Colegas sem fronteira, quanto tempo! E quanta saudade de escrever neste blog! Mas quem aqui já foi ou é universitário sabe que existem aqueles períodos que só complicam nossa vida, não é? Bom, o que importa é que o Sem Fronteiras está à todo vapor e com novidades bacanas, as quais espero que vocês fiquem sabendo o mais rápido possível! Falando em novidades, venho com um assunto que de novo, nada tem: as eleições de 2010. Mais especificamente a eleição do sucessor do presidente Lula.
E olha só que interessante: temos na disputa dois mineiros. Na verdade, uma mineira que está mais para gaúcha e um mineiro, que adora a vidinha carioca. Falo claro de Dilma Rousseff e Aécio Neves, ambos, juro, são de Belo Horizonte.
Podemos já dizer que as conversas sem sombra de dúvidas já começaram e as primeiras cartas já foram colocadas na mesa. O primeiro movimento dado foi o da situação, ou seja, do próprio presidente. Lula já deu a entender que sua candidata é a truncada ministra chefe da Casa Civil, Dilma "Mãe do PAC" Rousseff. Foi uma jogada esperta, mas arriscada do presidente: ao lançar o nome da ministra, Lula busca conseguir colar o nome dela na cabeça dos brasileiros até o dia das eleições. Para que isso aconteça, Dilma terá pouco menos de dois anos para se mostrar não apenas como uma mulher sisuda, mas sim sua capacidade de estratégia e liderança, algo que ninguém lhe pode negar.
Digo que foi um movimento arriscado, porque o presidente está indo para o tudo ou nada com Dilma, já que é fato que o PT não dispõe de ninguém em seus quadros que seja capaz de substituir esse mito de popularidade nunca antes visto na história deste país, chamado Lula. O que aliás, só para não passar batido, foi uma corda que os petistas foram laçando em volta do pescoço com o passar dos anos. Afinal de contas, será que eles acham que Lula é Matusalém?
Digo que foi um movimento arriscado, porque o presidente está indo para o tudo ou nada com Dilma, já que é fato que o PT não dispõe de ninguém em seus quadros que seja capaz de substituir esse mito de popularidade nunca antes visto na história deste país, chamado Lula. O que aliás, só para não passar batido, foi uma corda que os petistas foram laçando em volta do pescoço com o passar dos anos. Afinal de contas, será que eles acham que Lula é Matusalém?
Que vai ser fácil para Dilma, isso não vai mesmo! Ela está longe nas intenções de voto, bem atrás de seus oponentes em potencial. Mas meus amigos, não subestimemos o poderoso poder do marketing, que olha, já atua sobre a ministra-candidata: já notaram aí que ela largou aqueles óculos quadradões, substituindo-os por lente de contato? E o cabelo da ministra, que já foi retocado por luzes? Parece bobagem, não é? Pois é, só parece. Uma eleição é ganha nos mínimos, mínimos detalhes... Vale lembrar que o próprio Lula começou sua ascensão quando o radical operário deu lugar ao "Lulinha paz e amor."
Já nosso outro mineiro-candidato é Aécio Neves. Esse já terá o caminho um pouco mais tortuoso que sua conterrânea: o governador de Minas Gerais enfrenta resistências dentro de seu próprio partido, o PSDB, que enxerga no seu homólogo paulista, José Serra, o candidato com maiores chances de enfrentar a poderosa máquina governamental e política que o PT vai mobilizar em 2010. Enquanto os tucanos não decidem a quem apoiar, Aécio já deu seu primeiro passo: vai começar em 2009 a visistar estados do Nordeste, onde segundo as pesquisas de intenção de voto, seu nome é bastante desconhecido e figura muito atrás do de José Serra. Aécio foi esperto: esperar uma definição de seu partido seria besteira.
E mesmo se, na pior das hipóteses de Aécio, o PSDB escolha José Serra como seu candidato, o mineiro não sairá em tanta desvantagem: ele já teria feito visitas a vários estados e para todos os efeitos, apenas mudaria de partido, levando consigo uma visibilidade um pouco maior de quando entrou no páreo. Aliás, partidos cortejando Aécio não faltam. O que faz isso de forma mais explícita é o PMDB, do também mineiro Hélio Costa, ministro das comunicações. Acreditem vocês que o ministro, que é da base aliada do presidente Lula já disse categoricamente que em 2010 o partido dele dificilmente apoiará um candidato petista à presidência. Ponto. Sem mais nem menos. Ah, disse também a Aécio Neves que "o PMDB é um partido confiável", ou seja, estão de braços abertos, receptivos e calorosos para receber o governador mineiro!
Eu hein? Esse é o PMDB: vai aonde o poder vai atrás. Vem sendo assim há mais de 20 anos! Ora, todos nós sabemos que o PMDB é tão confiável quanto a Flora, de A Favorita, não é mesmo?
3 comentários:
Eu acredito que os dois têm chances de conseguir serem presidentes. Dilma vai crescer muito até 2010, graças a Lula. Já Aécio vai defender com unhas e dentes sua indicação pelo PSDB contra Serra. Mas vamos esperar, afinal tudo pode acontecer até lá. Abraço e bom retorno.
Ótima análise. Dilma peca pelas gafes. Por exemplo, chamando um evento do PAC de "comício". Quanto a Aécio, este já deveria ter trocado de legenda há muito tempo. Primeiramente porque realmente creio que Serra tenha somado muitas forças após a eleição de Kassab (o DEM está com Serra e não abre). Depois, porque trocar de partido em cima da hora não é uma boa manobra política. Pega mal.
Até mais!
Oi, Catta Prêta!
O mais engraçado é que eu consigo só de ler o lead saber qual de vcs escreve...hehehe...os textos tem muita personalidade e isso é muito bom.
Bom, pra falar a verdade não sei nem para quem torcer. A Dilma é boa de serviço, mas não tem empatia. O outro é nosso querido "garoto do rio" que pratica a ditadura da publicidade. Já o Serra deveria ficar lá governando Sampa que ganha mais...hehehe. Adorei a sua análise!
Abraço,
=]
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