segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Tempos de amor e profissionalismo

Perfeitamente audível soaram as palavras cristãs nesta noite dominical que se passara, anunciando a história profética do menino que viera nos salvar e pregando a princípio, o desapego ao material em virtude da plenitude imaterial. Da semelhança entre as platônicas idéias e os dizeres da Bíblia, vê-se o quão fugaz são as relações e tudo que as cerca. Quão frágeis são as forças que alimentam o espírito natalino e a esperança de um ano posterior repleto de alegrias.

Ceifam as amizades e o amor. A entrega esconde a célula-mãe do materialismo: o dinheiro. E não obstante, o esporte também se corromperia, inebriado pelas vultosas quantias que separam olimpianos de meros mortais. Principalmente em si tratando de futebol, berço das mais insanas orgias financeiras. Em tempos de crise, os “boleiros” chutam de bico os murmúrios de assombrações que assolam os mercados e isolam no ar, as expectativas de desvalorização de seus passes.

O Velho Continente, El’Dorado verde circunscrito pelo mundo, que é redondo sim, como já diziam os filósofos da antiguidade clássica grega, a bola gira: nos gramados e além de cifras nos bancos. Contudo, “a festa acabou, a luz apagou”, a fonte secou, o mercado esfriou. E agora... ? O poeta em seu repouso descansa e assiste aos cartolas sambarem e puxarem o coro, que dita a moda 2009: a criatividade.

Sem dinheiro, intensificaram-se as trocas entre equipes brasileiras, na mesma proporção em que crescem os salários e as declarações de “profissionalismo”. Aos mais saudosistas, resta o pesar de que a paixão e a saudável rivalidade tenham sido entregues a trivial troca de escudos e camisas, que tanto confunde jornalistas, quanto torcedores, que não conseguem sequer lembrar a escalação de seu time do coração.

O Fenômeno, que há tempos não justifica o apelido dado a ele pelos nerazzurri - torcedores interistas – em 1997, mostra-se, pelo menos, um fenômeno de marketing que agitou o mercado e balançou as estruturas de nosso futebol, seja pelo seu salário milionário ou pelos milhões de camisas vendidas com o nome do jogador, que deixou seu clube do coração, o Flamengo, em segundo plano em nome desse jogador moderno, versátil e adaptável: o profissionalismo.

Outras equipes, menos audaciosas, apostam para o ano-novo na ciranda da bola, o vai e vaivém daqueles profissionais acostumados a mudar de cores, horizontes e rivais. Jadílson acerta com os dirigentes atleticanos sua ida para a Cidade do Galo, após uma boa temporada pela equipe da Toca da Raposa. Leandro Amaral, que deixou com grande lástima as Laranjeiras, retornou ao Vasco da Gama pedindo perdão, jurando amor, e pode voltar ao tricolor carioca novamente, sem juras, mas com empenho e seriedade.

Talvez nós sejamos os culpados por este processo. Afinal, alimentamos durante anos o “amor à camisa”, algo impensável (aos atletas) em um jogo que movimenta milhões em público e renda. Milhões que, atualmente, são alcançados com o tal profissionalismo, que não entra em campo, não cobra tiro de meta, escanteio ou lateral, mas que nos bastidores dá suporte aos campeões, haja vista o Internacional e o São Paulo, exemplos de que o respeito à instituição, organização e comprometimento são bases para o sucesso.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

O ano de Lula

Não tenho dúvidas que 2008 será um ano lembrado por todos, pelos mais diversos motivos: o caso Isabella Nardoni, Fidel Castro, Olimpíada de Pequim, a crise econômica global, o caso Eloá, as eleições municipais, Protógenes Queiroz e Daniel Dantas, Barack Obama, Sara Palin, o derradeiro ano de George W. Bush na presidência americana, as enchentes em Santa Catarina, Minas Gerais e Rio de Janeiro, etc etc.

