Via blog Grilo Escrevente
Ora, o vendaval dos “states” ainda não acabou
Extra, extra! Um vendaval de nome subprime atinge todo o território estadunidense. As autoridades ainda não contabilizaram o número de vítimas. Organizações mundiais crêem que o furacão terá conseqüências globais. Uma catástrofe em cadeia poderá ocorrer e abalar principalmente as economias mais frágeis. Ora, ora! Acalme-se. “Não criemos pânico!”, diria o herói mexicano Chapolim.
O subprime é o segundo financiamento que o cidadão dos Estados Unidos pode retirar para a compra de imóveis. Essa hipoteca também é uma das vilãs da “crise do setor imobiliário”. O internauta com essas informações e movido pelo clima humorístico latino-americano, deve-se perguntar: E o Quico? Bem, o que você tem haver com isso é simples. Lembra do efeito cascata? Então, ao atingir o mercado estadunidense, esse vendaval atinge a economia mundial, devido à força desta potência.
O atentado de 11 de setembro levou o Banco Central dos Estados Unidos (FED) a cortar os juros a fim de reaquecer a economia, mantendo os investidores, que retiravam seu capital com medo de novos ataques. Quem aproveitou essa “mamata” foi a classe média, que aplicou seu dinheiro nos imóveis, algo seguro e rentável. Para comprar, o santo ajudou, mas ao vender, quanta diferença! Pense: é a lei da oferta e da procura. Quando a oferta é grande, o preço do produto perde valor.
E quanto a nós?
No dicionário do trabalhador brasileiro, a palavra crise está no topo. Inúmeras foram às conjunturas perigosas por qual o país sofreu. Agora, há quem diga que enfrentaremos uma crise pelo fato de não sofrermos tão intensamente com os ventos tempestuosos do setor imobiliário. Os bancos nacionais não detêm papéis subprime. Além do mais, o “curto-circuito de bens e hipotecas” que se configurou, tem caráter mais local e além de ser conjuntural, ou seja, passageiro.
Mas, nem tudo são flores. A crise estadunidense atingiu o país, no tocante às relações econômicas. O problema com os títulos subprime fez com que o dólar caísse sua cotação frente ao real, e, consequentemente, o produto exportado não agrega mais valor como antes. Sorte nossa é que os indicadores econômicos referentes aos produtos-base da indústria, o petróleo e as safras recorde mantiveram a locomotiva brasileira nos trilhos. O PIB (Produto Interno Bruto) nacional, soma dos produtos e serviços produzidos, cresceu 5,8% no primeiro trimestre de 2008.
Ao que tudo indica esqueceram de nos convidar para esta farra econômica. A desigualdade caiu, as hipotecas estadunidenses pouco atingiram os nossos índices, entretanto, o povo continua pagando o pato (que me desculpe o pobre animal). Ora, sabemos que a inflação, a chibata pós-escravidão, não é decorrência apenas da crise alimentícia e dos títulos de financiamento de imóveis. Existe um terceiro fator preponderante.
Até lá, não se desespere. O mundo ainda há de te aguardar a espera, não de um milagre, mas de novas contas que certamente serão pagas por mim e por você! Aguarde neste mesmo blog e neste dia o próximo capítulo das chagas de 2008.
O subprime é o segundo financiamento que o cidadão dos Estados Unidos pode retirar para a compra de imóveis. Essa hipoteca também é uma das vilãs da “crise do setor imobiliário”. O internauta com essas informações e movido pelo clima humorístico latino-americano, deve-se perguntar: E o Quico? Bem, o que você tem haver com isso é simples. Lembra do efeito cascata? Então, ao atingir o mercado estadunidense, esse vendaval atinge a economia mundial, devido à força desta potência.
O atentado de 11 de setembro levou o Banco Central dos Estados Unidos (FED) a cortar os juros a fim de reaquecer a economia, mantendo os investidores, que retiravam seu capital com medo de novos ataques. Quem aproveitou essa “mamata” foi a classe média, que aplicou seu dinheiro nos imóveis, algo seguro e rentável. Para comprar, o santo ajudou, mas ao vender, quanta diferença! Pense: é a lei da oferta e da procura. Quando a oferta é grande, o preço do produto perde valor.
E quanto a nós?
No dicionário do trabalhador brasileiro, a palavra crise está no topo. Inúmeras foram às conjunturas perigosas por qual o país sofreu. Agora, há quem diga que enfrentaremos uma crise pelo fato de não sofrermos tão intensamente com os ventos tempestuosos do setor imobiliário. Os bancos nacionais não detêm papéis subprime. Além do mais, o “curto-circuito de bens e hipotecas” que se configurou, tem caráter mais local e além de ser conjuntural, ou seja, passageiro.
