A maré ainda está para peixe, presidente? - Via blog Leituras e Opiniões, de Luis Favre
A crise deu seus primeiros indícios há cerca de um ano, quando os títulos subprime ocasionaram problemas quanto ao não pagamento das hipotecas. Eles facilitaram a compra de imóveis à classe média, mas inundaram o mercado de oferta. Sem compradores, inúmeros bancos apresentaram sinais de instabilidade, relativo às dívidas realizadas por seus clientes. Alguns faliram, como é o caso do Lehman Brothers, já citado por esta editoria.
A questão estadunidense provoca um efeito em cadeia. A Europa, o Japão e o Canadá, por exemplo, tem entre seus papéis, o famigerado subprime. O Brasil felizmente não conta com tal “bomba-relógio”. Contudo, as perdas de instituições bancárias, tidas como sólidas, fizeram com que o mercado perdesse confiança, contraindo o crédito. Assim, o dinheiro tira férias sem poder viajar. Em casa, parado, ele esfria a economia, permitindo ao banqueiro emprestar tais “raridades” a juros exorbitantes. É algo semelhante ao chumbo, encolhido, mínimo, mas de grande peso para quem o alcança.
A conseqüência do congelamento do crédito é a contração do crédito, que prejudica a pessoa física e jurídica e leva os BC’s dos países a criarem linhas de crédito especiais ou a leiloarem suas moedas, o que pode desestabilizar de uma só vez a economia, suscetível a solavancos. Sem dinheiro disponível no exterior, o Brasil transforma-se em mais um refém da crise, o que fará a renda e a taxa de emprego cair no país. Mesmo assim, nosso amável presidente, que vê a bolsa cair, o crédito sumir, as ações despencarem e que após todos esses problemas, cresce em popularidade (haja carisma), manteve seu discurso de solidez nacional frente à crise. Uma pausa: manteve?
Ora, Lula, o profeta dos sertões, cidades e do planalto central, sabe que sem crédito, as exportações perderão fôlego e o PIB continuará caindo, uma vez que o crescimento do consumo e da produção (permitida através do investimento empresarial) sustenta os bons números da economia na gestão Mantega. “De volta ao planeta Terra”, o presidente já cogita a volta da inflação e, na pior das hipóteses, recessão. O Banco Central já age através dos depósitos compulsórios, que retêm parte dos lucros dos bancos no órgão federal. Que essa compulsão não retenha também, o dinheiro necessário para o sustento das classes menos abonadas! Nunca é demais relembrar.
A desvalorização das bolsas, um dos efeitos da crise, faz o capital especulativo migrar para investimentos mais seguros, deixando as zonas de perigo, Na fuga do rebaixamento financeiro, acionistas retiram volumes grandes de dinheiro da Ibovespa e de outras bolsas, fazendo o dólar, moeda forte, prevalecer, reduzindo o poder de compra, maior com o dinheiro estadunidense em queda. A desilusão mercadológica prova quão verdadeiras e enfáticas foram os versos de Lulu, afinal "nada do que foi será, de novo, do jeito que já foi um dia". A Lula resta driblar a "onda no mar", ou de fato, tomá-la, junto a inúmeras economias mundo afora. Todas despreparadas para as desventuras de um mundo mais que globalizado.
“Nada do que foi será, de novo, do jeito que já foi um dia”. É do cancioneiro popular, Lulu Santos, uma das mais adequadas explicações acerca do momento econômico mundial, que resgata cenas arrepiantes, como a quebra (crack) da Bolsa de Nova Iorque, em 1929. O amigo internauta, que há algum tempo acompanha este editor, lembrará das postagens anteriores sobre a crise estadunidense. Explicações, dados, citações e pensadores foram levados até você e agora, vale a pergunta: o que NÓS BRASILEIROS temos haver com as oscilações do mercado ianque? Resposta: leia abaixo.