Guardadas as devidas proporções de cada um destes acontecimentos, nenhum deles, absolutamente nenhum, conseguiu ofuscar a figura de uma pessoa, que na verdade o enxergo como um personagem: o presidente Lula. Mesmo com tudo pelo que passamos em 2008, nada sequer resvalou na imagem de Luiz Inácio da Silva, pelo contrário: nunca na recente história democrática desse país se viu um chefe de Estado tão respeitado e admirado, alcançando índices de popularidade jamais vistos. Na verdade, não só Lula, como seu governo também.
A última pesquisa CNI/Ipobe apontava que 73% dos entrevistados consideram a gestão atual como boa ou ótima e apenas 6% como ruim ou péssima. Seguindo o mesmo compasso, a aprovação pessoal de Lula: a mesma pesquisa revelou que 80% dos entrevistados confiam no presidente, ante 18% que não confiam.
Agora, sempre me perguntei o real motivo pelo qual o presidente ser tão querido por esmagadora maioria da população, e as respostas mais óbvias que encontro são as seguintes: o incrível carisma e poder de comunicação do presidente Lula, que sinceramente, é o único em seu governo que sabe ser desenvolto em público. Acredito que a tríade perfeita do presidente é um palanque, um microfone, e milhares de pessoas ávidas por escutar suas "inteligentes" filosofias.
Segundo motivo: o momento da gestão de Lula, que não poderia ter sido melhor. Entre 2003 - início de seu primeiro mandato - e meados de 2008 - início da crise financeira, o mundo passou por um momento de franca expansão comercial, e o governo, felizmente, soube aproveitar disso muito bem. Seja no estímulo ao consumo interno, seja na obtenção de crédito internacional, ou nas exportações, o governo conseguiu fazer avanços consideráveis em diversos setores sociais e econômicos. Não fez mais do que sua obrigação, acredito.
Ponto final. Sinceramente, só vejo nessas duas possíveis explicações o real motivo do presidente estar tão bem cotado nacional e internacionalmente. Ambos esses fatores conseguem se sobrepor, e muito, a qualquer tipo de escândalo político, crise mundial e figuras em ascenção. O presidente se tornou um inatingível.
Pessoalmente vejo Luiz Inácio, na verdade Lula, uma figura ignorante, sem educação, que faz uso do mais chulo vocabulário para tratar de assuntos de relevância, seja de âmbito interno ou externo. Convido o internauta sem fronteira a conferir as "poéticas" frases de Lula em 2008, clicando neste link. Não vejo com bons olhos um chefe de Estado tão superflo, tão caricato e tão vulgar quanto Lula. Ele é aquele tipo de comandante, que para usar uma metáfora, não gostaria que fosse o capitão do meu navio enquanto o mar estivesse tão turbulento. Vai que no exato momento de uma onda imensa que possa naufragar nosso navio, ele simplesmente diz que é tudo "uma marolinha"!
Que venha 2009, e tenho certeza que será o ano do verdadeiro teste do personagem tão bem interpretado por Luiz Inácio

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Com todo o gás?


Medo acerca da formação de um cartel inflama exportadores de gás e cria temor nos EUA e UE

Da gélida e emergente Rússia surgem as primeiras faíscas de uma grande fogueira, apelidada “carinhosamente” de a “OPEP do gás”, cartel que controlaria a produção e a exportação dessa fonte de energia no planeta, monopolizando preços, tal como faz há anos e após algumas crises, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). A convocação de uma cúpula de formação ontem (dia 23), em Moscou, foi o cálice de vodka a circular nas veias da Gazprom, monopolista do gás russo.

Países como a Venezuela, comandada pelo general-presidente Hugo Chávez, a Bolívia do "grande amigo ianque" Evo Morales e o Irã, do não menos polêmico Mahmoud Ahmadinejad, fazem parte do possível grupo de 14 exportadores, que ainda contará com Argélia, Líbia, Indonésia, Catar e será encabeçado pela cabeça mais fria do grupo: a Rússia (que se leve em conta o fator clima e experiência com guerra).

A reunião dos 14 ministros de Energia dos países envolvidos deixou “todo mundo em pânico”. Brincadeiras à parte, EUA e EU já demonstram insatisfação e temor quanto a possível união. A Gazprom ressalta que não é possível seguir o modelo de cotas, no qual a OPEP se apóia, uma vez que os contratos de gás funcionam a longo prazo e o acordo entre fornecedor e cliente é que define o patamar financeiro, bem como as obrigações, ressalta o vice-presidente da estatal gasífera russa, Alexander Medvedev.

Àqueles que crêem em uma conspiração anti-estadunidense, fica a informação de que antes mesmo de assinar o estatuto nesta terça-feira, os países envolvidos já haviam se reunido em 2001, só que informalmente. Rússia, Irã e Catar detêm cerca de 50% das reservas mundiais, e por isso, coordenaram as ações para criação da organização (e não cartel, será?), que visa coordenar a política de gás, trocar informações entre membros e estabelecer ações de marketing. Após ler este trecho, lembre-se: eles não têm a intenção de tornarem-se um cartel!

O fato do transporte do gás ser praticamente realizado via tubulações, devido ao alto custo do congelamento do gás, obriga um acordo de países, mas, diferentemente do que os dirigentes russos apontam, não inibe a padronização de preços no mercado mundial, com sua cotação baseada em moeda padrão – o dólar – se esta conseguir manter sua hegemonia.