Mas, nem tudo são flores. A crise estadunidense atingiu o país, no tocante às relações econômicas. O problema com os títulos subprime fez com que o dólar caísse sua cotação frente ao real, e, consequentemente, o produto exportado não agrega mais valor como antes. Sorte nossa é que os indicadores econômicos referentes aos produtos-base da indústria, o petróleo e as safras recorde mantiveram a locomotiva brasileira nos trilhos. O PIB (Produto Interno Bruto) nacional, soma dos produtos e serviços produzidos, cresceu 5,8% no primeiro trimestre de 2008.
Ao que tudo indica esqueceram de nos convidar para esta farra econômica. A desigualdade caiu, as hipotecas estadunidenses pouco atingiram os nossos índices, entretanto, o povo continua pagando o pato (que me desculpe o pobre animal). Ora, sabemos que a inflação, a chibata pós-escravidão, não é decorrência apenas da crise alimentícia e dos títulos de financiamento de imóveis. Existe um terceiro fator preponderante.
Até lá, não se desespere. O mundo ainda há de te aguardar a espera, não de um milagre, mas de novas contas que certamente serão pagas por mim e por você! Aguarde neste mesmo blog e neste dia o próximo capítulo das chagas de 2008.
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12 comentários:
Olá!
Cheguei aqui através do Orkut.
Gostei de sua explicação. E com ela mais e mais creio na forma antiga de se comprar um imóvel: juntando dinheiro há anos!
Na Holanda era possível há menos de 5 anos comprar seu imóvel sem nenhuma entrada. Só provar que tinha emprego estável com salário condizente bastava. Só que empregos nem sempre duram para sempre. Basta vir uma crise...
Abraços,
Clarisse
O mercado imobiliário americano é um absurdo. Tenho amigos que estão morando em Washington DC, compraram uma casa e pasme, ele vai pagar a casa em 25 anos a um valor de U$8.000,00 ao mes... o mercado de wall street é uma farsa... tanto que a casa caiu... com isso o valor dos imoveis tanto para compra quanto para aluguel aumentou demais...
e as coisas tendem a piorar
mt bom o post...
abraço
Olha eles tem o poder e tal, mas eu nunca vou intender o que algo de lá reflete tanto aqui, assim como o etanol e tal!
Tipo se eles sao burros e fabricam etanol do milho que se foda, aqui se faz com a cana e nao implica na comida, aliás deveriam cobrar mais para exportar comida e ganhar emcima da crise deles!!!!!!
Sei la...
http://www.avidanobeco.com/
Não tinha noção de como se instalou essa crise imobiliária nos EUA, infelizmente quem paga o pato (quack!) é sempre quem? Mais uma vez serviremos de ombros para os Eua se reerguerem, no fim das contas, quem cai somos nós.
Ótimo texto, se encontrar mais de onde veio este, favoritos direto.
Agradeço pela presença no blog
até
Gustavo Ganso
ps: Um outro texto até me deu idéia de uma charge, se eu conseguir fazer eu mando aqui.
Gostei da foto.
show...
>> www.topzet.com
(cinema,séries,música,livros...)
Concordo com o Leonardo Luiz. Show!!
O Lucas Fernandes é um dos poucos caras que consegue falar de economia brincando. Sou seu fã!
Lucas Fernandes,
É desafiador tratar a economia como você faz. Bom humor e irreverência conferem a esta editoria, um atrativo a mais.
Cliquei em subprime e para minha surpresa, conheci seu blog pessoal - o Olhar Alternativo - este com um tom mais sério, mas não menos brilhante.
Não posso dizer nada menos que: excelente!
Gostei da organização de seu blog.tem cara de sucesso.vlw!
Desculpe a intromissão, com certeza esse é um blog que eu estava a procura. "Jornalistas aventureiros". Estou entrando nessa onda também. Só estou tentando encontrar amigos jornaleiros capazes de arcar com a "responsa" de estar fazendo um blog como este. Muito interessante. Parabéns pelo trabalho!
Já era de esperar algum problema na economia do EUA, nenhuma economia é tão forte, a ponto de não ter nenhum prejuízo independente da situação que esteja, isso só nos leva a refletir que nada é tão seguro como imiginava-se.E eu que já ouvi frases do tipo :"Devemos investir em imóveis, pois eles são seguros e é a melhor forma de manter o dinheiro"
Investir em que agora?Quadros?
rsrs xD~
Gostei muito do blog, parabéns !
Nem msmo a maior potência do mundo está livre de crises... até mesmo os Estados Unidos está sujeito a isso... Pena que este tipo de crise afete tmb outros paises, como o Brasil...
Ótimo texto Lucas...
WiLL LhRnT
http://producaozero.blogspot.com/
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