Via blog ImMobilier
As densas névoas advindas do Oriente Médio aproximaram-se dos Estados Unidos, deixando o tempo nublado, com possibilidade de temporais e “tufões econômicos”. O governo republicano de George W. Bush, não crente no sucesso das previsões do tempo e seduzido pelo petróleo e pela vingança, entrou em uma guerra de armas e final tramado: vitória pelos ares, destruição por terra. O cidadão estadunidense acostumado com as cenas de “bang bang” assistiu de camarote ao espetáculo em sua casa própria, maior bem para a classe média deste país. Só se esqueceram de um porém: a ficção é doce, mas dura pouco.
O insucesso ante os ex-aliados Osama e Saddam, culminou junto ao problema do crédito subprime, insuflado pelo governo como forma de contornar a queda das Torres Gêmeas e a destruição de parte do Pentágono, causas da fuga de investidores, domada pela queda na taxa de juros e pela segunda hipoteca, que levaram ao consumo, a classe média dos Estados Unidos, aquecendo novamente a economia. O balde de água fria viria em seqüência, com a demasiada oferta ante a procura escassa por imóveis. Resultado: o carro ianque ao pisar no freio, viu-se desgovernado (neste trecho é admissível dupla interpretação, caro amigo).
Declarações de “tô nem aí” surgiram aos quatro cantos. Bush simplesmente ignorou as fortes correntes de ar que apagavam as já fracas chamas financeiras estadunidenses. McCain considerou o momento com “um ataque de histeria de economistas e do povo”. Lula qualificou o provável tsunami como simples “marolinha” aqui no Brasil. Sarkozy não se preocupou com a queda do PIB francês no segundo trimestre deste ano. Declarações passadas. Afinal, o tempo fechou e as línguas “soltas” de tais políticos ficaram guardadas em seu devido lugar (sem ofensas!).
A decisão do bloco europeu, tomada domingo (12), sobre a estatização ou compra de uma parcela significativa de ações das grandes instituições financeiras européias, animou o mercado, que se recuperou parcialmente das perdas da semana anterior, fora acertada e necessária. Entretanto, a garantia dos empréstimos entre bancos até 2010, o empréstimo de dólares, como sinal positivo ante a crise, e os US$ 2 trilhões, distribuídos entre 13 países da zona do euro, junto à Inglaterra e Rússia, não fecharão as feridas abertas com a crise. Uma regulação dos investimentos em nível mundial e alterações na taxa básica de juros fazem-se necessárias ao momento.
Bush, a fim de “evitar a fadiga”, também seguiu a linha européia e destinou US$ 250 bilhões à compra de ações desvalorizadas das instituições financeiras dos Estados Unidos, além de garantir novos empréstimos bancários por três anos e saldar as dívidas atuais. Eis que a grande potência capitalista vê-se contradizer seus princípios, nacionalizando parcialmente os bancos. Mesmo assim, sob forte pressão, o mercado não reagiu com se esperava e voltou a retrair, após altas de 14% na Bovespa (dia 13) e em Tóquio (dia 14), por exemplo.
O mundo está em pânico. E, provavelmente, não mais assistirá aos filmes de cowboys, loucos a traçar batalhas insanas. Pagaremos um alto preço durante pelo menos dois anos, graças às peripécias de um governo incapaz de voltar-se para si e preocupar-se com sua nação tão somente. O mundo não precisa de generais de guerra. Precisamos de administradores e políticos capazes de enxergar que a crise só será contornada com colaboração dos estados centrais, daqueles em estágio de desenvolvimento e com o incentivo à emergência de novos mercados consumidores, que poderão dar um fôlego a este corredor cansado e ultrapassado: o capitalismo.
Por isso, nada de esconder a poeira debaixo do tapete!
O insucesso ante os ex-aliados Osama e Saddam, culminou junto ao problema do crédito subprime, insuflado pelo governo como forma de contornar a queda das Torres Gêmeas e a destruição de parte do Pentágono, causas da fuga de investidores, domada pela queda na taxa de juros e pela segunda hipoteca, que levaram ao consumo, a classe média dos Estados Unidos, aquecendo novamente a economia. O balde de água fria viria em seqüência, com a demasiada oferta ante a procura escassa por imóveis. Resultado: o carro ianque ao pisar no freio, viu-se desgovernado (neste trecho é admissível dupla interpretação, caro amigo).