A razão das discussões encontra-se na dependência criada entre o bloco europeu e dos Estados Unidos quanto ao gás russo. Ambos procuram alternativas viáveis, como os biocombustíveis, contudo esbarram na necessidade da indústria, que utiliza do gás para a produção. As raposas treinadas na Sibéria tramam um mecanismo de controle da produção mundial, mantendo sua hegemonia e os "gasodólares", pagamento pelo líquido e volátil gás natural.

E a cada dia que passa, reafirmo minha teoria anti-naturalista estadunidense. A dieta deles não é natural, eles têm aversão aos efeitos da natureza e se não bastassem os Katrina’s da vida, há um gás NATURAL a consumir a artificial reserva financeira do país, que entra em recessão e volta aos céus, obra da natureza, para clamar por piedade. Lamentavelmente, os céus não têm ouvidos. Só nuvens e gotículas de água, naturais, tão naturais!


- Este artigo foi útil, tem qualidade ou merece algum acréscimo. Deixe seu comentário abaixo ou assine nosso feed.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

As causas de doenças ainda não diagnosticadas estão prestes à serem desvendadas

Médico americano reúne especialistas em programa de pesquisas para doenças não diagnosticadas

O Dr. Willian Gahl desempenha na vida real, o papel do personagem central do Doctor MD, um seriado famoso nos EUA que trata de casos que ainda são considerados verdadeiros mistérios pela medicina. Ele instaurou recentemente o “Undiagnosed Diseases Program” para tentar desvendar as causas dessas doenças exóticas que têm desafiado especialistas de várias áreas.

Mesmo com todos os avanços da medicina e da genética, há ainda casos intrigantes que chamam a atenção da comunidade científica por se tratar de patologias que causam modificações, muitas vezes extremas, tanto nas características físicas quanto psicológicas dos pacientes.

As causas ainda não passam de especulações ou suposições, mas o objetivo do programa está na busca por soluções para tratamento e diagnóstico definitivo para essas pessoas. Divulgar e voltar à atenção de especialistas para estes problemas que são raros, mas dificultam a vida de muita gente pelo mundo. Dentre estas misteriosas doenças podemos destacar uma que caracteriza suposta alergia de água.
Isso mesmo! Essa rara doença foi descoberta em 1964 e até hoje não foi diagnosticada. A causa ainda é um mistério, pode ocorrer devido à resposta de algo tóxico quando a água toca a pele ou por uma extrema sensibilidade aos íons da água.

Os sintomas são manchas vermelhas que se transformam em erupções cutâneas, causando dor intensa na região ao mínimo contado com a água. Apesar de o corpo humano ser composto por 65% de água, a alergia à substância existe, mas não impede que o paciente beba água. Caso contrário, seria fatal.

Em Melbourne na Austrália, a adolescente de 19 anos Ashleigh Morris convive com o problema desde os catorze anos. Ela não pode nadar, freqüentar saunas e nem tomar banho. Mas ainda sim ela insiste em se lavar mesmo que isso lhe cause dor e coceira intensa. Nem suar ela pode, tem que estar sempre em locais com ar condicionado e carrega sempre um guarda-chuva no carro.
“Isso me faz sentir suja, mas eu me considero uma pessoa limpa”, ela diz. Os dermatologistas concordam que há associação com os níveis de histamina no sangue e que inclusive há remédios de anti-histamina, porém não oferecem nenhum resultado concreto ou que pelo menos alivie a agonia da jovem.

