipóteses, recessão. O Banco Central já age através dos depósitos compulsórios, que retêm parte dos lucros dos bancos no órgão federal. Que essa compulsão não retenha também, o dinheiro necessário para o sustento das classes menos abonadas! Nunca é demais relembrar.
A desvalorização das bolsas, um dos efeitos da crise, faz o capital especulativo migrar para investimentos mais seguros, deixando as zonas de perigo, Na fuga do rebaixamento financeiro, acionistas retiram volumes grandes de dinheiro da Ibovespa e de outras bolsas, fazendo o dólar, moeda forte, prevalecer, reduzindo o poder de compra, maior com o dinheiro estadunidense em queda. A desilusão mercadológica prova quão verdadeiras e enfáticas foram os versos de Lulu, afinal "nada do que foi será, de novo, do jeito que já foi um dia". A Lula resta driblar a "onda no mar", ou de fato, tomá-la, junto a inúmeras economias mundo afora. Todas despreparadas para as desventuras de um mundo mais que globalizado.






Com os poucos dentes que resta ao vocalista, Raffaele 'Alf' Caretta, da banda mais experiente do globo, o vovô do rock, no auge dos seus 90 anos de idade, solta a voz e em alguns momentos chega a escandalizar a sociedade inglesa (