Declarações de “tô nem aí” surgiram aos quatro cantos. Bush simplesmente ignorou as fortes correntes de ar que apagavam as já fracas chamas financeiras estadunidenses. McCain considerou o momento com “um ataque de histeria de economistas e do povo”. Lula qualificou o provável tsunami como simples “marolinha” aqui no Brasil. Sarkozy não se preocupou com a queda do PIB francês no segundo trimestre deste ano. Declarações passadas. Afinal, o tempo fechou e as línguas “soltas” de tais políticos ficaram guardadas em seu devido lugar (sem ofensas!).
A decisão do bloco europeu, tomada domingo (12), sobre a estatização ou compra de uma parcela significativa de ações das grandes instituições financeiras européias, animou o mercado, que se recuperou parcialmente das perdas da semana anterior, fora acertada e necessária. Entretanto, a garantia dos empréstimos entre bancos até 2010, o empréstimo de dólares, como sinal positivo ante a crise, e os US$ 2 trilhões, distribuídos entre 13 países da zona do euro, junto à Inglaterra e Rússia, não fecharão as feridas abertas com a crise. Uma regulação dos investimentos em nível mundial e alterações na taxa básica de juros fazem-se necessárias ao momento.
Bush, a fim de “evitar a fadiga”, também seguiu a linha européia e destinou US$ 250 bilhões à compra de ações desvalorizadas das instituições financeiras dos Estados Unidos, além de garantir novos empréstimos bancários por três anos e saldar as dívidas atuais. Eis que a grande potência capitalista vê-se contradizer seus princípios, nacionalizando parcialmente os bancos. Mesmo assim, sob forte pressão, o mercado não reagiu com se esperava e voltou a retrair, após altas de 14% na Bovespa (dia 13) e em Tóquio (dia 14), por exemplo.
O mundo está em pânico. E, provavelmente, não mais assistirá aos filmes de cowboys, loucos a traçar batalhas insanas. Pagaremos um alto preço durante pelo menos dois anos, graças às peripécias de um governo incapaz de voltar-se para si e preocupar-se com sua nação tão somente. O mundo não precisa de generais de guerra. Precisamos de administradores e políticos capazes de enxergar que a crise só será contornada com colaboração dos estados centrais, daqueles em estágio de desenvolvimento e com o incentivo à emergência de novos mercados consumidores, que poderão dar um fôlego a este corredor cansado e ultrapassado: o capitalismo.
Por isso, nada de esconder a poeira debaixo do tapete!
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3 comentários:
Oi, Lucas!
Conversando com especialistas, e até mesmo ao ler a sua matéria, vemos que os EUA, que se gaba de ser o bam-bam do mundo, pisou feio da bola, no lado da econômia: transformou a bolsa em cassino e liberou o crédito à torto e a direita. Não dou outra! A crise. De manhã, quando escutei no noticiário, os dois trilhões para socorrer os banqueiros...quase tive um troço...não acreditei! Um país que é capaz de gastar essa dinheirama toda com isso, e incapaz de fazer um sistema de saúde público (ou até mesmo Convênios) de qualidade.
Vc viu os filmes americanos CRASH e Sicko?
A máscara dos EUA caiu: o problema deles é bem maior do que o nosso! Salva-se quem puder...hehehe.
Abraço,
=]
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http://cafecomnoticias.blogspot.com
O mais impressionante é que o EUA ainda quer ficar no "salto alto". É, o tapete deve estar com muito ouro escondido, será que tem vaguinha pra mim por lá!
http://visaocontraria.blogspot.com/
http://minhainspiracao.blogspot.com/
Lucas, aqui vai um conselho: caso não tenha decidido o que tratar na sua monografia, aborda algo relacionado ao jornalismo econômico, pois as análises suas são sensacionais.
Realmente, não podemos empurrar a poeira para debaixo do tapete. O capitalismo é um corredor de Sã Silvestre cansado e abatido, e os chefes mundiais ignoram outros mercados, mas a saída para a crise está justamente aí - algo que li pela primeira vez aqui (análise inédita para mim).
Fiquei sem palavras para comentar mais.
Grande abraço.
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