Estranhas doenças
As doenças misteriosas que desafiam a medicina “contradizem” até mesmo os princípios que conhecemos sobre maternidade e gestação - ou as leis da física. Há até exemplos de “Pessoas imaginárias”, ou duas pessoas ocupando o mesmo corpo. É o que relata a médica Margot Kruscall do Beth Israel Deaconess Medical Center, no estado do Massachusetts, que acompanha o problema há cinco anos.
Ela cuida do caso de Jane que teve que fazer um transplante renal e precisou de doações de sangue de sua família. Os doadores tiveram que fazer testes para saber quem teria o sangue compatível.
Foi aí que veio a surpresa. Os exames constataram que um dos três filhos de Jane não era seu filho, mesmo tendo o concebido através de gestação normal de nove meses e o tido com seu marido. Os médicos especialistas formaram uma equipe que durante dois anos estudaram o caso. Kruscall chegou a uma conclusão: Jane tem a tal ”pessoa imaginária” dentro de si, o que recebe o nome de quimera (coisas que só existem no imaginário) – nome dado a pessoas que possuem dois códigos genéticos distintos.
É como se tivesse outra pessoa no corpo de Jane. Ninguém sabe como essas “pessoas imaginárias” surgem. Mas com o aumento dos tratamentos para fertilidade e testes genéticos, muitos quimeras, como são chamados, são mais susceptíveis de se formarem e serem descobertos. Parece impossível, mas não se trata de um caso isolado. Por volta de 30 casos de “quimerismo” já foram relatados e provavelmente nenhum deles puderam saber a origem. Pesquisadores acreditam que todos temos um pouco dessa rara “patologia”. Análises mostram que o problema pode estar ligado a um conjunto de genes do complexo HLA. Mas a combinação de alelos desses genes é quase única.
A explicação mais provável é que a mãe de Jane ia conceber duas gêmeas. Porém as células embrionárias de cada uma se fundiram em um único embrião. Assim a pessoa fica com o corpo composto por duas linhas genéticas de células derivadas de um total de quatro gametas. Os descendentes podem vir com uma ou outra linha genética. Duas mães em uma.
Há, ainda, problemas que envolvem mudanças repentinas na linguagem e a forma como são pronunciadas as palavras, com é o caso da “Síndrome do sotaque estrangeiro”; Tem a "Doença de Morgellons" que é caracterizada por um suposto parasita imaginário que atormenta centenas de pessoas pelo mundo; O mistério do caso do "dedo podre", uma curiosa inflamação na qual não foi encontrada a origem mas que constrangeu a atormentou um homem de 29 anos no país de Gales. E a principal atração de show de horrores pelo mundo: a doença do "Homem-árvore".
Trata-se de uma patologia que causa deformidades crônicas pelo corpo. Quando entram para o show de horrores da grande mídia, acabam por serem esquecidos devido à descrença nos casos proporcionada pela exposição e pela falta de pesquisas avançadas sobre o assunto. Mas há casos reais e que clamam por solução científica. A causa é ainda desconhecida, mas é popularmente intitulada de “homem-árvore” devido à desfiguração que a doença trás ao enfermo.
Na cidade de Java, na Indonésia, várias pessoas sofrem dessa estranha patologia que transforma os tecidos da pele em verrugas que crescem espantosamente fazendo com que os membros do corpo tenham a aparência de galhos de árvore.
É de se impressionar , mas a causa está próxima de ser descoberta. Segundo médicos americanos, a doença pode estar ligada a combinações do HPV (papilomavírus) à condições genéticas que resultam na imunodeficiência. O que facilita o crescimento de gigantes verrugas que se espalham e deformam o corpo, dando a aparência de árvore.
Os portadores da doença, muitas vezes, não têm assistência e sem ter como trabalhar, eles vivem de doações. Necessitam de ajuda o tempo todo para se alimentar, além de outras necessidades especiais.
Dedé que estava ainda num estágio menos avançado passou por uma cirurgia que trouxe seus pés e mãos de volta, mas a doença ainda persiste.
Willian Gahl, autor do programa, diz que ao chamar a atenção da medicina para estes casos, não busca a fama como o doutor do seriado. Segundo ele, mostra o drama das pessoas e consegue “solucionar” os casos através de tratamentos duvidosos, mas que na realidade é diferente. Muitos casos não são solucionados.
O diferencial do programa de doenças não-diagnosticadas está no fato de focar os estudos nos casos específicos pesquisando com profundidade. E o atendimento ao paciente, o que envolve uma rede de especialistas em doenças raras de várias partes mundo, unida para desvendar estes mistérios.

* Cassio Teles é o mais novo editor do blog Sem Fronteiras, ocupando a redação da Editoria Ciência. O graduando em jornalismo pelo Uni-BH em questão, tem 21 anos, uma paixão declarada pela fotografia e começa sua caminhada na blogosfera, como este post.


- Este artigo foi útil, tem qualidade ou merece algum acréscimo. Deixe seu comentário abaixo ou assine nosso feed.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Pipiripau

Foto: divulgação

Sucata, papel marche e gesso. O que poderia você, caro leitor, fazer com materiais tão simples? Se fores inspirado tal como sou, por certo o resultado de tanto esforço não passaria de uma experiência mal sucedida a ser esquecida e muito bem acolhida pelo lixo.

Mas foi com esses materiais “descartáveis” que há 102 anos, Raimundo Machado de Azevedo, criou uma verdadeira preciosidade para a cultura popular mineira, o Presépio do Pipiripau. Além de recontar a trajetória terrena de Cristo - da anunciação à crucificação - o presépio reconstrói cenários interioranos, os modos e costumes mineiros no início do século XX.

Grande parte das 650 peças do presépio move-se graças à improvisação do artista, que com um motor de máquina de costura “deu vida” a sinos das igrejinhas, animais que fogem das armadilhas e tiros dos caçadores e personagens envolvidos nas mais diversas atividades campestres.

A iluminação e efeitos sonoros condizem com os cenários. Trovões e relâmpagos carregam a atmosfera na cena da crucificação e uma luz suave anuncia que o salvador ressuscitara e ressurgiria glorificado até aos céus.

