quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Exclusivo nos céus

Passagem inédita de cometa pelo Sistema Solar poderá ser vista a olho nu

Foto: New Scientist

O nosso mais novo visitante dará as caras em nosso sistema solar por volta do dia 24 de fevereiro, é o que estima o astrônomo Gary Kronk, da base de St. Jacob, no estado do Illinois. Será a primeira vez que Cometa Lulin, ou Cometa c/2007 N3 fará escala por essas bandas, passando a 98 milhões de quilômetros de distância da Terra.

Embora pareça muito longe, será possível observar sua trajetória no céu exibindo sua calda que possui aproximadamente a medida de oito luas de diâmetro. O bloco congelado de rocha e poeira que viaja pelo espaço desde o início do sistema solar, ao se aproximar do sol, terá suas camadas exteriores vaporizadas, lançando gás e fragmentos, formando uma grande cauda apontada oposto ao sol.

A passagem de cometas foi vista durantes os milênios como prenúncio do fim dos tempos, mas hoje já se sabe de onde a maioria vêm e a sua possível trajetória pela galáxia.

Os astrônomos calculam que seja possível que ele já tenha passado por aqui a 10 milhões de anos atrás ou que ele tenha permanecido “preso” junto a outros bilhões de cometas na “nuvem de Oort” localizada a 3 anos luz da órbita de Plutão, nos “limites” do sistema solar.

“Como é a primeira vez que ele se aproxima do sol não há como saber como ele se comportará, alguns cometas brilham mais do que o esperado, outros não” explica Kronk.

O brilho vai depender da quantidade que o sol vai fundir da crosta de gelo do cometa para formar a calda de fragmentos, que é o que o torna visível.

“Cada cometa tem sua própria personalidade, e isso é o que os faz ser tão impressionantes” explica. Lulin poderá vir com uma novidade, uma calda a mais, que será visível pelo fato de a terra estar na órbita do sol no mesmo plano que ele.

Quando os ventos solares atingem um cometa, gás e poeira serão expelidos. A longa cauda de fragmentos se move devagar fazendo parecer duas saindo do corpo, visto pela extremidade. Será a única oportunidade de ver tal fenômeno em nossa existência.

Ao analisar o cometa, os astrônomos esperam poder confirmar a presença de um tipo de isótopo pesado do hidrogênio. Se confirmado, permitirá reforçar a hipótese de que cometas de congelados teriam recebido água proveniente da Terra durante o primeiro bilhão de anos após sua formação.

As observações da trajetória começarão na próxima semana pelo observatório Keck no Hawai.

5 comentários:

Anônimo disse...

O nome do cometa é "Lulin"? Isso vai gerar comparações engraçadinhas por aí...rsss

Interessante mesmo é que os cometas era vistos como "mensageiros do fim do mundo". Lembro-me um pouco de 1986 com o cometa Halley e toda a exploração de marketing que fizeram em cima do nosso cometa preferido ( digamos assim). Até revista em quadrinhos lançaram. Fiz meu pai comprar um binóculo. E não vi cometa nenhum...rsss

Mas este eu queria ver. Quem sabe desta vez.

disse...

Um cometa carnavalesco??
Se não me engano 24 de fevereiro é carnaval.... rsrsrs
Muito interessante, quero muito ver. Mas como moro num lugar que pouco tem céu azul, não sei se será possivel!!!

Abços

Edegard disse...

Vou torcer para ver este cometa desta vez, pois a sua proxima volta vai demorar um pouquinho,ne..Rsss

Francisco Castro disse...

Olá, espero ver pela primeira vez um cometa. Na época do outro cometa não consegui ver.

Abraços

Francisco Castro

Anônimo disse...

Se eu olhar para o ceu por acaso... e ve-lo... ótimo, mas não vou ficar esperando mesmo...r

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