No ano de 1797, término do século XVIII, Jane Austen, jovem pertencente à aristocracia rural inglesa, finalizava, aos 22 anos de idade, seu segundo romance.
Não fosse a escrita, Austen por certo estaria enclausurada num mundo do qual fazia parte, mas não suportava. Causava-lhe ojeriza os modos preconceituosos e altivos dos que o destino havia colocado em seu caminho. Os momentos solitários daquela que teria a vida interrompida tão cedo e nunca daria sua mão a rapaz algum, eram reservados à escrita - sua válvula de escape.
A arrogância, prepotência, o convencionalismo e interesse - presentes nas sufocantes relações burguesas - eram pauta dos escritos que, aos poucos, tomavam corpo tornando-se um dos clássicos da literatura inglesa, Orgulho e Preconceito.
Observadora e crítica, até demais para os padrões angelicais da figura feminina da época, Austen colocava no papel tudo aquilo que presenciava em seu cotidiano: a sordidez - tão bem maquiada - e futilidade da nobreza, além das relações de poder e dominação que dialogavam com as posições dos indivíduos na escala social.
Em Orgulho e Preconceito, Jane Austen trabalha com a temática do amor impossível. Seus personagens principais, Elizabeth Bennet e Mr. Darcy, eram pertencentes, cada qual, a dois mundos - naquele contexto - incomunicáveis, intransponíveis.
Elizabeth apesar de não ser dotada de tão grande beleza quanto a irmã mais velha, Jane, era inteligente, espirituosa e muito bem articulada. Assim como suas outras quatro irmãs, Miss Bennet estava fadada a um casamento simplório com um jovem disposto a tomar por mulher uma senhorita com nada mais que mil libras de dote. Darcy, pelo contrário, era um jovem autárquico, orgulhoso e esbelto. Tendo um nome a zelar, uma renda anual de dez mil libras e uma grandiosa e bela propriedades em Pemberley, Darcy era, talvez, o partido mais cobiçado em toda a Inglaterra.
Em um baile repleto de moças aflitas em encontrar marido, dá-se o primeiro contato entre Miss Bennet e Mr. Darcy. O desprezo deste pela simplicidade e formas não tão simétricas do rosto de Elizabeth, fica latente logo no primeiro encontro. Ela da mesma forma, odeia-o pela sua arrogância e descortesia.
O tempo faria com que a antipatia desse lugar ao amor. Apesar da desonra da atitude de uma das irmãs de Elizabeth, Lídia, em fugir com um oficial sem ao menos selar matrimônio e dos modos nada convidativos de Mrs. Bennet, mãe das senhoritas, Darcy vê-se apaixonado por Elizabeth que reluta, mas logo se encanta pela benevolência e súbita mudança daquele em quem enxergava nada além de orgulho e preconceito.
A narrativa de Jane Austen é leve e agradável. A obra que possui cerca de 350 páginas é dividida em 61 pequenos capítulos. É uma excelente leitura que reproduz o espírito de um tempo, através da ótica da mais importante escritora inglesa de todos os tempos.
Para aqueles que não veem (colocando uma das novas regra da nossa língua em uso, rs) na leitura graça alguma, indico o filme, Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice, 2005). O longa, dirigido por Joe Wright, é bem recente e conta com um elenco interessante que inclui Keira Knightley (indicada ao Oscar), Donald Sutherland e Judi Dench.
Não fosse a escrita, Austen por certo estaria enclausurada num mundo do qual fazia parte, mas não suportava. Causava-lhe ojeriza os modos preconceituosos e altivos dos que o destino havia colocado em seu caminho. Os momentos solitários daquela que teria a vida interrompida tão cedo e nunca daria sua mão a rapaz algum, eram reservados à escrita - sua válvula de escape.
A arrogância, prepotência, o convencionalismo e interesse - presentes nas sufocantes relações burguesas - eram pauta dos escritos que, aos poucos, tomavam corpo tornando-se um dos clássicos da literatura inglesa, Orgulho e Preconceito.