A genialidade de Raimundo Azevedo, em agregar movimentos às peças e quanto à utilização de uma técnica bem particular na criação do presépio, foi reconhecida em 1984 quando o Pipiripau foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Preservado desde 1976 no Museu de História Natural da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o presépio do Pipiripau encontra-se aberto à visitação de terça a sexta as 8h às 11h30 e das 13h às 16h. Sábados e domingos, das 10h às 17h (sem movimento cenográfico). Sábados e domingos às 11h e às 15h (com movimento cenográfico).

Além do presépio, o Museu de História Natural - situado à rua Gustavo da Silveira, 1035 - Santa Inês - oferece aos visitantes íntimo contato com a natureza. A preservação de uma grande área de mata atlântica propicia que diversos animais como pacas e tucanos façam daquele ambiente suas moradas.

É, com certeza, um passeio que vale a pena. Uma excelente oportunidade de sentir o real espírito natalino.

Para maiores informações: (0xx31) 3461-5805.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Minas e seus encantos: São Thomé das Letras

História, misticismo, aventura e natureza. Repleta de surpresas, a cidade mineira São Thomé das Letras proporciona ao turista inesquecíveis momentos, que unem diversão, conhecimento e contato com o meio ambiente.

Localizada a 337 quilômetros da capital de Minas Gerais, a cidade é bastante conhecida por reunir diversas opções de lazer, como o ecoturismo, locais místicos que permitem diferentes sensações ao visitante, ladeiras em que carros sobem sozinhos, além da beleza de suas pedras, artesanato e de sua história.

Segundo a lenda que diz respeito ao surgimento de São Thomé das Letras, o escravo João Antão, apaixonara-se pela filha do patrão, Capitão Junqueira e, como a paixão não era aceita, tivera que refugiar-se em uma gruta. Após um tempo, um senhor apareceu ao escravo, pedindo-lhe que entregasse ao Capitão uma carta, e que, com esta, João receberia o perdão e ganharia a liberdade. Junqueira, depois de recebê-la, impressionado com a grafia e qualidade do papel, organizou uma visita à gruta, com a intenção de conhecer o autor da carta, mas, lá chegando, apenas uma imagem foi encontrada, que eles acreditam ser do apóstolo São Tomé.

O Capitão levou a imagem para casa muitas vezes, porém a esta sempre sumia e voltava a aparecer na gruta. Então, este resolveu construir uma capela, no local onde sempre a imagem aparecia e daí começou a surgir o povoado.

Muitas lendas como esta, podem ser escutadas pela cidade e também, outras belas grutas, como a Gruta do Feijão, Gruta do Carimbado e Pedra da Bruxa podem ser encontradas. Cachoeiras belíssimas localizadas às suas proximidades, como a Cachoeira Véu da Noiva, Paraíso, Antares e Da Lua, fazem parte dos belíssimos locais que este lugar compreende.

A Ladeira do Amendoim é um lugar muito curioso e que chama a atenção de pessoas de todo o Brasil, nesta, os veículos, mesmo que com motor desligado, continuam a subir o morro, fato este, que alimenta mais uma das lendas, a de que um grande campo magnético, em forma de diamante, existiria na parte subterrânea da cidade.

Além de tudo isso, São Thomé das Letras conta com artistas artesãos que, inspirados em todo o misticismo e lendas locais, produzem obras que envolvem a cidade. São produzidos desde objetos rústicos e outras objetos em pedra, até pequenas esculturas feitas com epóxi.

Opções para os mais variados gostos e pessoas, São Thomé das Letras é um destino que vale a pena conferir!

Mais informações e roteiros de passeios em São Thomé das Letras, confira em: http://www.visitesaothome.com.br/.

* Miriane Barbosa, 18 anos, ex-estagiária da Revista Em Foco, é a mais nova editora do Sem Fronteiras. Ela encarregará-se da editoria Turismo, que será publicada todas as sextas-feiras, e trará um toque feminino a este blog, que desde junho deste ano era escrito apenas por homens. Excepcionalmente HOJE, estréia de Miriane, não teremos post de Economia, que será publicado amanhã, também em data excepcional. A editoria Economia voltará à suas atividades e dias de publicação normais a partir do dia 23/12.

- Este artigo foi útil, tem qualidade ou merece algum acréscimo. Deixe seu comentário abaixo ou assine nosso feed.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

A mineira-tchê e o mineiro-da-gema

Colegas sem fronteira, quanto tempo! E quanta saudade de escrever neste blog! Mas quem aqui já foi ou é universitário sabe que existem aqueles períodos que só complicam nossa vida, não é? Bom, o que importa é que o Sem Fronteiras está à todo vapor e com novidades bacanas, as quais espero que vocês fiquem sabendo o mais rápido possível! Falando em novidades, venho com um assunto que de novo, nada tem: as eleições de 2010. Mais especificamente a eleição do sucessor do presidente Lula.