A crise deu seus primeiros indícios há cerca de um ano, quando os títulos subprime ocasionaram problemas quanto ao não pagamento das hipotecas. Eles facilitaram a compra de imóveis à classe média, mas inundaram o mercado de oferta. Sem compradores, inúmeros bancos apresentaram sinais de instabilidade, relativo às dívidas realizadas por seus clientes. Alguns faliram, como é o caso do Lehman Brothers, já citado por esta editoria.
A questão estadunidense provoca um efeito em cadeia. A Europa, o Japão e o Canadá, por exemplo, tem entre seus papéis, o famigerado subprime. O Brasil felizmente não conta com tal “bomba-relógio”. Contudo, as perdas de instituições bancárias, tidas como sólidas, fizeram com que o mercado perdesse confiança, contraindo o crédito. Assim, o dinheiro tira férias sem poder viajar. Em casa, parado, ele esfria a economia, permitindo ao banqueiro emprestar tais “raridades” a juros exorbitantes. É algo semelhante ao chumbo, encolhido, mínimo, mas de grande peso para quem o alcança.
A conseqüência do congelamento do crédito é a contração do crédito, que prejudica a pessoa física e jurídica e leva os BC’s dos países a criarem linhas de crédito especiais ou a leiloarem suas moedas, o que pode desestabilizar de uma só vez a economia, suscetível a solavancos. Sem dinheiro disponível no exterior, o Brasil transforma-se em mais um refém da crise, o que fará a renda e a taxa de emprego cair no país. Mesmo assim, nosso amável presidente, que vê a bolsa cair, o crédito sumir, as ações despencarem e que após todos esses problemas, cresce em popularidade (haja carisma), manteve seu discurso de solidez nacional frente à crise. Uma pausa: manteve?
Ora, Lula, o profeta dos sertões, cidades e do planalto central, sabe que sem crédito, as exportações perderão fôlego e o PIB continuará caindo, uma vez que o crescimento do consumo e da produção (permitida através do investimento empresarial) sustenta os bons números da economia na gestão Mantega. “De volta ao planeta Terra”, o presidente já cogita a volta da inflação e, na pior das hipóteses, recessão. O Banco Central já age através dos depósitos compulsórios, que retêm parte dos lucros dos bancos no órgão federal. Que essa compulsão não retenha também, o dinheiro necessário para o sustento das classes menos abonadas! Nunca é demais relembrar.
A desvalorização das bolsas, um dos efeitos da crise, faz o capital especulativo migrar para investimentos mais seguros, deixando as zonas de perigo, Na fuga do rebaixamento financeiro, acionistas retiram volumes grandes de dinheiro da Ibovespa e de outras bolsas, fazendo o dólar, moeda forte, prevalecer, reduzindo o poder de compra, maior com o dinheiro estadunidense em queda. A desilusão mercadológica prova quão verdadeiras e enfáticas foram os versos de Lulu, afinal "nada do que foi será, de novo, do jeito que já foi um dia". A Lula resta driblar a "onda no mar", ou de fato, tomá-la, junto a inúmeras economias mundo afora. Todas despreparadas para as desventuras de um mundo mais que globalizado.
- Este artigo foi útil, tem qualidade ou merece algum acréscimo. Deixe seu comentário abaixo ou assine nosso feed.
2 comentários:
Linha coerente e inteligente essa sua amigo! Que fontes você deve ter. Além é claro, de um conhecimento mais que razoável sobre o assunto.
Bem, a inflação preocupa. A queda no poder de compra esfriaria a economia e levaria a uma redução no PIB, influenciando na economia real, gerando uma onda de desemprego.
Preocupante mesmo! E mesmo lendo o texto duas semanas depois, ainda atual. Parabéns.
Descendo mais ainda.
Ah! De fato "nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia". Excelente comparação a música "Como uma onda", do Lulu Santos.
A clima louco até combina com o cantor. O texto já me conquistou por aí!
Agora sim, descendo!
Postar um comentário