Presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pegando carona na alta do petróleo
Do noticiário radiofônico vêm à manchete: “Baleias bebem petróleo e elevam o preço da commodity”. O amigo internauta deve estar tão perplexo como eu fiquei hoje, às 11h e 35 min. Bem, as baleias não bebem o negro mineralóide. Muito menos os patrões querem dizer a seus funcionários: acomode-se! O “lerê, lerê” continua, bem como os jargões econômicos nos veículos de comunicação.
Traduzindo esta frase de requinte e “bom gosto”, pode-se afirmar que nações como China e Índia (países-baleia) aumentam seu consumo de petróleo, o que faz elevar o preço desse produto em estado bruto (commodity). Ora, o país-sede das Olimpíadas, já conquistou o posto de 2º maior consumidor mundial do mineralóide, superando o Japão e perdendo apenas para os EUA.
O valor do barril fechou hoje cotado em US$ 141 (ou R$ 226), na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova Iorque). Há seis anos, o mesmo barril valia US$ 25. Quase 600% de aumento, algo que já supera proporcionalmente o preço de 1980, quando o produto custava US$ 100, em decorrência das seqüelas da Crise do Petróleo, de 1973. Espera-se que em dois anos, o preço atinja o patamar de US$ 200.
A OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), constituída por Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait e Venezuela, ameaça o governo estadunidense, que acusa o cartel OPEP de fixar os preços da commodity e limitar a oferta do produto, elevando seu preço nas bolsas de valores. Levando em conta, os “laços fraternais” de Irã e Venezuela com os Estados Unidos, já se esperam medidas duras contra este, o que levaria a possível recessão estadunidense. Façam suas apostas!
Bem, além disso, o projeto de enriquecimento de urânio no Irã (provavelmente para fins energéticos e bélicos), causou desavenças com a União Européia e Israel, inimigo do bloco árabe, que impuseram sanções ao país. Se agregarmos a instabilidade na Nigéria, aonde funcionários estrangeiros foram seqüestrados em refinarias e campos de exploração petrolífera, ao crescimento do consumo, que chegará a 2,2 milhões de barris/ DIA, temos a receita quase pronta. Agora, bata no liquidificador econômico, faça tudo girar e veja o resultado! IN-FLA-ÇÃO! Parece até receita de bolo.
A OPEP culpa os investidores do mercado acionário. As grandes nações culpam a OPEP. A alta do barril, efetuada pelos BC’s, elevaria as taxas de juros pelo mundo e levaria o investidor a aplicar em renda fixa, como a poupança, o afastando das bolsas de valores. Com isso, perde-se reservas, o que desvaloriza a moeda, segurando os juros altos. E, ao que tudo indica, neste duelo de titãs, o Brasil pode sair lucrando.
A PETROBRÁS, 5ª maior empresa do mundo, descobriu novas bacias que elevaram as reservas nacionais. Com o real em alta, os preços dos combustíveis devem oscilar pouco e os investidores passam a procurar o país para investir em produtos primários, devido aos altos juros e estabilidade econômica do Brasil. Daí o elevado preço das ações da estatal brasileira.
Os países exportadores e as empresas petrolíferas terão orgulho em dizer, assim como nosso presidente, que refinamos nosso petróleo na refinaria! Ei, Você! Não se esconda ainda. Mesmo com a onda de euforia, o preço de derivados do petróleo, como o plástico, atingirá suas economias. O aumento em cascata é o que precisávamos para saber que jorrou do poço, doeu no bolso. Que dureza!
O petróleo sobe, o mundo teme e o Brasil comemora?
Do noticiário radiofônico vêm à manchete: “Baleias bebem petróleo e elevam o preço da commodity”. O amigo internauta deve estar tão perplexo como eu fiquei hoje, às 11h e 35 min. Bem, as baleias não bebem o negro mineralóide. Muito menos os patrões querem dizer a seus funcionários: acomode-se! O “lerê, lerê” continua, bem como os jargões econômicos nos veículos de comunicação.
Traduzindo esta frase de requinte e “bom gosto”, pode-se afirmar que nações como China e Índia (países-baleia) aumentam seu consumo de petróleo, o que faz elevar o preço desse produto em estado bruto (commodity). Ora, o país-sede das Olimpíadas, já conquistou o posto de 2º maior consumidor mundial do mineralóide, superando o Japão e perdendo apenas para os EUA.
O valor do barril fechou hoje cotado em US$ 141 (ou R$ 226), na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova Iorque). Há seis anos, o mesmo barril valia US$ 25. Quase 600% de aumento, algo que já supera proporcionalmente o preço de 1980, quando o produto custava US$ 100, em decorrência das seqüelas da Crise do Petróleo, de 1973. Espera-se que em dois anos, o preço atinja o patamar de US$ 200.
A OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), constituída por Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait e Venezuela, ameaça o governo estadunidense, que acusa o cartel OPEP de fixar os preços da commodity e limitar a oferta do produto, elevando seu preço nas bolsas de valores. Levando em conta, os “laços fraternais” de Irã e Venezuela com os Estados Unidos, já se esperam medidas duras contra este, o que levaria a possível recessão estadunidense. Façam suas apostas!
Bem, além disso, o projeto de enriquecimento de urânio no Irã (provavelmente para fins energéticos e bélicos), causou desavenças com a União Européia e Israel, inimigo do bloco árabe, que impuseram sanções ao país. Se agregarmos a instabilidade na Nigéria, aonde funcionários estrangeiros foram seqüestrados em refinarias e campos de exploração petrolífera, ao crescimento do consumo, que chegará a 2,2 milhões de barris/ DIA, temos a receita quase pronta. Agora, bata no liquidificador econômico, faça tudo girar e veja o resultado! IN-FLA-ÇÃO! Parece até receita de bolo.
A OPEP culpa os investidores do mercado acionário. As grandes nações culpam a OPEP. A alta do barril, efetuada pelos BC’s, elevaria as taxas de juros pelo mundo e levaria o investidor a aplicar em renda fixa, como a poupança, o afastando das bolsas de valores. Com isso, perde-se reservas, o que desvaloriza a moeda, segurando os juros altos. E, ao que tudo indica, neste duelo de titãs, o Brasil pode sair lucrando.
A PETROBRÁS, 5ª maior empresa do mundo, descobriu novas bacias que elevaram as reservas nacionais. Com o real em alta, os preços dos combustíveis devem oscilar pouco e os investidores passam a procurar o país para investir em produtos primários, devido aos altos juros e estabilidade econômica do Brasil. Daí o elevado preço das ações da estatal brasileira.
Os países exportadores e as empresas petrolíferas terão orgulho em dizer, assim como nosso presidente, que refinamos nosso petróleo na refinaria! Ei, Você! Não se esconda ainda. Mesmo com a onda de euforia, o preço de derivados do petróleo, como o plástico, atingirá suas economias. O aumento em cascata é o que precisávamos para saber que jorrou do poço, doeu no bolso. Que dureza!
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11 comentários:
é, o mundo ta ficando cada vez mais louco..adorei seu post xD
o mundo tá ficando cada vez mais caro.
Isso sim.
gostei do seu artigo.
Lucas,
Ora, quem adquiriu ações da PETROBRÁS asssim como eu, comemora neste momento.
Venho notando que você adotou uma sequência quase linear para abordar as mazelas da economia em 2008. Subprime, petróleo... e claro, com bom humor e irreverência.
O post é claro, oconteúdo é interessante e devo confessar que esta editoria vem a cada dia me chamando mais a atenção.
Digo mais, quem aqui, deixar seu comentário, poderia indicar este blog, principalmente, esta editoria - Economia.
Excelente! Claro e conciso.
O mundo só ta ficando cada vez mais caro!!!!!
E a 3° guerra mundial ainda vai ser por causa do petróleo...
=/
Petróleo, dinheiro, bolsas quebradas, guerra. Este post, não é apocalíptico, mas o tema dá até calafrios.
Ah! Lembrei desa fala do Lula. Foi num debate contra o Alckmin. Quase sai da sala de vergonha.
Parabéns.
Blogger liindoo :D
parabens !
Olá, bem... não é novidade que nunca o simples mortal vai se beneficiar com esse "jorro"... o mundo é assim... mas sei lá... acho que uma leitura rápida do "Manifesto" e do "Capital" iriam ajudar alguns a abrirem os olhos.....
Abraço!
Por que será que para nós só vêm os "pepinos"? rsrs
O povo só se ferra!
http://sarapateldecoruja.blogspot.com/
Adorei a sátira com o economês.
É incrível, a opep culpa o mercado, o mercado culpa a opep e o preço só sobe nessa ciranda.
O Petróleo move o mundo, manda neles quem pode e obedece quem tem juiso, o Brasil se gabamuito, mas ainda é um menino bem ajuizado.
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Obrigado pelo comentário láno Blog do Niltinho 2.0.
Adorei o Sem Fronteiras, principalmente essa coisa de editores setoriais, sempre gostei dessa coisa de blog com vários colaboradores.
Um abraço.
P.S.: Vou adicionar o Sem Fronteiras lá nos favoritos do BdN 2.0
Blog do Niltinho 2.0
Ei, pra começar parabéns pela abordagem do tema: claro, interessante e informativo.
É interessante observar como o Brasil consegue sair de certa forma bem de tudo isso. Como disseram acima, mas com outras palavras: nunca foi tão caro viver e dificilmente imaginaríamos certa estabilidade brasileira. Só temos a comemorar, bom nem tanto, como você mesmo afirma, os produtos derivados terão aumento. Sentiremos no nosso bolso.
Dê uma passadinha lá:
http://www.antologiaracional.com/
parceria??
esse é o tipo de assunto que dá até medo de escutar...principalmente pra pessoas menos otimistas como eu...o brasil parece nao ter noção do quão danoso seria uma crise petrolífera...
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