E olha só que interessante: temos na disputa dois mineiros. Na verdade, uma mineira que está mais para gaúcha e um mineiro, que adora a vidinha carioca. Falo claro de Dilma Rousseff e Aécio Neves, ambos, juro, são de Belo Horizonte.

Podemos já dizer que as conversas sem sombra de dúvidas já começaram e as primeiras cartas já foram colocadas na mesa. O primeiro movimento dado foi o da situação, ou seja, do próprio presidente. Lula já deu a entender que sua candidata é a truncada ministra chefe da Casa Civil, Dilma "Mãe do PAC" Rousseff. Foi uma jogada esperta, mas arriscada do presidente: ao lançar o nome da ministra, Lula busca conseguir colar o nome dela na cabeça dos brasileiros até o dia das eleições. Para que isso aconteça, Dilma terá pouco menos de dois anos para se mostrar não apenas como uma mulher sisuda, mas sim sua capacidade de estratégia e liderança, algo que ninguém lhe pode negar.

Digo que foi um movimento arriscado, porque o presidente está indo para o tudo ou nada com Dilma, já que é fato que o PT não dispõe de ninguém em seus quadros que seja capaz de substituir esse mito de popularidade nunca antes visto na história deste país, chamado Lula. O que aliás, só para não passar batido, foi uma corda que os petistas foram laçando em volta do pescoço com o passar dos anos. Afinal de contas, será que eles acham que Lula é Matusalém?

Que vai ser fácil para Dilma, isso não vai mesmo! Ela está longe nas intenções de voto, bem atrás de seus oponentes em potencial. Mas meus amigos, não subestimemos o poderoso poder do marketing, que olha, já atua sobre a ministra-candidata: já notaram aí que ela largou aqueles óculos quadradões, substituindo-os por lente de contato? E o cabelo da ministra, que já foi retocado por luzes? Parece bobagem, não é? Pois é, só parece. Uma eleição é ganha nos mínimos, mínimos detalhes... Vale lembrar que o próprio Lula começou sua ascensão quando o radical operário deu lugar ao "Lulinha paz e amor."

Já nosso outro mineiro-candidato é Aécio Neves. Esse já terá o caminho um pouco mais tortuoso que sua conterrânea: o governador de Minas Gerais enfrenta resistências dentro de seu próprio partido, o PSDB, que enxerga no seu homólogo paulista, José Serra, o candidato com maiores chances de enfrentar a poderosa máquina governamental e política que o PT vai mobilizar em 2010. Enquanto os tucanos não decidem a quem apoiar, Aécio já deu seu primeiro passo: vai começar em 2009 a visistar estados do Nordeste, onde segundo as pesquisas de intenção de voto, seu nome é bastante desconhecido e figura muito atrás do de José Serra. Aécio foi esperto: esperar uma definição de seu partido seria besteira.

E mesmo se, na pior das hipóteses de Aécio, o PSDB escolha José Serra como seu candidato, o mineiro não sairá em tanta desvantagem: ele já teria feito visitas a vários estados e para todos os efeitos, apenas mudaria de partido, levando consigo uma visibilidade um pouco maior de quando entrou no páreo. Aliás, partidos cortejando Aécio não faltam. O que faz isso de forma mais explícita é o PMDB, do também mineiro Hélio Costa, ministro das comunicações. Acreditem vocês que o ministro, que é da base aliada do presidente Lula já disse categoricamente que em 2010 o partido dele dificilmente apoiará um candidato petista à presidência. Ponto. Sem mais nem menos. Ah, disse também a Aécio Neves que "o PMDB é um partido confiável", ou seja, estão de braços abertos, receptivos e calorosos para receber o governador mineiro!

Eu hein? Esse é o PMDB: vai aonde o poder vai atrás. Vem sendo assim há mais de 20 anos! Ora, todos nós sabemos que o PMDB é tão confiável quanto a Flora, de A Favorita, não é mesmo?

E os indicados são...

O ano de 2008 começou turbulento para o império cinematográfico estadunidense. Amantes da sétima arte espalhados por todo o mundo alvoroçaram-se ao saber que a festa do Globo de Ouro, considerada a prévia do Oscar, não aconteceria mais. Motivo: a greve dos produtores e roteiristas de Hollywood que ao vigorou durante dois meses e meio causando um prejuízo estimado em, impressionantes, três bilhões de dólares à economia de Los Angeles.

Se não fosse o “cessar fogo” aos “45 do segundo tempo”, o desastre poderia ser irreparável e a octogésima edição do Oscar, também cancelada. O que, graças ao bom Deus, não veio a acontecer.

Em uma coletiva de imprensa insossa nada marcada, logicamente, por smokings, vestidos suntuosos e flashs, “Desejo e Reparação” de Joe Wright foi apenas anunciado como grande vencedor da festa que aconteceria na noite daquele 13 de janeiro.

