sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Damages

Foto: divulgação
“Não confie em ninguém!”. Esse não é apenas trecho de um dos fortes e bem escritos diálogos de Damages, série de ficção jurídica da TV estadunidense que vem cativando espectadores em todo o mundo. Na verdade, as quatro palavras formam uma imperativa advertência a todos aqueles dispostos a se entremear num universo repleto de ambição, mentira, interesse e traição.

Distante dos holofotes de um complicado caso judicial que movimenta uma indenização de cifras astronômicas, acontece um arriscado jogo de poder, onde não se pode confiar em ninguém.

Em Damages não existe a nítida e importuna separação entre joio e trigo. Todos os seus personagens - incrivelmente bem construídos - são essencialmente humanos: bons e maus, emotivos e frios calculistas. Curiosamente, a grande maioria tem caráter nada bem dosado. A perversidade e frieza superam os atributos mais admirados nos mocinhos da ficção.

Um dos méritos da série é trabalhar com os bastidores da injusta “justiça dos homens”, em que, por trás da batalha judicial envolvendo o bilionário empresário Arthur Frobisher (Ted Danson) e seus milhares de empregados, representados pela brilhante e sagaz advogada Patrícia Hewes (Glenn Close), é “permitido” chantagear, mentir, matar. Em Damages não existem limites nem escrúpulos. A ambição em ter aquilo que se almeja, perpassa qualquer regra ou convenção moral (o que é definido como certo ou errado).

O sucesso de Damages deve-se a uma série de fatores que interligam-se, dando origem a um dos melhores seriados da atualidade. A edição é um ponto positivo. Os flashbacks se encarregam de nos levar ao passado para entendermos o presente. As recorrentes transições temporais só fazem aumentar a tensão na medida em que a temporada se aproxima do fim.

O elenco, que, além da premiada Glenn Close e Ted Danson, inclui o excelente Zeljko Ivanek, Rose Byrne e Tate Donovan, é extremamente competente, dando vida a personagens complexos e intrigantes. O roteiro, muito bem desenvolvido e “costurado” não permite que os episódios se tornem desinteressantes e os personagens percam a vivacidade.

Em 2007, quando foi exibida a primeira temporada, Damages conseguiu sete indicações ao Emmy (Oscar da TV estadunidense), venceu nas categorias de melhor atriz em série dramática (Glenn Close) e na de melhor ator coadjuvante em série dramática (Zeljko Ivanek). Em 2008, conseguiu quatro indicações ao Globo de Ouro, vencendo na de melhor atriz em série dramática.

Assista ao trailer da primeira temporada de Damages (Clique aqui).

7 comentários:

Anônimo disse...

Parece muito interessante, não conhecia essa série.

"permitido: chantagear, mentir, matar. Em Damages não existem limites nem escrúpulos".

Qualquer semelhança com a vida real é "mera coincidência".

Abração

Francisco Castro disse...

Olá, eu ainda não tinha ouvido falar nesse série. Espero que passe logo na tv brasileira. Dá para assistir, parace que retrata muito bem a realidade cotidiana das pessoas.

Abraços

Francisco Castro

disse...

Em quel canal passa Damages?
Sempre ouvi falar da série nas varias premiações que participou, mas parece que em minha TV não passa!
Gosto muito desse estilo de 'filme': tribunal...
Se não conseguir assistir pela TV, vou procurar para baixar!
Bjs

André Martins disse...

Renata, a série é da AXN. A Segunda temporada começou em janeiro e já está no 5º episódio.

Abraço

Fernando Leroy disse...

André, não conhecia essa série, valeu a dica. O tema é bem instigante e faz uma ponte com a realidade, nada fácil nos tempos atuais. Abraço!

Wander Veroni Maia disse...

Oi, André!

Apesar de nunca ter assistido a série, já li alguns reviews sobre ela e é só elogios. Deve ser uma série muito boa. Vou procurar a 1ª temporada na locadora.

Abraço

Kátia Brito disse...

Dé,
Estou assistindo os dvds da série, que vc me emprestou e estou gostando muito, pois esse gênero muito me atrai.
Outra série que recomendo, da universal é law and orde- special vitimis united.
ótima dica!
beijo

Melhor visualização com o navegador Mozilla Firefox