Observadora e crítica, até demais para os padrões angelicais da figura feminina da época, Austen colocava no papel tudo aquilo que presenciava em seu cotidiano: a sordidez - tão bem maquiada - e futilidade da nobreza, além das relações de poder e dominação que dialogavam com as posições dos indivíduos na escala social.
Em Orgulho e Preconceito, Jane Austen trabalha com a temática do amor impossível. Seus personagens principais, Elizabeth Bennet e Mr. Darcy, eram pertencentes, cada qual, a dois mundos - naquele contexto - incomunicáveis, intransponíveis.
Elizabeth apesar de não ser dotada de tão grande beleza quanto a irmã mais velha, Jane, era inteligente, espirituosa e muito bem articulada. Assim como suas outras quatro irmãs, Miss Bennet estava fadada a um casamento simplório com um jovem disposto a tomar por mulher uma senhorita com nada mais que mil libras de dote. Darcy, pelo contrário, era um jovem autárquico, orgulhoso e esbelto. Tendo um nome a zelar, uma renda anual de dez mil libras e uma grandiosa e bela propriedades em Pemberley, Darcy era, talvez, o partido mais cobiçado em toda a Inglaterra.
Em um baile repleto de moças aflitas em encontrar marido, dá-se o primeiro contato entre Miss Bennet e Mr. Darcy. O desprezo deste pela simplicidade e formas não tão simétricas do rosto de Elizabeth, fica latente logo no primeiro encontro. Ela da mesma forma, odeia-o pela sua arrogância e descortesia.
O tempo faria com que a antipatia desse lugar ao amor. Apesar da desonra da atitude de uma das irmãs de Elizabeth, Lídia, em fugir com um oficial sem ao menos selar matrimônio e dos modos nada convidativos de Mrs. Bennet, mãe das senhoritas, Darcy vê-se apaixonado por Elizabeth que reluta, mas logo se encanta pela benevolência e súbita mudança daquele em quem enxergava nada além de orgulho e preconceito.
A narrativa de Jane Austen é leve e agradável. A obra que possui cerca de 350 páginas é dividida em 61 pequenos capítulos. É uma excelente leitura que reproduz o espírito de um tempo, através da ótica da mais importante escritora inglesa de todos os tempos.
Para aqueles que não veem (colocando uma das novas regra da nossa língua em uso, rs) na leitura graça alguma, indico o filme, Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice, 2005). O longa, dirigido por Joe Wright, é bem recente e conta com um elenco interessante que inclui Keira Knightley (indicada ao Oscar), Donald Sutherland e Judi Dench.
Confira o trailer do filme (Clique aqui)
5 comentários:
Mesmo preferindo Atonement, convenhamos que, esse filme é belíssimo. Fogo na canjica na escrita hein Sr. André. Parabéns. =]
Oi, André!
Oba! Mais uma dica de livro e filme para assistir. Pelo seu relato a trama deve prender do início ao fim, hein!
Abraço
Amo esse filmeeeeeeeeeeee!! só ainda não li o livro, lembra que cheguei a fazer empréstimo lá na biblioteca? srsrs pois é agora fiquei com vontadizinha ahhahaha
beijo, dereco e pra variar né adoro o que vc escreve!!
COnfesso que livros "de época" não fazem muito minha cabeça. Gosto mais de leituras contemporâneas, de temáticas urbanas e centradas em personagens que a gente vê por aí. Mas claro, há que se dar espaço também àqueles que lá atrás no tempo souberam expressar sentimentos e angústias que até hoje nos persegue. Valeu pela dica.
Adoro essa história! Jane era quase um Machado de saias, guardadas as devidas proporções. E quãããããão sexy ficou Mr. Darcy na última versão para o cinema! Hot hot hot! ;-) Beijos e muito sucesso!
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