Dois mil e nove parece apresentar a mesma configuração do início do ano que se finda. De acordo com o G1, o sindicato de atores de Hollywood articula nova greve. Se 75% dos 120 mil atores associados assinalarem o “sim” nas cédulas que começam a ser-lhes enviadas pelos correios, o Oscar 2009 tem tudo para ser tão fosco quanto o Globo de Ouro desse ano.

Desta vez o Globo não corre o risco de ser cancelado já que a contagem dos votos acontecerá dias após a entrega das estatuetas. A 66ª edição da festa de premiação aos melhores do cinema e TV estadunidense já está marcada e os indicados foram anunciados ontem (11).

“Doubt”, “O curioso caso de Benjamin Button” e “Frost/Nixon” são os “papa indicações” da vez, conseguindo cinco cada um. As atrizes Meryl Streep e Kate Winslet receberam duas indicações, a primeira na categoria de melhor atriz em filme dramático por “Doubt” (que promete exaltar os ânimos da Igreja) e como atriz coadjuvante pelo musical “Mamma mia!”. Já Winslet, figurinha carimbada nos principais prêmios do cinema mundial nos últimos anos, foi indicada na categoria de melhor atriz em filme dramático por “Revolutionary Road”, que marca seu reencontro com DiCaprio desde “Titanic”, e como atriz coadjuvante por “The reader”.

O casal Pitt/Jolie tem presença confirmada na festa. Ambos estão na disputa por uma estatueta dourada. Ela na categoria de melhor atriz em filme dramático por “A troca”, ele na de melhor ator em filme dramático pelo fantástico e intrigante “O curioso caso de Benjamin Button”.

Como era de se esperar, Heath Ledger recebeu uma merecida indicação póstuma na categoria de melhor ator coadjuvante por sua atuação em “Batman - O cavaleiro das trevas”, o último filme feito pelo ator. Nada merecida e bastante contestada por grande parte dos críticos foi a indicação de Tom Cruise por “Trovão Tropical” na mesma categoria em que Ledger compete.

“Milk”, um dos favoritos a abocanhar diversas indicações, recebeu apenas uma, a de Sean Penn na categoria de melhor ator em filme dramático. Já “Austrália”, filme mais caro já produzido pelo país que empresta o nome ao longa, não recebeu sequer uma nomeação.

Os vencedores serão conhecidos na noite de 11 de janeiro de 2009.

Confira as indicações nas principais categorias do Globo de Ouro:

Melhor filme - drama:
- “Frost/Nixon”
- “O curioso caso de Benjamin Button”
- "Revolutionary road”
- “Slumdog millionaire”
- “The reader”

Melhor filme - musical ou comédia:
- “Happy-go-lucky”
- “Mamma mia!”
- “Na mira do chefe” (In Bruges)
- “Queime depois de ler”
- “Vicky Cristina Barcelona”

Melhor diretor de longa-metragem:
- Danny Boyle por “Slumdog millionaire”
- David Fincher por “O curioso caso de Benjamin Button”
- Ron Howard por “Frost/Nixon”
- Sam Mendes por “Revolutionary road”
- Stephen Daldry por “The reader”

Melhor atriz - drama:
- Angelina Jolie por “A troca”
- Anne Hathaway por “O casamento de Rachel”
- Kate Winslet por “Revolutionary road”
- Kristin Scott Thomas por “I’ve loved you for so long”
- Meryl Streep por “Doubt”
Melhor ator - drama:
- Brad Pitt por “O curioso caso de Benjamin Button”
- Frank Langella por “Frost/Nixon”
- Leonardo DiCaprio por “Revolutionary road”
- Mickey Rourke por “The wrestler”
- Sean Penn por “Milk”
Melhor filme de língua estrangeira:
- “The Baader Meinhof complex” (Alemanha)
- “Everlasting moments” (Suécia/Dinamarca)
- “Gomorra” (Itália)
- “I’ve loved you so long” (França)
- “Waltz with Bashir” (Israel)

Confira a lista completa dos indicados no site oficial do Globo de Ouro (Clique aqui)

BH, 111 anos

Às vésperas de um novo mandato, a capital mineira revela sensos e contra-sensos

Projetada para abrigar a sede do governo do Estado de Minas Gerais, Belo Horizonte surge em 12 de dezembro de 1897, denominada Cidade das Minas, nome que fora mudado devido a uma série de fatos que pareciam impedir a afirmação do local. Belo Horizonte nasceu como a primeira cidade planejada do Brasil, idealizada pelo engenheiro Aarão Reis, entre 1894 a 1897.

