Maurício de Sousa: gênio criador da Turma da Mônica. Não era dessa forma que Sousa era lembrado em 1954, quando o, hoje, ilustre desenhista paulistano, ingressava na carreira de repórter policial na Folha da Manhã. Apaixonado pela arte de desenhar, a ocupação de repórter policial, não era, nem de longe, o que ele procurava, mas era a vaga disponível no jornal. E mais. O emprego significava a momentânea alternativa para o seu sustento, desde que abandonara Mogi das Cruzes, cidade onde viveu durante a infância; e se dirigira para São Paulo à procura de reconhecimento.
A "aventura" com os quadrinhos começou no último ano da década de 50. O primeiro personagem criado foi Bidu, cachorro azul que ganhou notoriedade através das tirinhas que Maurício fez para mostrar à diretoria da Folha o seu real talento e, assim, angariar a oportunidade que sempre quis ter: desenhar. Deu certo. A diretoria da Folha deu o aval e Maurício pôde começar a intensa produção de personagens que figurariam em suas histórias em quadrinhos e divertiriam crianças e adultos em todo o mundo.
Amigos e parentes serviram de inspiração para a criação de seus mais de 250 personagens. Sete dos dez filhos de Maúrício figurariam em diversas histórias como os seguintes personagens: "Marcelinho, o certinho", Dudu, Do Contra, Nimbus, Marina, Mônica - inspirada na filha dentuça e invocada, sempre acompanhada por seu coelho de pelúcia de nome Sansão - e Magali, filha que tinha como fruta predileta, a melancia.
Chico Bento - que fora inspirado em um tio residente no interior de São Paulo - é o principal personagem da Turma da Roça. Através das mãos de Maurício, o interior e muitas de suas tradições, são apresentadas de forma muito bem humorada à inúmeras crianças que, na correria das grandes cidades, muitas vezes perdem o referencial ou nem mesmo conhecem a rica cultura interiorana que compõe a nossa identidade cultural. A questão ambiental, tema privilegiado em muitas tirinhas e histórias por Maurício, é retratada através de alguns simpáticos animais que compõe a Turma da Mata e que cultivam uma relação de amizade e companheirismo num ambiente harmônico: a floresta, intocada pela ação destrutiva do homem.
A Amazônia é lembrada através da tribo do indiozinho Papa-Capim. Os roteiristas podem, então, explorar a questão da cultura indígena: suas lendas e costumes; e, assim, nos reaproximar e nos fazer entender a cultura de um dos povos que constitui nossa diversidade étnica e cultural.
Confira uns dos mais recentes trabalhos de Maurício de Sousa: Ronaldinho Gaúcho, em "Bem-vindo à Itália Ronaldinho"
5 comentários:
Sou muita fã do Maurício e sua turminha! Meus filhos, embora quase adultos, ainda curtem as revistinhas.
Adoro o Chico Bento, o Horácio, Piteco, a turma da Tina, o Papa Capim e a turma do Penadinho, pena que têm poucas histórias destes personagens. Deveria ter uma revista para cada um deles.
Legal este post Lucas. legal seu blog!
Abraços
Berenice
Passsei minha infância lendo as revistinhas da Turma da Mônica (Horácio, Chico Bento, Rolo, Tina...). Tinha um colega meu que assinava e depois rolava um empréstimo.
Muito bom..
Acho que o Maurício de Souza é o Walt Disney brasileiro, mas sem o bunda mole do Mickey...rs
mauricio eh um grande artista
toh esperando pra ver o manga da turma
=D
André,
O Maurício é, para mim, um artista de calibre internacional.
A Turma da Mônica é patrimônio nacional. Quem nunca leu um dos gibis, uma tirinha ou não ouviu falar na Mônica, no Cascão, no Chico Bento & cia.
Muito legal você divulgar este post. Rla muito preconceito com obras infantis. Mas aqui no Sem Fronteiras nós sempre nos surpreendemos.
Parabéns!!
Eu aprendi a ler num gibi do Cebolinha, nunca vou me esquecer. Minha primeira palavra: para. Acho que é porque eu sempre preciso dar um sentido a tudo na vida, isso para aquilo, eu vou por aqui para chegar lá e por aí vai... rs
Amei a escolha do tema, sou muito fã da turminha.
Beijo!
Letícia.
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