sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Ego olímpico?

Olá caro sem-fronteira. Bom, nesta história toda dos Jogos Olímpicos, até a editoria de internacional foi afetada. Explico: (quase) todos sabem que no ranking de medalhas das Olimpíadas, o critério é, ou seria bastante simples: a ordem é estabelecida pelo número de medalhas de ouro; medalhas de prata e por último as medalhas de bronze.

Mas há um país que não usa estes critérios, estabelecendo assim, um próprio. E este país, qual seria? Os Estados Unidos é claro. O critério utilizado por eles é o seguinte: a soma de todas as medalhas, o número total.

O Jornal Nacional desta noite mostrou uma reportagem justamente sobre isto, mas de uma forma não muito correta: o que eles quiseram vender em sua matéria foi que a imprensa norte-americana faria a contagem dessa forma, para assim, não ficarem atrás da China, que lidera com folga em número de medalhas de ouro nestes Jogos. Mas isso, não é verdade: na Olimpíada de Atenas, em 2004, os Estados Unidos tiveram 35 medalhas de ouro, contra 32 da China, porém, no quadro de medalhas à lá États-Unis, os russos ficaram na frente dos chineses já que tiveram 92 medalhas no total, contra 63 dos chineses, embora tiveram 27 medalhas douradas. Naquela ocasião portanto, os norte-americanos seriam os primeiros usando qualquer critério, mas mesmo assim, a imprensa usou a colocação com a soma total de medalhas.

De fato, os principais canais de televisão norte-americanos usam o critério da contagem total de medalhas: a NBC, CNN e FOX. A imprensa escrita também: até mesmo o The New York Times usa este critério. A mídia eletrônica, idem: o Yahoo! USA faz uso do mesmo critério, enquanto o Yahoo! Brasil não.

Se formos pensar bem, será que este critério não seria mais justo? Um país, por exemplo, com 15 medalhas de bronze não mereceria estar à frente de outro com apenas uma medalha de prata? Particularmente, acredito que sim.

Os compatriotas de Bush têm sistemas de peso, medidas,temperaturas e contagem de medalhas próprios. Finalmente, algum, este último, beneficiou alguns países incluindo o Brasil. Afinal de contas, estamos empatados com alguns países na 18ª posição. No resto do mundo, uma vexatória 45ª. Quase 30 posições, fazem a diferença.

N.A: Classificação até às 23:37, hora de Brasília. Sujeito a alterações.

4 comentários:

Anônimo disse...

Nossa, concordo. ate falei sobre isso em outro post. O Cielo salvou temporariamente de um desastre maior, pq a Globo ufanista, encobria a péssima atuação do país em Pequim.

LETÍCIA CASTRO disse...

Lucas, amigão, eu, no fundo, até penso que seria uma medida lógica, mas... pôxa, é tãããão gostoso vê-los em segundo!!! Não é? It's a first! hehehe
Sim, os EUA têm coisas próprias sim, entre elas não gostar de futebol e ainda não considerá-lo um esporte! Portanto, como senhores absolutos da bola no pé, temos o dever cívico de divulgar o quadro de medalhas favorável à China, o que vc acha? hehehe Nestas olimpíadas eu só dou o braço a torcer para o Phelps. ; )
Mas o texto está maravilhoso, como sempre, viu? E já tô fuçando nos links da imprensa internacional (muito bem garimpadas as referências).
Beijocas, Lu!

Unknown disse...

Concordo com a internauta Isabelle: nossa participação é vexatória! E gostei bem de ver o Hipólito perder a medalha, pois ele saiu do Brasil se julgando como a última bolacha do pacote.
Precisamos é de investimento sério no esporte, para que nossos atletas não passem vergonha em competições internacionais!

Anônimo disse...

Seu post é um dos únicos que mostrou a vedade: os americanos sempre contaram o n° de medalhas total em Olimpíadas p/ definir o ranking.

Parabéns pelas fontes e pelo texto!

Melhor visualização com o navegador Mozilla Firefox