Construída sob o núcleo do antigo Curral Del-Rei, a Fazenda do Cerrado, a Cidade de Minas ficara circunscrita pelos limites da Avenida do Contorno, que delimitara os quarteirões de 120m x 120m, que formavam na área central, próxima da Praça Sete de Setembro, um tabuleiro de xadrez, cortado pelas Avenidas Amazonas e Afonso Pena. Não é mero acaso que as ruas do hipercentro, têm nomes indígenas ou de Estados da República Federativa do Brasil.

Hoje, a capital mineira tem cerca de 2,5 milhões de habitantes, 890 bairros e inúmeros problemas a serem contornados pela futura administração, encabeçada pelo eleito Marcio Lacerda, mero desconhecido dos cidadãos belo-horizontinos, até meados de junho para julho, quando recebera o apoio do então prefeito Fernando Pimentel e do governador Aécio Neves.
A atual adminstração mostrou-se aos cidadãos da capital, um governo de continuísmo, de centro-esquerda, que muito fez - um senso - e pouco terminou - contra-senso. A BH de Pimentel é a cidade das obras e das projeções, do atendimento e das filas, da belas fotografias e das imagens de puro esquecimento pr parte do governo.

O que você verá a seguir é uma pequena compilação de fotos, retiradas pelo editor de economia e esportes Lucas Fernandes, entre o período de agosto a novembro de 2008, que revelam o zelo e o descaso, traços nítidos e contrastantes da área central de uma das mais belas capitais brasileiras. Praças da Liberdade, Estação, Sete e o Lagoinha, são representados pela "lente" do estagiário do Jornal Impressão/ Revista Múltipla.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Demarcar a Raposa: eis a questão

A Declaração Universal dos Direitos Humanos completa 60 anos hoje (dia 10), com uma decisão importante tomada pelo Supremo Tribunal Federal: a demarcação contínua da Reserva Raposa Serra do Sol, que sofre com a invasão de arrozeiros roraimenses (confira foto de indígenas em Brasília, aguardando a decisão - Agência Brasil/ José Cruz).

A decisão pode ser considerada histórica, se tomarmos apenas o depoimento do ministro relator Carlos Ayres Britto, que usa de uma citação de Einstein para justificar a ação: “é muito mais fácil desintegrar um átomo do que desfazer um preconceito; nós aqui estamos desfazendo um preconceito multisecular”.

Acompanhada da demarcação, o ministro do Supremo ainda cassou a liminar que, em abril deste ano, suspendeu a Operação Upatakon 3, realizada pela Polícia Federal como o objetivo de retirar os plantadores de arroz do local. Contudo, o ministro Marco Aurélio pediu vistas do processo, ou seja, suspendeu a seção para analisar o caso antes de declarar seu voto. Mesmo assim, com oito votos a favor e três contrários, o PF tem autorização para retirar os latifundiários do local.

Os ministros Menezes Direito e Ellen Grace foram favoráveis à demarcação, mas impuseram dezoito ressalvas (veja mais abaixo), que segundo o ministro seria a “conciliação” entre os ensejos dos índios e a necessidade de preservação ambiental.

Entre as restrições está a proibição da extração mineral e da utilização do potencial hidroelétrico da região em favor dos indígenas, a instalação de bases militares sem a necessidade de aprovação da Fundação Nacional do índio (Funai), permissão para visitações e pesquisas na reserva, vedar a ampliação da área demarcada, além de proibir caça, pesca, extração vegetal e agropecuária por outros que não sejam índios.

As restrições e a declaração do ministro Ayres Britto só reforçam a preocupação do governo com os indígenas, que por meio do Estatuto do Índio, encontram saídas legais para burlar as leis de cunho nacional, que possibilitam e levam alguns deles a cometer crimes ambientais ou, até mesmo, atos violentos contra o semelhante, seja ele negro ou branco.

Saiba mais sobre a reserva e o histórico do conflito

A Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima (veja infográfico do G1), de 1,7 milhão de hectares, abriga 18 mil indígenas das etnias Macuxi, Wapichana, Patamona, Ingaricó e Taurepang, todos do tronco Macro-Jê, além de 50 famílias de agricultores brancos e oito latifundiários de arroz.

A homologação da terra ocorreu em maio de 2005, no entanto, parte dos não-índios descumpriu a ordem de desocupação em um ano e migrar para assentamentos novos oferecidos pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). A Procuradoria Geral da União (PGU) expediu um pedido ao governo de desocupação imediata em março de 2008, mas um grupo resistiu, permanecendo no local.

Moradores e arrozeiros incendiaram as pontes da Vila Surumu, principal porta de entrada ao local, impedindo a ação da PF. A ação chegou ao Supremo, que havia suspendido para verificação da constitucionalidade da homologação das terras aos índios.

Melhor visualização com o navegador Mozilla Firefox